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Por: Museu da Pessoa, 20 de outubro de 2020

A herança do tambor de crioula

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A herança do tambor de crioula

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P/1 - Dona Isabel, obrigada pela presença da senhora. Qual o seu nome inteiro? Onde a senhora nasceu e quando?

R - Meu nome é Maria Isabel Moreira Serrão. Sou filha de São Bento, nascida no interior de São Bento, Maranhão. Eu sou de três de dezembro de 1957.

P/1 - A senhora nasceu em casa, em hospital, como foi?

R - Foi em casa.

P/1 - Foi de parteira?

R - É, minha avó era parteira, meu pai era parteiro, aí minha mãe me teve em casa.

P/1 - Seu pai e sua mãe contaram para a senhora como foi esse parto, se foi fácil ou foi difícil?

R - Eles contaram que foi normal, que não teve perigo nenhum. De primeiro, eram os parteiros, hoje é hospital. Tinha minha avó e o meu pai, que tomaram conta de mim quando eu nasci. Foi bem, graças a Deus, não teve complicação nenhuma - assim eles disseram, né?

P/1 - Conte para mim como é fazer um parto em casa.

R - O parto em casa… Inclusive eu já partejei muito, diversas pessoas, lá no meu interior. Eu tenho uma menino que mora lá no Coroadinho, Zé de Olai. Minha vizinha, eu morava lá na Rua Jairzinho, ela ganhou neném lá no interior. Meu pai me ensinou, minha avó, como partejar.

A mulher, quando tava em perigo, quando tava para nascer… Inclusive o pessoal do Dutra, quando eu partejei esse menino, eles me levaram para uma junta médica lá no Dutra. Todo mundo pensava que eu ia ficar presa, porque eu não tenho estudo, estudo é só mesmo para assinar o nome; é só o que eu sei, aprendi aqui no Nova Canaã, então eu não sabia escrever nada. Eles ficaram com muito medo quando eu levei o menino.

Eu partejei minha vizinha e observei o menino. Ele não tinha bunda, eu esperei ele fazer cocô, não fez, aí eu levei pro Dutra. Quando eu cheguei, me colocaram numa junta médica e começaram a conversar comigo, fazer procura, me tirar foto, filmar. Passei o dia todinho lá. Nessa época era difícil celular, e o pessoal preocupado comigo e com o menino; eles foram onde...

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Memórias da Vila Nova Canaã

Depoimento de Maria Isabel Moreira Serrão

Entrevistado por Lucas Figueirêdo Torigoe

Paço do Lumiar, 20/10/2020

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV951

Transcrito por Ane Alves

Revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 - Dona Isabel, obrigada pela presença da senhora. Qual o seu nome inteiro? Onde a senhora nasceu e quando?

R - Meu nome é Maria Isabel Moreira Serrão. Sou filha de São Bento, nascida no interior de São Bento, Maranhão. Eu sou de três de dezembro de 1957.

P/1 - A senhora nasceu em casa, em hospital, como foi?

R - Foi em casa.

P/1 - Foi de parteira?

R - É, minha avó era parteira, meu pai era parteiro, aí minha mãe me teve em casa.

P/1 - Seu pai e sua mãe contaram para a senhora como foi esse parto, se foi fácil ou foi difícil?

R - Eles contaram que foi normal, que não teve perigo nenhum. De primeiro, eram os parteiros, hoje é hospital. Tinha minha avó e o meu pai, que tomaram conta de mim quando eu nasci. Foi bem, graças a Deus, não teve complicação nenhuma - assim eles disseram, né?

P/1 - Conte para mim como é fazer um parto em casa.

R - O parto em casa… Inclusive eu já partejei muito, diversas pessoas, lá no meu interior. Eu tenho uma menino que mora lá no Coroadinho, Zé de Olai. Minha vizinha, eu morava lá na Rua Jairzinho, ela ganhou neném lá no interior. Meu pai me ensinou, minha avó, como partejar.

A mulher, quando tava em perigo, quando tava para nascer… Inclusive o pessoal do Dutra, quando eu partejei esse menino, eles me levaram para uma junta médica lá no Dutra. Todo mundo pensava que eu ia ficar presa, porque eu não tenho estudo, estudo é só mesmo para assinar o nome; é só o que eu sei, aprendi aqui no Nova Canaã, então eu não sabia escrever nada. Eles ficaram com muito medo quando eu levei o menino.

Eu partejei minha vizinha e observei o menino. Ele não tinha bunda, eu esperei ele fazer cocô, não fez, aí eu levei pro Dutra....

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