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Personagem: Ishwori

Duas meninas nepalesas

Esta história contém:

Duas meninas nepalesas

O encontro foi num grande espaço aberto, na praça Durbar, em Kathmandu. O lugar estava envolvido por uma música diferente, mística, que saía de uma pequena porta encravada num paredão.

Duas meninas com cerca de dez anos, moradoras do local, aproximaram-se e não falaram nada. Apenas caminharam ao nosso lado, curiosas, tão interessadas na gente quanto nós na cidade delas.

Depois de algumas viagens para países considerados mais exóticos, a gente aprende a driblar vendedores insistentes sem precisar ser ríspido, mas com elas foi diferente. Ishwori ficou ao meu lado, Kabita Lama permaneceu o tempo todo ao lado da minha mulher e conversamos animadamente enquanto caminhávamos.

Paramos para ver a Kumari, a Deusa-Viva, em uma das suas aparições na janela do seu templo-casa. Depois de ver a deusa, que devia ter mais ou menos a mesma idade das meninas, comentei com Ishwori que ela era mais bonita. Ela ficou meio envergonhada, mas respondeu que a outra menina era uma Deusa... e que Deusa é Deusa!...

Adorei a resposta e só depois Ishwori ofereceu-me cartões-postais. Pedi um postal da “Deusa” e ela disse que não tinha, mas que conseguiria um.

Continuamos caminhando, observando, procurando absorver tanta informação e toda a magia do lugar. E tentando fotografar, tentando dar atenção às meninas, tentando cumprir o horário da excursão, acabamos perdendo o nosso grupo de vista.

Ishwori reapareceu com o cartão-postal prometido e tranquilizou-nos dizendo que sabia onde o ônibus estava estacionado e que nos levaria até lá. Dito e feito. Embarcamos e elas ficaram do lado de fora acenando.

Seguimos viagem e eu estava comovido. Foram apenas alguns momentos de convívio, mas eu sabia que iria lembrar delas. Até hoje tenho vontade de revê-las. Já devem ser adultas. Será que casaram e tiveram filhos? Será que continuam vendendo cartões-postais para turistas?

Pensei várias vezes em voltar para busca-las, mas era apenas eu...

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