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Personagem: Elsa Santos Andreolli
Por: Museu da Pessoa,

Em busca de justiça social

Esta história contém:

Em busca de justiça social

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Estou aposentada, e não sei até quando tenho condições de trabalho, mas enquanto eu tiver condições de trabalho, quero colocar o meu saber a serviço dos outros que precisam do meu saber. Isso eu trago de lá daquela época, trago da minha mãe e trago do meu pai, isso para mim… Eu trago da minha avó. Essa questão de justiça social… A minha avó não era assim: "Eu sou a patroa e vocês são meus empregados", era todo mundo uma família. Eram meeiros, o que eles plantavam, elas vendiam e davam uma parte para ela, e ela vivia daquilo. Ela não morreu rica.

Essa questão de justiça, essa questão do valor humano, essas coisas, eu tenho essa história de vida. Isso para mim é muito forte, muito forte (choro).

Eu trabalhei a minha vida inteira. Então, quando eu me aposentei, falei: "Vou descansar, vou fazer tudo aquilo que queria fazer e não tinha feito". Comecei a estudar inglês, comecei a fazer aulas de dança, comecei a fazer atividade com as amigas, com os amigos, comecei a fazer um monte de coisa que eu não tinha como fazer, porque sempre trabalhei. Mas à medida que comecei a me sentir insatisfeita de não produzir, eu disse: "Vou fazer trabalho voluntário, vou ver umas organizações sociais aqui da região, vou estudar alguma e vou fazer um trabalho social". E aí, eu entrei na internet. Agora eu uso mais, antes eu usava muito pouco, mas comecei a pesquisar uma organização social. Eu vi uma organização social com a qual a gente tinha feito alguns trabalhos lá na Zona Sul, e eu gostava muito da postura e da proposta deles. "Pronto, vou fazer voluntariado para essa organização social".

Fui aprovada e fui participar de um projeto piloto dessa organização social, que era a ideia de… Eles tinham feito um projeto com uma verba do Santander. Aquela organização social tinha feito um projeto do Santander. Naquele momento, eles estavam fazendo um projeto piloto para trabalhar em parceria com a prefeitura...

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Depoimento de Elsa Santos Andreolli

Entrevistada por Fernanda

São Paulo, 18/09/2020

PCSH_HV912

Projeto Mulheres empreendedoras - Zona Norte

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Fernanda Regina

P/1 – Olá, dona Elsa. Eu queria que você começasse falando o seu nome completo, data e o local de nascimento.

R – Eu sou a Elsa Andreolli, meu nome completo é Elsa dos Santos Andreolli. Eu nasci em Montes Claros, uma cidade até bastante próspera de Minas Gerais, e nasci 80 anos atrás, em 25 de novembro de 1939.

P/1 – E como eram os nomes dos seus pais?

R – Pedro Santos e Julieta Martins Santos.

P/1 – O que eles faziam?

R – Papai era eletricista, um excelente eletricista, conhecido, renomado, muito conceituado. Ele levava uma marca que ele considerava muito importante, a de que ele foi o eletricista que colocou a cruz na Catedral da cidade. Aquilo, na cidade, era muito comentado, e ele era muito empossado por conta disso. Mamãe era professora, e também muito prendada, costurava, e fazia uma porção de coisas. Ela também era metida a modista para as amigas. Dos filhos, ela que fazia todas as roupas direitinho, então ela também era uma pessoa muito ativa.

P/1 – Você tinha irmãos? Tem irmãos?

R – Sim. Eu não tenho hoje, já tive. Eu tive… Sou a sexta. Eu tive cinco irmãos.

P/1 – Você se recorda de como era sua casa de infância?

R – Eu me recordo sim. Me lembro de duas casas de infância. Duas?! É, exatamente, foram as que me marcaram mais. Eu morava no Centro da cidade. Uma das casas de quando eu era bem menor, era uma casa com um quintal grande, com muitas frutas, tinha caju, manga, limão, laranja... Uma porção de coisas. Era uma casa dentro da cidade, com os muros altos, e ali eu me divertia. Eu até subia na casa para chupar manga, escondida da família, se eu te contar a idade, você nem vai acreditar (risos). Acho que com cinco… Antes dos seis anos eu fazia essa proeza de subir no telhado para...

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