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Por: Museu da Pessoa,

Brasília e o rock nacional

Esta história contém:

Meu nome é André Philippe de Seabra nasci em quatro de novembro de 66 eu nasci em Washington D. C. Meus pais são Alexandre José Jorge de Seabra e Silvia Mara Brasil de Seabra. O meu pai trabalhava no consulado americano em Belém na década de 50 porque, claro, a capital, Brasília não existia ainda. Tinha um corpo diplomático, tinha representação. A embaixada ficava no Rio de Janeiro e o único consulado, que ficava em Belém. Aí, ele saiu um dia pra ver uma peça de teatro, minha mãe, filha de deputado, morava em Belém, tinha 19 anos apenas. Meu pai encontrou uma menina 20 anos mais nova, casaram e foram embora pros Estados Unidos. E nós três nascemos lá, tenho mais dois irmãos. Eu nasci em Washington e fiquei lá até os nove anos de idade. Para Brasília eu mudei em 76. Foi meio estranho. A minha referência era americana, eu era um americano, eu ia pra um colégio católico, mas eu tinha essa coisa do Brasil porque eu tinha uma mãe brasileira. Minha mãe também estava tentando se adequar e tentando ser aceita no comecinho do movimento civil americano, do civilian rights mouvement. Então ela acabou tingindo o cabelo, eu lembro da minha mãe loira. Não tinha muito essa ligação do Brasil. Meu pai trabalhava diretamente com o presidente americano, entre a administração Kennedy até a administração Ford, o meu pai era o tradutor pessoal do presidente para línguas latinas, ele era o chefe de departamento de línguas latinas. Por exemplo, quando o Papa chegava ou o presidente que visitava o papa era o meu pai que sempre acompanhava. Quando o papa chegava da delegação chegava nos Estados Unidos, o meu pai que acompanhava. Quando o Juscelino foi pro Estados Unidos só aparece o meu pai. As fotos mais famosas do Juscelino são engraçadas, você vê o John Kennedy, você vê o outro JK, o JFK, o JK, e o meu pai no meio ali, parecendo um grande estadista. Aí ele se aposentou em 1966 durante a administração do Gerald Ford e acabou mudando...

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Dados de acervo

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P1- Aurélio Araújo

P1- Philippe boa tarde.

R- Boa tarde.

P1- Obrigado por ter aceitado o nosso convite aqui do Museu da Pessoa. Eu gostaria de começar solicitando que você fale o seu nome completo, local e data de nascimento.

R- Meu nome é André Philippe de Seabra nasci em quatro de novembro de 66 eu nasci em Washington, (trecho inaudível).

P1- Como é o nome dos seus pais?

R- Alexandre José Jorge de Seabra e Silvia Mara Brasil de Seabra.

P1- O que que eles faziam?

R- O meu pai trabalhava no consulado americano em Belém na década de 50 porque, claro, capital Brasília não existia ainda e quando ele veio. Você tinha um corpo diplomático, você tinha representação. A embaixada ficava no Rio de Janeiro e tinha o único consulado, né, que ficava em Belém. Aí ele saiu um dia pra ver uma peça de teatro com a minha mãe e o resto da história, né? Minha mãe, filha de deputada, perdão, minha mãe filho de deputado morava em Belém 19 anos apenas, né, meu pai encontrou uma menina 20 anos mais nova casou e foram embora pros estados Unidos, né? E nós três nascemos lá, tenho mais dois irmãos.

P1- Philippe você falou que viveu lá até o primeiro ano de vida, foi isso em Washington?

R- Não, não, não. Eu nasci em Washington e fiquei lá até os nove anos de idade.

P1- E quando é que você veio pra Brasília?

R- Eu mudei em 76.

P1- Como é que viver, nascer nos estados Unidos e de repente chegar na capital do país?

R- Foi meio estranho. A minha referência era americana, eu era um americano eu ia pra um colégio católico lá, mas eu tinha essa coisa do Brasil que eu tinha uma mãe brasileira, mas minha mãe também estava tentando se adequar e tentando ser aceita no comecinho do movimento civil americano, né, do civilian rights movement então ela acabou tingindo o cabelo, né, então eu lembro da minha mãe loira, né? Então não tinha muito essa ligação do Brasil não, mas aí surgiu quando o meu pai se aposentou o meu pai...

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