Bom, eu vim para cá trabalhar pro povo. E então, como católico e diácono eu ajudava na missa e.. dava assistência ao povo… Quando no meu serviço de saúde, eu andava pelo meio das palafita e fazia curativo. Hoje o pessoal dos Alagados melhorou, aterraram e um pouco assim melhorou. E no nosso serviço de saúde, eu recebia medicamento da Europa… da Itália. Eu passava ao padre a receita dos remédios italianos, traduzia e dava ao povo. Botava os remédio em cima da mesa e: “- Olhe remédio de fígado, disso e daquilo” (...) (...) Quando estabeleceu a área dos Alagados, muita gente tinha casinhas aqui, foi melhorando, continua melhorando. Chegou o serviço público do governo, policiamento, então, foram construindo suas casinhas, e as casinhas de tábua, foram construindo prédios. (...) Esses prédios da frente da capela, eram três casinhas de madeira.(...) Palafita… eram três casinhas de madeira (...) Aí chegou o Polivalente também (...) Montou a escola. (...) O que eu fazia… eu trabalhava com o posto… esses remédios… eles botavam dentro de um barco…(...) Então, os remédios… era muita coisa boa. Vitamina americana. Esses padre americano também tinham uns amigo que traziam um navio de medicamentos formidáveis, e roupa pros Alagados. Então, quando o navio passava aí de 3 em 3 meses, os americanos traziam uma caminhonete cheia de vitaminas. Tinha um médico aqui muito bom, ele era cirurgião, Dr. Paulo, ele vinha dar uma mãozinha aqui pra ajudar o povo. Tinha gente… saia procurando remédio e trocando pelo nosso… e os drogados lá em Maçaranduba chegavam e pegavam a vitamina. Eu dizia: “- Isso é ótimo para vocês”(risos). Eles pensavam que era droga! (...) “Toma esse remédio que você vai gostar” (...) Maçaranduba tinha drogado pra dana (...) Eles voltavam: “- Mas, doutor, que remedinho bom (risada), esse remédio ajudou...
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