P1- Bom dia, Laura.
R- Bom dia.
P1- Laura, é, qual o seu nome completo, o local e a data de nascimento?
R- Laura Paula de Sousa Lopes, nasci aqui em Brasília mesmo, 26 de agosto de 1981.
P1- Laura, você é funcionária do Banco do Brasil?
R- Não, sou escriturária.
P1- Você é escri...Continuar leitura
P1- Bom dia, Laura.
R- Bom dia.
P1- Laura, é, qual o seu nome completo, o local e a data de nascimento?
R- Laura Paula de Sousa Lopes, nasci aqui em Brasília mesmo, 26 de agosto de 1981.
P1- Laura, você é funcionária do Banco do Brasil?
R- Não, sou escriturária.
P1- Você é escriturária, você é contratada?
R- Isso.
P1- Quando que você entrou? Você entrou no Banco do Brasil ou você entrou diretamente na Fundação?
R- Não, entrei diretamente na Fundação, vai fazer um ano agora em julho.
P1- Ah, você já conhecia o trabalho da Fundação, Laura?
R- Não, não.
P1- Não?
R- Conhecia através de uma amiga minha, não, de uma amiga de um amigo meu, que trabalhava aqui, aí ela comentou sobre o trabalho e tal, aí eu me interessei, entreguei currículo na fase que tava tendo seleção.
P1- E você entrou na Fundação faz um ano, e entrou em qual área?
R- Ah, eu entrei na Educa, de início eu iria ficar no BB Educar, que trabalha com a alfabetização de adultos, e depois eu fui pro BB Comunidade, né, que hoje em dia atende a cerca de 409 municípios, é, e, no horário que as crianças não estão na sala de aula, elas estão no clube dos funcionários do banco, fazendo outras atividades, né?
P1- E que que você faz especificamente, na sua área?
R- Eu trabalho mais com a parte de pagamentos. Eles mandam um formulário, que chama módulo 2, a gente dá entrada no pagamento, pra pagar as compras dos fornecedores, que eles fizeram para dar continuidade no trabalho, uniforme, material pedagógico, kit de higiene pessoal.
P1- Ah. Você tem alguma identificação particular com a sua formação em relação a educação, Laura?
R- Eu sou formada em Letras, era professora, e aí, quando eu vim pra cá, eu gostei muito da idéia de trabalhar com projeto social. E aí, já trabalhei também no CNPq, que era um projeto tipo esse, que no horário que as, que os filhos dos funcionários não estavam na escola, estavam no clube, né? Aí quando eu cheguei aqui, até me identifiquei, só que eu fiquei mais na área operacional, não tenho contato com as crianças e tal.
P1- Você trabalha então nessa área operacional do AABB da Comunidade?
R- Do AABB Comunidade.
P1- E você acompanha, é, o projeto no Brasil todo ou especificamente...
R- Não, todas as AABBs.
P1- Todas as AABBs. Como que é o projeto AABB Comunidade, Laura, você pode falar só um pouquinho pra gente?
R- Como?
P1- Como que é o projeto, assim, o que trabalha com crianças, assim, trabalha onde?
R- Ah tá. O projeto é uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil e a Fenabb, que é a Federação Nacional das AABBs, e o parceiro local. Então, por exemplo, chega um município e ele preza a preferência pelas cidades que têm um baixo IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] e tal. Então a Fundação entra com uma parte, a Fenabb com outra e a prefeitura ou instituições entram com a outra parte. E aí é composta por equipe de professor de educação física, de arte, de acompanhamento, acompanhamento escolar não, de...
P1- Acompanhamento escolar também ou não?
R- Não, não é acompanhamento escolar o nome, depois você corta isso, né…?
P1- Não, tudo bem. E assim, Laura, você tem algum, nesse período que você tá aqui na Fundação, você tem alguma história marcante, algum momento que te, não sei, desse teu envolvimento aí na parte operacional, que você, ou na parte da, do AABB comunidade, ou nesse cotidiano com os colegas, você tem algum momento marcante?
R- Todo o período de renovação das propostas, o grupo, a equipe do AABB comunidade, ela vai pra outra sala, pela quantidade enorme de papéis que a gente recebe. A gente recebe primeiro, o formulário de quatro vias que se chama relatório final, e aí vem das... ano passado eram 412, vem das 412 que funcionaram. Aí a gente tem que analisar esse projeto, dar um parecer pro gerente da agência e tal, porque o gerente da agência do município também acompanha, né? E após esse processo vem a proposta de renovação, que é onde a gente cadastra as turmas, das atividades que as crianças vão fazer, o valor que o parceiro vai dar entrada. Então a gente foi lá pra outra salinha, e era aquela pilha de papel, um monte de papel, parecia que não ia acabar nunca, nós ficamos acho que uns quatro meses lá, só...
P1- O dia inteiro?
R- O dia inteiro, fechados na outra salinha, nós estávamos em quatro dentro dessa ala. Tinha dia que a gente falava assim: “Gente, não vai acabar nunca”. Mas aí a gente terminou o processo, já voltamos pro lugar de origem, e foi bem interessante ver, assim, que o trabalho rendeu, que a gente conseguiu fazer tudo. Hoje em dia, a maioria das propostas já estão analisadas, tem uma meia dúzia só que falta, os programas já iniciaram, eles já estão mandando os módulos de pagamento pra gente tá fazendo, já tá tudo funcionando.
P1- Era você e quem mais que tava nessa salinha aí?
R- Eu, Zilda, Edgard e Vanilza. Edgard e Vanilza são os dois analistas responsáveis pelo programa, né, fora o Célio, que não foi pra salinha, mas que também tava acompanhando o processo.
P1- Laura, você pode traduzir a Fundação, assim, em poucas palavras pra gente?
R- A Fundação... Eu acho que é uma instituição que, não sei se palavra seria bem instituição, né, que tenta, de alguma forma, ajudar as pessoas que precisam, não, nem tanto, não sei...
P1- Agora, como você avalia, assim, a sua trajetória aqui, Laura?
R- Eu tava até pensando nisso, né, porque eu cheguei, eu não sabia nada de programa nenhum, o telefone tocava, pra mim era um desespero, né? Mas aí eu até que peguei bem rápido, o sistema que a gente trabalha dá problema de vez em quando, aí a gente já sabe...
P1- O sistema o que, o sistema..?.
R- O Sapiens, que é o sistema onde a gente faz os pagamentos.
P1- Ah tá.
R- Mas aí agora eu acho que eu peguei, eu abracei o projeto. Teve um encontro de educadores no ano passado, foi bem legal, porque a gente pode personificar as pessoas que a gente fala só por telefone, né, que eles ligam.
P1- Onde foi esse encontro?
R- Foi aqui em Brasília, lá no Hotel Nacional. Por exemplo, eles ligam: “Ah, aqui é a Carlinha de Ilhéus, não sei o quê”, aí você já tem aquele contato com a pessoa, mas não sabe quem é, né? Nesse encontro vieram alguns educadores e aí foi bem legal. Eles trouxeram mostra de materiais feitos pelas crianças, de atividades, teve apresentação teatral das crianças no sul, teve um coral que veio de Anápolis, foi bem legal.
P1- Esse encontro foi organizado pela Fundação?
R- Foi, foi pela equipe do BB Comunidade em si.
P1- Você tava trabalhando então nesse encontro, na parte da... Você trabalhou em que, especificamente nesse encontro?
R- Eu fiquei na, na organização, a gente dava um...
P1- Um apoio.
R- É, um apoio em tudo, tanto na recepção dos educadores, como lá no hotel, algum problema que dava, as crianças que vinham também, a gente ajudava um pouquinho em tudo.
P1- Ah, legal. E nesse contato aí com criança, com educadores, você teve o, alguma, não sei, alguma impressão, percepção do trabalho da Fundação, assim, dessa amplitude, é, relacionada à educação, esse impacto, né?
R- As pessoas que trabalham com o projeto em si, todas, assim, a maioria gosta muito do projeto em si, né? Então a gente via coordenador de programa falando: “Ah, eu adoro esse programa, ainda bem que a Fundação tá trabalhando com isso, porque lá no meu município as crianças precisam muito e tal”. Porque são crianças bem carentes, então muitas não tem muita coisa em casa e vão pro clube, lá elas ganham uniforme, ganham tênis, ganham kit de higiene pessoal, então eu acho que é muito importante essa parte pra elas.
P1- Ah, legal. Agora Laura, e assim, que que você acha de tá participando, assim, tá dando entrevista, tá participando da história da Fundação, é, que que você acha desse projeto de registro da história da Fundação nesses 20 anos?
R- Eu acho bem interessante, porque, assim, lá na frente a gente vai ver como que começou, talvez tenha outros projetos de um amplitude maior, e a gente vai poder ver que começou de um menor e foi crescendo, porque eu acho que, com certeza, virão outros projetos, tentando atender mais municípios. E aí vai ser interessante, a gente vai olhar pra trás e ver que foi uma coisa legal.
P1- Ah, legal, bom, Laura, assim, em nome da Fundação Banco do Brasil e do Instituto Museu da Pessoa, a gente agradece pela sua entrevista.
R- Obrigada.Recolher