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Por: Museu da Pessoa, 20 de dezembro de 2013

Família são-paulina

Esta história contém:

Família são-paulina

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Eu nasci no dia 6 de maio de 1938, em São Paulo, capital. Meu pai se chamava Domingos Antonio D’Ângelo Neto, ele nasceu no dia 28 de outubro de 1905 em São Paulo. A minha mãe chamava Alice Campana D’Ângelo, nasceu no dia 17 de abril de 1905 em Jaú, no interior do Estado de São Paulo. O meu pai foi jornalista, depois se tornou advogado, era uma pessoa que tinha uma fluência verbal grande, uma facilidade para escrever muito grande, escreveu alguns livros ligados mais à área de religião, na vida dele. Era uma pessoa com origem italiana bem alegre, mas bem firme no tratamento com os filhos. E a minha mãe era prendas domésticas. Eu sou o caçula. Na verdade nós éramos quatro irmãos, dois já faleceram.

A primeira parte da vida dele ele trabalhou em jornal e eu sei que ele foi um dos fundadores do jornal O Esporte. E esse mesmo jornal, o Esporte, depois criou um jornal mais sensacionalista chamado A Hora, mas meu pai já tinha saído. Ele trabalhou num jornal chamado A Noite, que era um jornal de propriedade federal. Depois ele deixou o jornalismo e passou a ser só advogado mesmo, teve um escritório de advocacia razoavelmente grande. Na minha adolescência eu trabalhei nesse escritório de advocacia, fui lá office-boy, recepcionista, até que deixei de trabalhar lá.

Meu pai foi diretor do Palestra Itália, mas por volta de 1939, um ano após eu ter nascido, ele deixou o futebol, não gostava, não queria mais saber do meio. Eu acho que a televisão apareceu por volta de 1950. E eu me lembro da gente ouvir a Copa do Mundo que o Brasil perdeu, estava todo mundo bravo, menos meu pai, que achava que isso era a coisa mais natural do mundo, mas o resto do povo estava tudo bravo lá. A minha casa era uma casa onde eu vivo até hoje, porque acabei ficando com essa casa. Quando a gente mudou para lá, que eu calculo que seja por volta de 1945, 46, a casa não tinha muro, era cerca de arame farpado, um jardim na frente e a rua era de...

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Projeto A Gente na Copa – História de Gente que Faz o País do Futebol

Depoimento de Domingos Antonio D’Ângelo Júnior

Entrevistado por Tereza Ruiz

São Paulo, 20/12/2013

Realização Museu da Pessoa

PCSH_HV_445_Domingos Antonio D’Ângelo Júnior

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Então primeiro, Domingos, eu vou pedir para você falar para gente o seu nome completo, data e local de nascimento.

R – É Domingos Antonio D’Ângelo Júnior. Eu nasci no dia 6 de maio de 1938, em São Paulo, capital.

P/1 – Queria pedir para você falar o nome completo dos seus pais, data e local de nascimento também, se você se lembrar.

R – Meu pai se chamava Domingos Antonio D’Ângelo Neto, ele nasceu no dia 28 de outubro de 1905 em São Paulo. A minha mãe chamava Alice Campana D’Ângelo, nasceu no dia 17 de abril de 1905 em Jaú, no interior do Estado de São Paulo.

P/1 – E o que seus pais faziam?

R – O meu pai foi jornalista, depois se tornou advogado. E a minha mãe era prendas domésticas, nessa época não tinha filhos.

P/1 – Descreve um pouco como eles eram como pessoas.

R – Olha, meu pai como jornalista e advogado era uma pessoa que tinha uma fluência verbal grande, uma facilidade para escrever muito grande, escreveu alguns livros ligados mais à área de religião, na vida dele. Era uma pessoa com origem italiana bem alegre, mas bem firme no tratamento com os filhos. A minha mãe já era uma pessoa que veio do interior, de prendas domésticas, tocava piano, uma pessoa mais suave, mas bem disciplinadora também, quer dizer, se saísse fora do rumo levava uma varetinha, está certo?

P/1 – E você tem irmãos, Domingos?

R – Eu sou o caçula. Na verdade nós éramos em quatro irmãos, dois já faleceram. Eu sou o caçula, o primeiro era um homem, chamado Luiz Ismar, foi jornalista também, só foi jornalista. A segunda, minha irmã chamada Miriam Simone, que é viva ainda. A terceira é a Marli, que foi atriz de televisão,...

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