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Personagem: Galina Bespaloff
Por: Museu da Pessoa,

Da Manchúria para Taubaté

Esta história contém:

Da Manchúria para Taubaté

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Família Meu nome é Galina Bespaloff, sobrenome do meu ex-marido, mas me conhecem mais como Gália. Eu nasci na Manchúria, norte da China, na cidade de Harbin, que foi praticamente construída pelos russos, com costumes russos em 4 de fevereiro de 1940. Meu pai chamava-se Alexander Piskunova e minha mãe, Evdakia Smorchevsky. Meus avós, por parte de pai eram Anfisa Pisconoff e Alexander Pisconoff e por parte de mãe eram Stipan Schumiloff e Ana Schumiloff. Meu avô materno era engenheiro da construção civil e o paterno era militar, mas depois que foi para China começou uma sociedade com um colega. Primeiro trabalhavam com uma charrete, depois compraram um carro pra trabalharem como taxistas. Quando meu pai era moço, eles já tinham uma frota. Meus pais foram pequenos para China. Nasceram, como meu avós, na Rússia. Minha mãe estudou em um colégio de freiras e depois casou, quer dizer não trabalhou muito fora. Meu pai trabalhou como taxista. Eu nasci em Harbin e depois morei a seis horas de lá, na mesma estrada de ferro. Muitas cidades se formaram enquanto construíam a estrada de ferro. Cotidiano Naquele tempo não existia televisão e poucas pessoas tinham rádio. Os aparelhos de som que existiam eram de girar uma alavanquinha. O fogão era de lenha. Como nós morávamos em uma casa maior e melhor, tínhamos aquecimento a vapor, o forno esquentava água. As estações eram bem definidas e o inverno bem rigoroso. E era divertido, porque quando somos jovens tudo parece muito bom. Migração para China Depois de Revolução de 1917 muita gente saiu da Rússia. Nem todo mundo concordava com o regime. Então a mudança provocou descontentamento e muita desordem. Meus pais e avós foram militares. Como ambos eram cossacos, eles recuaram para China, porque a estrada de ferro do norte foi construída pelos russos em 1906. A estrada passava por muitas cidades russas, com clube, cinema e tudo mais. Então era mais fácil, como eles estavam na...

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Dados de acervo

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R- Podia encaixar, porque a maioria me conhece como Gália.

P/1- Gália?

R- É porque uma vez foi um incidente, muito const... ruinzinho, né? Eu tinha conta no conta, comprei aço... comprei letras de câmbio, depois telefonei que queria vender, aí a moça atendendo “D. Galinha.” Eu falei: “Galina.” Ela falou: “não, mas está escrito aqui Galinha.” (riso)

P/1- Ai meu Deus do céu.

R- Eu falei: “olha, usa bom senso.”

P/1- É lógico, usa bom senso.

R- “É, mas aqui está escrito.” Eu fui na hora de almoço...

P/1- Então, Gália, ela prefere ser chamada de D. Gália. Pode? Só que na hora de falar o nome, a gente tem que __________.

R- Não, não. Eu só estou contando o fato.

P/1- Não tem problema, a gente costuma perguntar, mesmo.

R- Porque aí fui no banco vendi letras, fechei conta e passei a usar Gália mais.

P/1- Com certeza. Pronto, meninos?Então, está bom. Vanessa, vai pra primeira parte.

P/2- Bom, D. Gália, meu nome é Vanessa, eu faço estágio no Museu da Pessoa, e gostaria de iniciar a entrevista perguntando o nome da senhora, completo, o local e a data de nascimento.

R- Bom,boa tarde. Meu nome é Galina Bespaloff, segundo sobrenome, nome do meu ex-marido. Eu nasci na China no norte da China, chamada Manchúria, cidade (Rarbin?), praticamente construída pelo russos, com costumes russos e etc, né?

P/2- Qual o nome...

P/1- Faltou o dia que a senhora nasceu, D. Gália?

R- 04 de fevereiro.

P/2- De?

R- 1940.

P/2- OK.

P/1- E a senhora lembra o nome dos avós da senhora por parte paterna e maternos?

R- Parte de pai, (Anfisa Pisconoff?)e avô (Alexander Pisconoff?). Parte de mãe, (Stipan Schumiloff e avó Ana Schumiloff, Schumilova?)

P/2- E a senhora lembra, mais ou menos, qual atividade que eles exerciam?

R- Meu avô, pela parte materna, ele era engenheiro da construção civil. Parte de pai era militar, depois quando veio na China, então eles começaram em sociedade com outro colega dele. Primeiro...

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