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Por: Museu da Pessoa, 18 de maio de 2016

Comerciante e aventureiro

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Comerciante e aventureiro

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Minha família veio parar numa cidadezinha chamada São José Arcanjo que é aqui do lado… perto de Itapetininga, e eu lá estava junto com o meu pai na oficina elétrica, de eletricidade. Depois, ali em função das mudanças de estradas e tal, nós fomos parar em Capão Bonito e ali, eu me radiquei, eu me casei lá, minhas filhas nasceram lá, então, em Capão Bonito. E eu trabalhei com o meu pai, depois de casado até 1964, pouquinho antes da Revolução, que eu sempre tive um tino, assim, eu diria arrojado, você entendeu? Eu era um pouco aventureiro, queria sair para o mundo, então, peguei caminhão, virei caminhoneiro, dentro do caminhão eu comprava milho, eu vendia milho, entendeu, toda a produção de milho de Capão Bonito, eu conseguia arrematar toda aquela coisa… e vinha vender aqui em São Paulo. eu comecei assim, entendeu, eu tinha uma tendência comercial. Aí, comecei a levar produtos para Belém do Pará. Naquela época, daqui até Belém eram três mil e 200 quilômetros, sendo que dois mil e 200 quilômetros era de estrada de terra. Então, nós começamos levando verduras para… tomate, repolho, essas coisas levava para Belém, que não existia nada disso lá. E aí, nós carregávamos no CEASA como frete, mas depois, eu comecei a perceber que eu poderia aproveitar e em vez de eu levar para os outros, eu mesmo comprar e vender, entendeu?eu fui para Belém do Pará em 1962 a primeira vez, nós levamos 25 dias para chegar lá. Fazia sete meses que eu tinha casado. O quê que nós estávamos levando para Belém do Pará? Olha que absurdo, feijão e arroz para vender lá. Nós chegamos num lugar que hoje chama-se Paragominas, que deu uma chuva lá, uma enchente e arrancou uma ponte. Nós ficamos 25 dias do lado de cá até eles arrumarem um jeito de arrumar a ponte pra nós podermos atravessar. Nós só não morremos de fome porque eu tinha nos caminhões que estavam comigo, arroz e feijão e tinha um cara que sabia...

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Dados de acervo

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P/1 – Dadá, fala pra mim o seu nome completo.

R – Algirdas Antônio Balsevicius.

P/1 – Você nasceu onde?

R – Nasci em São Paulo no dia 17 de julho de 1939. Eu sou descendente de lituano por parte de pai e de italiano por parte de mãe, Marchetti.

P/1 – Marchetti. Vamos pular então agora pro Sagasp. Quando você conheceu o Sagasp, como é que foi isso daí?

R – O Sagasp eu conheci no ano de 1972. Eu sempre fui interessado por política, gostava de política, era encrenqueiro, me metia em tudo quanto era rolo de política e um dia eu achei que devia me integrar junto com o pessoal aqui pra tentar ajudar e aprender alguma coisa sobre a política sindical. E eu tive uma oportunidade, na época o presidente chamava-se Vicente La Pastina e o Brasil naquela época começou um programa de incentivo de produção de alho no país inteiro porque nós importávamos praticamente 90% do alho que era necessário para o abastecimento. E nessa altura apareceu uma pessoa chamada Sérgio Mário Regina, que era um agrônomo mineiro, aliás, se tornou um grande amigo meu, tenho grandes recordações dele, considero um dos brasileiros mais sensacionais e patriotas que eu já conheci em toda a minha vida. E ele começou tentar desenvolver no país a cultura do alho pra evitar que se importasse tanto alho como na realidade se importava pra poder manter o abastecimento. Aí o La Pastina, que era o presidente, eu não era diretor do sindicato mas ele me deu um cargo de Coordenador Nacional de Produção de Alho, qualquer coisa assim, eu não me lembro o nome, sabe? E eu comecei a andar com o Sérgio Mário Regina por todo esse país fazendo palestras. Então ele fazia palestra sobre a parte técnica de plantação e eu fazia uma palestra sobre comercialização, tentando incentivar o produtor, quem eles deveriam procurar, as empresas que eram interessantes eles procurarem para vender os produtos. Eu diria que foi o início mesmo do alho nacional no Brasil. Isso daí...

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