Romulo Pinto Andrade

sobre

Nasceu em março de 1954. Viveu a infância em Jacarepaguá, Rio de Janeiro no seio de uma família muito musical. Na juventude com períodos entre Rio e São Paulo onde morou com seu pai e teve sua iniciação artística. Muda- se para Brasília em 1975, aos 20 anos. Como artista visual tem currículo extenso, com mostras individuais e coletivas a partir de 1978. Durante cerca de 25 anos - 1976/2001 dedica-se a uma abordagem poética dos sertões do Brasil, focalizando a natureza misteriosa do Cerrado. É de sua autoria a expressão Cerrado: berço das Águas, lançada num poema cartaz que criou e produziu em 1994, a partir de quando a mensagem se tornou recorrente no imaginário brasileiro. Trabalha com pintura, desenho, gravura, poesia visual e poema objetos. Costuma utilizar materiais impregnados pelo tempo: madeiras nobres, metal oxidado, lonas envelhecidas, pedras que evocam memórias... Prepara suas tintas com pigmento mineral. Gosta de pintar sobre papel, telas que ele mesmo prepara e lonas de grande formato. Há uma certa transcendência em suas obras. Seu radar existencial busca uma ancestralidade que nos remete aos mitos antigos. Sinais que permanecem em sítios arqueológicos espalhados pelo continente sul americano. Engendra imagens que dialogam com o plano visionário da memória e dos sonhos. Suas obras tem uma gênese onde se aproximam da dimensão mágica dos povos ameríndios, pajés e mestres curandeiros - aborígenes e selvagens do futuro.