Lembro-me do sobrado em que morávamos, no bairro de Santo Amaro, em uma área onde só existiam casas e todas as ruas terminavam em uma pracinha.
Eu devia ter uns tres anos de idade.
Passei minha infância lá e tenho boas recordações.
Lembro-me quando meu irmão, Ricardo, nasceu. Grande e vermelho. Muito vermelho... Lorinho... Lindo
Depois veio a Fabiana, prematura de oito meses, cujo parto deu muito trabalho ao Dr. Laércio, que chegou ao ponto de indagar meu pai sobre qual das duas sobreviveria. Graças a Deus, tudo deu certo e as duas conseguiram vencer a batalha.
Eu escolhi o nome de minha irmã. Na época, minha melhor amiga chamava-se Fabiana e ao ouvir minha mãe dizer que eu escolheria o nome de minha nova irmãzinha, não pensei duas vezes...
O Serginho veio bem depois, a "raspa do tacho", como brincava minha mãe. Grande, com mais de cinco quilos, fechou realmente com chave de ouro
Minha mãe, desde adolescente, tinha um sério problema de coluna: escoliose. Na gestação de minha irmã e também por causa das complicações no parto, a situação agravou-se terrivelmente.
Minha mãe realizou três cirurgias na coluna, colocando platina e usando gesso por mais de um ano, do pescoço até a bacia.