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Personagem: Barbara Abramo Abramo
Por: Museu da Pessoa, 19 de julho de 2003

A cientista mística

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P/1 – Vou pedir pra você falar o seu nome completo.

R – Bárbara Abramo Abramo, duas vezes.

P/1 – Local e data de nascimento.

R – É vinte de janeiro de 1954, São Paulo, capital.

P/1 – Seus pais são de São Paulo?

R – São, meu pai nasceu aqui e minha mãe também.

P/1 – Você sabe a origem familiar, seus avós por parte de mãe, por parte de pai? De onde eles vieram?

R – Sei, meu pai é filho de um engenheiro mineralogista italiano chamado Vincenzo Abramo, veio ao Brasil na última década do século XIX, e tentou trabalhar com máquina de beneficiar café. Não deu muito certo e acabou se estabelecendo em São Paulo. Ele passou um tempo em Araraquara. Ele era casado com uma mulher que ele tomou. Acho que ela era, antigamente, casada com outro italiano. Ela também era italiana e tinha vindo pra cá com o pai dela, mais alguns irmãos e a mãe, em 1889, mais ou menos. Ela veio menina pra cá. Ela era do norte da Itália, meu avô paterno era do Sul. Ela era da região de Verona. Eles eram, inclusive, diferentes fisicamente. E viveram aqui. Meu avô teve sete filhos, meu pai é o último desses sete filhos. E a minha mãe veio de uma família ligada ao baronato do café. Meu bisavô, pai da minha avó, fundou São Simão e tinha um núcleo familiar ligado com a famosa Mariana Junqueira de Ribeirão Preto. É uma origem de donos de terra, fazendeiros de café que quebraram.

P/1 – Uma família quatrocentona.

R – Quatrocentona. Quebraram no crack da bolsa de 29. E o pai era primo da minha mãe.

P/1 – Por isso que você é Abramo duas vezes?

R – É, e eu não uso, é uma vergonha isso, acho feio, é o fim da picada, não sei por que fizeram isso, podia ter sido só um. É o fim, eu não uso. Eu acho feio, ridículo isso.

P/1 – São primos?

R – O Vincenzo e o Joseph eram dois irmãos. Então eles tiveram filhos e esses filhos se casaram. É...

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Museu Aberto

Depoimento de Bárbara Abramo

Entrevistada por Rosana Miziara

São Paulo, 19/07/2003

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista n° MA_HV026

Transcrito por Vanuza Ramos

Revisado por Luiza Gallo Favareto

P/1 – Vou pedir pra você falar o seu nome completo.

R – Bárbara Abramo Abramo, duas vezes.

P/1 – Local e data de nascimento.

R – É vinte de janeiro de 1954, São Paulo, capital.

P/1 – Seus pais são de São Paulo?

R – São, meu pai nasceu aqui e minha mãe também.

P/1 – Você sabe a origem familiar, seus avós por parte de mãe, por parte de pai? De onde eles vieram?

R – Sei, meu pai é filho de um engenheiro mineralogista italiano chamado Vincenzo Abramo, veio ao Brasil na última década do século XIX, e tentou trabalhar com máquina de beneficiar café. Não deu muito certo e acabou se estabelecendo em São Paulo. Ele passou um tempo em Araraquara. Ele era casado com uma mulher que ele tomou. Acho que ela era, antigamente, casada com outro italiano. Ela também era italiana e tinha vindo pra cá com o pai dela, mais alguns irmãos e a mãe, em 1889, mais ou menos. Ela veio menina pra cá. Ela era do norte da Itália, meu avô paterno era do Sul. Ela era da região de Verona. Eles eram, inclusive, diferentes fisicamente. E viveram aqui. Meu avô teve sete filhos, meu pai é o último desses sete filhos. E a minha mãe veio de uma família ligada ao baronato do café. Meu bisavô, pai da minha avó, fundou São Simão e tinha um núcleo familiar ligado com a famosa Mariana Junqueira de Ribeirão Preto. É uma origem de donos de terra, fazendeiros de café que quebraram.

P/1 – Uma família quatrocentona.

R – Quatrocentona. Quebraram no crack da bolsa de 29. E o pai era primo da minha mãe.

P/1 – Por isso que você é Abramo duas vezes?

R – É, e eu não uso, é uma vergonha isso, acho feio, é o fim da picada, não sei por que fizeram isso, podia ter sido só um. É o fim, eu não uso. Eu acho feio,...

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