Uma paciente foi passar a quarentena no Rio de Janeiro na casa de uma amiga, com o namorado. Ela me pede pra fazermos a sessão lá. Encontro com ela na beira de uma praia bem curta (como a que tem do lado do pão de açúcar). Está vazia. Fazemos a sessão, ela dá um mergulho, eu a espero e saímos da praia. Vamos na mesma direção, ela para a casa da amiga, eu, pensando como voltar a São Paulo. Vejo que estou molhada do mar, penso que preciso tomar um banho antes de viajar. Saindo da praia as ruas são de terra com construções coloniais. Algumas vendas abertas e poucas pessoas mal vestidas e sujas na rua. Aparece uma amiga minha que mora no Rio e pergunto a ela como é mais seguro voltar pra São Paulo, por causa da pandemia. Ela diz que é de ônibus, porque as janelas tem ficado abertas. Peço um uber pra rodoviária. O clima é de tensão. Entro no uber e ele fala: quem pediu é quem vai entrar? O carro tem um painel moderno e meio decrépito, o celular dele está acoplado no painel e tem a última avaliação sobre o motorista exposta: não recomendo. Mal educado e o carro é pequeno, treme muito nas ruas esburacadas "". Começo a conversar com o motorista que está realmente de mal humor. Ele me mostra um vídeo que é uma fakenews de esquerda, algo como : o vírus se reproduz no ar e tem duração de 24h. E o motorista me pergunta: dá pra acreditar que as pessoas acham isso mesmo? Esse povo de esquerda é muito burro. Toca um funk no fundo: ele é genocida /matem o genocida./ máscara, álcool gel. Acordei
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
O poder trabalhar de onde quiser, a sensação de insegurança, a divulgação das notícias e a forma como as pessoas lidam com ela. Tudo aparece condensado no sonho.