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Por: Museu da Pessoa,

Batateiros e ceboleiros

Esta história contém:

R – Agnaldo Araújo Machiaveli, eu nasci em Santo André, dia 30 de maio de 1964.

P/1 – Quando você veio para São Bernardo? Como você veio parar aqui?

R – Foram vinte e nove anos morando em Santo André, casei e vim para São Bernardo.

P/ 1 – Sua mulher é daqui já?

R – Não, de Santo André também. Foi por ocasião de apartamento, São Bernardo estava mais em conta para gente, acabei virando são-bernardense e aí vim por acaso.

P/1 – E qual foi a sua impressão, as suas primeiras impressões com a cidade, como você lidou com essa mudança logo no começo?

R – Bem, para mim foi normal porque eu... como eu morava próximo aqui da divisa, você passar... é como você estar em uma rua e morar em uma outra rua de casa, não sofri grandes mudanças, mas devido ao bairrismo que tem aqui, a gente sente um pouco de diferença.

P/1 – Conta um pouco desse bairrismo então.

R – Ah, o bairrismo vem, segundo os amigos meus, vem lá de trás, quem nasce em São Bernardo é batateiro, quem nasce em Santo André é ceboleiro, devido às chácaras que tinham aqui na divisa, esse bairro onde nós estamos, Baeta Neves, é divisa com Santo André, então esse bairro tinha bastante chácara de batata, do outro lado, já estando em São André, tínhamos chácaras de cebola. Então, esse bairrismo... se um cara de Santo André viesse namorar alguém de São Bernardo, ou de São Bernardo fosse para Santo André, era briga na certa. Então sempre teve aquela relação meio, meio de guerra mesmo, né, de... o pessoal conta, conta a lenda, né, da cidade que o pessoal em São Bernardo jogava batata nos caras de Santo André e Santo André jogava cebola nos caras de São Bernardo, né, dizem, né, as histórias... mas, tem esses... existem esses bairrismos aqui no ABC.

P/1 – Mas, na sua infância, o senhor chegou a pegar essa rixa, você chegou a brigar com os ceboleiros ou com os batateiros?

R...

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Dados de acervo

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Projeto Cabine São Bernardo – Trilhas da natureza

Depoimento de Agnaldo Araújo Machiaveli

Entrevistado por Breno Castro Alves

São Bernardo do Campo, 12 de dezembro de 2009

Realização Museu da Pessoa

Código: TRIL_NAT_CB024

Revisado por Joice Yumi Matsunaga

P/1 – A gente começa sempre pelo nome completo da pessoa, data de nascimento e o local, por favor.

R – Agnaldo Araújo Machiaveli, eu nasci em Santo André, dia 30 de maio de 1964.

P/1 – Quando você veio para São Bernardo? Como você veio parar aqui?

R – Foram vinte e nove anos morando em Santo André, casei e vim para São Bernardo.

P/ 1 – Sua mulher é daqui já?

R – Não, de Santo André também. Foi por ocasião de apartamento, São Bernardo estava mais em conta para gente, acabei virando são-bernardense e aí vim por acaso.

P/1 – E qual foi a sua impressão, as suas primeiras impressões com a cidade, como você lidou com essa mudança logo no começo?

R – Bem, para mim foi normal porque eu... como eu morava próximo aqui da divisa, você passar... é como você estar em uma rua e morar em uma outra rua de casa, não sofri grandes mudanças, mas devido ao bairrismo que tem aqui, a gente sente um pouco de diferença.

P/1 – Conta um pouco desse bairrismo então.

R – Ah, o bairrismo vem, segundo os amigos meus, vem lá de trás, quem nasce em São Bernardo é batateiro, quem nasce em Santo André é ceboleiro, devido às chácaras que tinham aqui na divisa, esse bairro onde nós estamos, Baeta Neves, é divisa com Santo André, então esse bairro tinha bastante chácara de batata, do outro lado, já estando em São André, tínhamos chácaras de cebola. Então, esse bairrismo... se um cara de Santo André viesse namorar alguém de São Bernardo, ou de São Bernardo fosse para Santo André, era briga na certa. Então sempre teve aquela relação meio, meio de guerra mesmo, né, de... o pessoal conta, conta a lenda, né, da cidade que o pessoal em São Bernardo jogava...

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