Diego Fernandes

sobre

Diego Teixeira Fernandes da Silva, nasceu em 08 de abril de 1989, em Ribeirão Preto, (SP), assim como seus pais. Seu avô materno, Milton, descendente de escravizados, era mecânico e foi através dele que conheceu e herdou a cultura afro-brasileira. Passou a infância na Vila Tibério, bairro tradicional de Ribeirão Preto, onde brincava de bola, pique pega e falava com o mundo inteiro, através do rádio modulador de seu avô. Adepto das religiões de Matrizes Afro, Diego começou a frequentar as festas por influência de seu avô, onde todos da família, independente da religião, frequentam e respeitam. Diego revela que o tino para o comércio deve a sua mãe, que é artesã e sempre fez artesanato e os vendeu na região. Estudou numa escola tradicional da cidade, onde pegou o gosto pela área de Humanas. Prestou filosofia mas como teria de viver em São Paulo desistiu, posteriormente foi estudar direito, mas não se adaptou. Na época tinha de trabalhar e ajudar seus pais. Como já tinha familiaridade com o universo de religiões de matrizes afro, foi trabalhar em uma loja de artigos religiosos. Teve outros empregos que o ajudaram em sua formação pessoal, mas foi no ramo de artigos religiosos que se encontrou. Após um tempo, decidiu que queria seguir na área, foi onde conheceu sua esposa, se casou, e juntos decidiram montar um negócio. Com muito trabalho e com algumas economias, Diego e sua esposa, Daniela, com ajuda de seus pais e amigos, fundaram a Baobá. A proposta da loja é passar informações, além da venda dos produtos religiosos. Diego acredita que através do conhecimento, é possível quebrar preconceitos. Gosta de conversar com seus clientes e procura se articular com artesãos da região para divulgar o trabalho local. Pouco antes da pandemia, a Baobá investiu no delivery, o que ajudou a loja, até então com pouco menos de um ano, a ser conhecida pelos clientes. Também investiu num pós venda, cadastrando seus clientes e procurando saber quais produtos eles demandam. Para o futuro, Diego declara que há muitos planos em mente, dentre eles: culinária, literatura e música, mas o principal deles é investir na loja e continuar com o trabalho social de informar as pessoas sobre a cultura afro-brasileira e da diáspora.