Criando espaços para outras mulheres

Oriana nasceu no Chile em 1948, na cidade de Valparaíso. Ela veio ao Brasil em 1980, desde que chegou luta pelos direitos dos imigrantes, hoje é presidente da ONG PAL (Presença da América Latina). Seus pais morreram muito cedo, ela passou a infância na casa da tia e o marido francês, Oriana aprendeu francês junto com o espanhol. Ela conta como o fluxo de pessoas do Porto de Valparaíso influênciou na formação da cidade. Na infância Oriana lia livros proibidos pela Igreja, ao mesmo tempo que existia na América Latina um anseio por mudanças e a ideia de democracia cristã era forte. Aos dezesseis anos de idade ela entrou na universidade, onde conheceu seu marido. Depois de casada Oriana viajou para a Europa com o marido, quando voltaram veio o Golpe de 1973, a faculdade de Filosofia fechou até o ano seguinte. Ela demorou para entender o que estava acontecendo com o país, tanto por tabu quanto por negação psicológica. Muitos colegas de salas e outros conhecidos dela foram mortos ou perseguidos durante a ditadura. Em outra viagem para a Europa, Oriana foi convidada pela Anistia Internacional para participar de uma conferência sobre o Chile, quando descobriu mais sobre a situação do país do que no Chile. Ela foi para a Guatemala fazer pós graduação, em seguida veio ao Brasil tentar fazer doutorado. Aqui trabalhou na Fundação de Sociologia e Política de São Paulo, seu foco era a América Latina. Ela participa do grupo das senhoras chilenas, onde elaborou diferentes projetos.