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Por: Ricardo França de Gusmão, 15 de fevereiro de 2024

A CAIXINHA ESCOLAR, A PATRULHA ESCOLAR E O ESTUDANTE INSURGENTE

Esta história contém:

A CAIXINHA ESCOLAR, A PATRULHA ESCOLAR E O ESTUDANTE INSURGENTE

A CAIXINHA ESCOLAR, A PATRULHA ESCOLAR E O ESTUDANTE INSURGENTE

Ricardo França de Gusmão (Memórias da minha Escola)

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Eu sou do tempo da malfadada ‘Caixinha Escolar’. Tempo em que os estudantes do primário e, e, em especial, do ginasial, eram recrutados para fazer parte da ‘Patrulha Escolar’. Eram anos 70. E o ‘climão’ da ditadura ainda pairava sobre as relações das pessoas, na vida em sociedade, nas famílias, e... na Escola.

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Estudava na Escola Municipal Rodrigo Otávio Filho, na Rua Marambaia, em Irajá. Até hoje ela permanece de pé. Com o luxo de agora dispor de um ar-condicionado em cada sala de aula. Mas nos anos 70 não era assim. Havia a disciplina de Moral e Cívica e de Estudos Sociais. E gostava de no início de cada jornada escolar começar com todos os alunos em fila, para cantar o Hino Nacional.

Assistíamos, com devoção e orgulho, a Bandeira brasileira ser hasteada. Era um ato solene. E ai daquele que fizesse mímica em vez de cantar, ou que errasse a letra do Hino Nacional... Ou do Hino da Bandeira... Lembro, sem saudade, que nas fileiras discentes, nos ensinavam (ou nos doutrinavam) a fazer movimentos que lembravam a rotina militar, como “Cobrir!”. Aí tínhamos que colocar a mão direita no ombro direito do companheiro da frente. Mas também havia o movimento de colocar a mão direita sobre o coração. Éramos uma tropa estudantil!

Os estudantes recrutados para a Patrulha Escolar tinham a missão de vigiar os colegas e entregá-los à direção caso flagrassem alunos em atos considerados indiciplinares. Eles usavam uma espécie de ombreira, à semelhança das usadas pelos guardas de trânsito, à época, policiais militares. Mas a inspiração veio mesmo da Polícia do Exército.

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O uniforme escolar era calça tergal azul marinho escuro, camisa branca com botões e gola, com o brasão do município do Rio de Janeiro no bolso, do lado esquerdo. Novamente... bem em cima do coração. Haja amor! Vivíamos...

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