Dizem os mais velhos que eram os pais que escolhiam as profissões dos seus filhos. A família para ser considerada pela sociedade tinha que ter filhos padres e freiras. Aos poucos esse conceito foi modificando e no meu tempo de criança era comum a pergunta: Você quando crescer quer ser o quê? A resposta era: Quero ser doutor . Os familiares que ouviam a resposta ficavam radiantes. Alguns acrescentavam. Ele gosta muito de ciências. Só tira boas notas. No meu caso eu só dizia por dizer. Minha vontade era outra completamente diferente. Achava bonito ser carteiro, ser motorista de Ônibus, ser bombeiro. O carteiro por não pagar transporte. Motorista porque viajava muito e bombeiro por pensar que o capacete era de ouro. Na verdade quando estava cursando o segundo grau pensei seguir a carreira de engenheiro, mas a danada da Analise Combinatória me tirou a esperança. Resolvi ingressar na área biológica. Fiz o vestibular, porém fui reprovado na última matéria, português. Resolvi então trabalhar. Ingressei no Banco do Povo e graças aos incentivos dos colegas fiz o vestibular para contabilidade e fui aprovado. No primeiro dia de aula a matéria era Matemática. O assunto apresentado Analise Combinatória. Quase corria da sala. Contive meu desespero e continuei assistindo os ensinamentos. Conclusão, achei tudo fácil, aprendi num piscar de olhos. Continuei trabalhando no Banco do Povo, depois passei para uma Empresa de Financiamento e Investimentos, em seguida fui para a indústria dos Matarazzo (Polynor) e finalmente baixei na Telpa Telecomunicações-Pb exercendo a função de contabilista, onde fui aposentado como CONTADOR.