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A esperança é a última que morre

Esta história contém:

A esperança é a última que morre

Eu comecei observar meu corpo de uns 10 anos pra cá, na verdade, de uns seis anos pra cá que eu vim prestar atenção. Eu gosto muito de ler sobre fertilidade, sobre criança, foi onde eu vim me descobrindo, que até então não tinha interesse.

Uma vez, eu engravidei naturalmente... Até então, eu não tinha vontade de ter filho. Eu gosto de criança, mas não tinha desejo. Hoje eu já tenho. Eu fiquei gravida até 27 semanas. Tranquila, uma gravidez tranquila, ia trabalhar normalmente.

Foi um dos melhores momentos da minha vida.

Aí sofri um acidente. Bati minha barriga e perdi meu neném.

Eu saí para trabalhar cinco horas da manhã, porque eu trabalho um pouco longe. A gente foi indo e o motorista foi e saltou o quebra-molas, passou de uma vez, e eu subi, eu estava sentada, subi e bati a minha barriga na cadeira, estava indo de ônibus. Na hora, eu gritei, bati minha barriga e já senti arder. Quando eu falei: “Bati minha barriga” e já comecei a sangrar.

Eu fui pro hospital, fiz a ultrassom, estava bem, aí voltei pra casa. Mandaram ficar de repouso, eu fiquei. Aí três dias eu percebi... Isso foi um dia 19, dia 21 eu percebi que ela não estava tendo movimentos. Na verdade, eu senti ela morrer, da noite do dia 21 pro dia 22. Só que eu não aceitava isso, mas eu senti. Aí eu voltei no médico, fiz outro ultrassom, o coraçãozinho dela já não estava batendo.

É uma sensação de luto, porque você não pode fazer nada. Acho que é a pior... Só que na hora você não aceita aquilo. Você sabe que está acontecendo, mas você não aceita que está acontecendo.

Triste, até hoje. Medo, sentia muito medo, muito medo eu sentia, muita culpa também. Tipo, por que eu fui sentar na cadeira lá atrás? Eu me senti culpada por isso, porque não era pra eu ter sentado lá. Aí eu me senti culpada. Só aconteceu porque eu estava lá atrás, só quem se machucou fui eu. Ninguém mais se machucou. Tem gente que fala: “É coisa de...

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