Alberto Setzer

As queimadas e o desmatamento da Amazônia na década de 1980 estão associados à história da ciência e política das mudanças climáticas! Os trabalhos do INPE sobre monitoramento do fogo na vegetação brasileira conduzidos pelo pesquisador Alberto Setzer por meio de satélites na década de 1980 são reconhecidos como marco na história da ciência e da política das mudanças climáticas, mostrando um fenômeno até então subestimado, e com consequências potencialmente impactantes para o clima e ambiente do Planeta.

Esta imagem complementa a anterior. Os trabalhos do INPE sobre monitoramento do fogo na vegetação brasileira conduzidos pelo pesquisador Alberto Setzer por meio de satélites na década de 1980 são reconhecidos como marco na história da ciência e da política das mudanças globais, mostrando um fenômeno até então subestimado, e com consequências potencialmente impactantes para o clima e ambiente do Planeta.

A matéria do “Times” em 12/agosto/1988 na capa e página 6 noticia uma das conclusões do projeto GTE-ABLE-2A realizado em 1985, coordenado pelo INPE e NASA, e envolvendo a amostragem da atmosfera sobre a Amazônia, relata a descoberta científica da conexão entre as emissões das queimadas dos desmatamentos na Amazônia e a questão climática global. Desta constatação resultou o monitoramento de queimadas e incêndios no País que é realizado operacionalmente pelo INPE sob a coordenação de Alberto Setzer a partir de imagens de satélites, sendo desde 1998 uma das ações prioritárias do governo federal - ver www.inpe.br/queimadas

Uma das consequências mais relevantes do monitoramento de queimadas feito pelo INPE sob coordenação de Alberto Setzer, foi a aceitação pelo governo federal que era necessário minimizar o desmatamento e as queimadas descontroladas, que caracterizaram a devastação do sul da Amazônia e do Cerrado no final da década de 1980. O “Pacote Nossa Natureza” foi um exemplo das novas políticas adotadas pelo governo.

Esta imagem complementa a anterior. Uma das consequências mais relevantes do monitoramento de queimadas feito pelo INPE sob coordenação de Alberto Setzer, foi a aceitação pelo governo federal de que era necessário minimizar o desmatamento e as queimadas descontroladas, que caracterizaram a devastação do sul da Amazônia e do Cerrado no final da década de 1980. O “Pacote Nossa Natureza” foi um exemplo das novas políticas adotadas pelo governo.

O Monitoramento de queimadas em imagens de satélites pelo INPE evoluiu com o avanço da tecnologia dos sensores e satélites e com o advento da internet. Desde os produtos iniciais em 1985, passando pela institucionalização do trabalho por meio do PROARCO em decorrência do grande incêndio florestal em Roraima em 1998, hoje em dia a distribuição dos focos detectados é feita com acesso interativo pelos usuários ao Banco de dados de Queimadas, BDQ. www.inpe.br/queimadas/bdqueimadas

Home atual do site do Programa Queimadas. O Monitoramento de queimadas em imagens de satélites pelo INPE evoluiu com o avanço da tecnologia dos sensores e satélites e com o advento da internet, desde os produtos iniciais gerados manualmente em 1985, passando pela institucionalização do trabalho por meio do PROARCO, em decorrência do grande incêndio florestal em Roraima em 1998. Atualmente, são gerados automaticamente dezenas de produtos operacionais, e o Portal de Queimadas permite acesso a vários sistemas de monitoramento e os resultados e dados são atualizados continuamente. www.inpe.br/queimadas

imagem mostra centenas de focos de queimadas de desmatamentos ilegais ocorrendo na Amazônia e Cerrado, típicos do final da década de 1980. Imagens como estas revelaram uma dimensão da devastação que ocorria de maneira velada, atraindo interesse científico e popular que alteraram a percepção nacional e internacional sobre a questão ambiental no País, resultando em inúmeras ações do governo brasileiro e em programas de pesquisas diversos. A imagem gravada pelo INPE para as pesquisas de Alberto Setzer foi obtida e transmitida pelo imageador AVHRR do satélite NOAA-9 norteamericano, e processada no analisador GE-Image-100 do INPE em setembro/1987, destacando as fontes intensas de calor detectadas na banda de 3,7um.

Uma das primeiras consequências da revelação feita pelas imagens de satélites analisadas no INPE sob a coordenação de Alberto Setzer mostrando a dimensão das queimadas e desmatamentos que ocorriam descontroladas e sem o conhecimento público e institucional no final da década de 1980, foi a modificação e criação de instituições ambientais no País. CONACIF/IBDF, PREVFOGO/IBAMA e o próprio IBAMA resultaram das necessidades para enfrentar desmatamentos de dezenas de milhares de km² por ano.