Tudo começou em Fevereiro de 2013, quando eu descobri a série Hellcats, que se tratava de uma série norte-americana sobre líderes de torcida de uma faculdade. Aos poucos fui gostando e resolvi pesquisar um pouco mais sobre líderes de torcida, e à medida que eu ia pesquisando, acabei descobrind...Continuar leitura
Tudo começou em Fevereiro de 2013, quando eu descobri a série Hellcats, que se tratava de uma série norte-americana sobre líderes de torcida de uma faculdade. Aos poucos fui gostando e resolvi pesquisar um pouco mais sobre líderes de torcida, e à medida que eu ia pesquisando, acabei descobrindo muitas coisas! Como por exemplo, o termo correto não é líder de torcida e sim Cheerleader e que isso não se tratava apenas de ficar balançando pompons e fica torcendo por um time contra outro! Essa prática já é reconhecida como um esporte bem atlético e o nome é Cheerleading.
No momento que eu vi vídeos da Internet, de pessoas virando mortal, sendo elevadas e jogadas para o ar neste esporte, fiquei decidida de que queria pratica-lo! Fui atrás de mais informações de como esse esporte andava aqui no Brasil e acabei conhecendo a UBC (União Brasileira de Cheerleaders) que se trata de uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo desenvolver e organizar o Cheerleading no Brasil. Pela UBC, descobri que tinha apenas uma equipe no Espírito Santo, em Vila Velha, entrei em contato com a coach(treinadora) da equipe e tive a triste notícia de que a equipe tinha dado um pausa pois a coach estava muito atarefada por causa da faculdade. Passaram-se meses e quando chegou Junho, a coach entrou em contato comigo e perguntou se eu ainda tinha interesse de participar da equipe, na hora disse que sim e que topava e na semana seguinte comecei a frequentar os treinos que eram todos os sábados e aos domingos. Os treinos começaram e aos poucos a equipe ia crescendo. Pelo fato do local de treino ser perto da praia, começamos a treinar na praia para divulgar mais a equipe e o esporte em si. Por ser um esporte em que a maioria dos praticantes são mulheres, tivemos dificuldades para conseguir homens para serem bases. Até que um dia, dois meninos participaram do treino e disse que gostaram e que na semana seguinte trariam mais garotos. Quando chegou a outra semana, eles trouxeram muitos garotos e a equipe ficou com uma quantidade boa. Com isso, começou especular a possibilidade da equipe ir para o Nacional de Cheerleading que ocorre em Dezembro, no estado de São Paulo. Entretanto, por motivos financeiros, a equipe não teria condições de ir para o Nacional. Até que a coach conversou comigo e perguntou se e eu tinha intenção de ir para o Nacional, competindo na categoria individual. Disse que sim, mas teria que ver se o meu pai autorizava. Meu pai acabou aderindo à ideia e logo os ensaios começaram. Os treinos ficaram muito sérios e longos e quando pensávamos que estava tudo indo certo, a coach disse que não poderia ir, pois a formatura do irmão dela seria no dia. Teríamos que cancelar a viagem... Até que meu pai se prontificou a me acompanhar. E lá se foi eu e meu pai pra São Paulo. Quando chegamos a São Paulo, fomos pra cidade de Sorocaba, onde aconteceria o campeonato nacional. Assim que chegamos à cidade, fomos para escola que os atletas usariam como alojamento durante o final de semana de competição. Por motivos de falta de atenção, acabamos parando na escola errada, pois aparentemente tinha duas escolas: uma onde seria a competição e outra que seria o alojamento. Estávamos na que seria a competição e a que seria usada como alojamento era em uma cidade ao lado, mas pelo fato de já estar de noite e não termos um meio de transporte de fácil acesso, não conseguiria chegar lá. Até que chegou um grupo
de três homens e uma mulher, mais perdido que a gente. Eles disseram que estavam procurando o alojamento também, olhamos o endereço certinho na internet e eles se ofereceram para nos levar. Ao chegar à escola certa, me despedi do meu pai, pois o alojamento era só para competidores e o meu pai ficou em um hotel próximo, organizei as minhas coisas e fui dormir. No dia seguinte, o grupo que tinha me dado carona, me ajudou a me arrumar, eles fizeram a minha maquiagem e meu cabelo. Fomos para escola onde ocorreria a competição e começamos a se aquecer. A competição enfim começou, estava muito nervosa, principalmente porque maioria das minhas adversárias eram mulheres de 20 anos ou mais. Quando chegou a minha vez, eu fui para o tatame e me posicionei e quando a música iniciou, eu dei o melhor de mim. Quando eu sai do tatame, senti que tinha feito o meu melhor. Passaram-se muitas horas até que eles iniciam-se a premiação. Quando começo a minha categoria, fiquei muito ansiosa, afinal, eu era a primeira cheerleader do Espírito Santo que competia no Nacional. E quando eles anunciaram o meu nome, pulei de alegria, não acreditava. Fui lá à frente, recebi a minha medalha e o meu troféu. No ano seguinte, a minha equipe encerrou, nunca mais surgiu outra equipe de cheerleading no estado. E até hoje, eu sou a única capixaba com um título nacional no cheerleading.Recolher