Museu Clube da Esquina
Depoimento de Luiz Fernando Pita
Entrevistado por Leo Dias e Lílian Cabral
Rio de Janeiro, 29/05/2007
Realização Museu da Pessoa
Entrevista MCE_CB068
Revisado por Ana Calderaro
P1 - Primeiramente, boa tarde.
R - Boa tarde.
P1 - Obrigado por ter aceitado o nosso convite. Em nome do Márcio Borges e Museu Clube da Esquina, eu te agradeço, tá? E eu queria começar essa nossa conversa pedindo pra você falar o seu nome completo, local e data de nascimento.
R - Meu nome é Luiz Fernando Pita, nasci em trinta de julho de 1945 no Rio de Janeiro.
P1 - Rio de Janeiro mesmo, né? E o nome dos seus pais?
R - Cacilda Jesus Pita. O nome do meu pais não consta no...
P1 - Ah, tá. E o nome dos seus pais adotivos?
R - Lilian Silva Campos e Josino Brito Campos.
P1 - Tá. E, fala um pouquinho da atividade dos seus pais.
R - Seu Josino, ele morava em Três Pontas, era professor e técnico em eletrônica. Foi dono da Rádio Três Pontas, vereador de Minas lá em Três Pontas mesmo. E a dona Lílian era dona de casa mas também foi professora de música. Mexia muito com negócio de música lá.
P1 - E você foi criado em Três Pontas?
R - Três Pontas. Eu nasci aqui, mas pequenininho eu fui pra lá. Porque, na verdade, eles são meus pais adotivos, mas a Lílian é minha prima, na realidade, né? Mas como eu fui pra lá ao nascer, ela ficou como mãe. Como o Milton, desde pequenininhos criados juntos, lá em Três Pontas.
P1 - São quantos irmãos lá na casa do seu Josino e da Dona Lílian?
R - Quatro.
P1 - Quatro irmãos?
R - Eu, o Milton, o Jaceline e a Beth.
P1 - Como era o cotidiano do pessoal da casa lá em Três Pontas?
R - Maravilhoso, né? Um momento muito bom, muito tranquilo.
P1 - E as brincadeiras? Você brincava muito com o Milton, com os outros irmãos? Como que vocês regulam a idade, como era o esquema?
R - Ele é um pouco mais velho que eu, mas a gente brincava muito também. Ele tinha uma turminha, eu tinha outra, mas...
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Depoimento de Luiz Fernando Pita
Entrevistado por Leo Dias e Lílian Cabral
Rio de Janeiro, 29/05/2007
Realização Museu da Pessoa
Entrevista MCE_CB068
Revisado por Ana Calderaro
P1 - Primeiramente, boa tarde.
R - Boa tarde.
P1 - Obrigado por ter aceitado o nosso convite. Em nome do Márcio Borges e Museu Clube da Esquina, eu te agradeço, tá? E eu queria começar essa nossa conversa pedindo pra você falar o seu nome completo, local e data de nascimento.
R - Meu nome é Luiz Fernando Pita, nasci em trinta de julho de 1945 no Rio de Janeiro.
P1 - Rio de Janeiro mesmo, né? E o nome dos seus pais?
R - Cacilda Jesus Pita. O nome do meu pais não consta no...
P1 - Ah, tá. E o nome dos seus pais adotivos?
R - Lilian Silva Campos e Josino Brito Campos.
P1 - Tá. E, fala um pouquinho da atividade dos seus pais.
R - Seu Josino, ele morava em Três Pontas, era professor e técnico em eletrônica. Foi dono da Rádio Três Pontas, vereador de Minas lá em Três Pontas mesmo. E a dona Lílian era dona de casa mas também foi professora de música. Mexia muito com negócio de música lá.
P1 - E você foi criado em Três Pontas?
R - Três Pontas. Eu nasci aqui, mas pequenininho eu fui pra lá. Porque, na verdade, eles são meus pais adotivos, mas a Lílian é minha prima, na realidade, né? Mas como eu fui pra lá ao nascer, ela ficou como mãe. Como o Milton, desde pequenininhos criados juntos, lá em Três Pontas.
P1 - São quantos irmãos lá na casa do seu Josino e da Dona Lílian?
R - Quatro.
P1 - Quatro irmãos?
R - Eu, o Milton, o Jaceline e a Beth.
P1 - Como era o cotidiano do pessoal da casa lá em Três Pontas?
R - Maravilhoso, né? Um momento muito bom, muito tranquilo.
P1 - E as brincadeiras? Você brincava muito com o Milton, com os outros irmãos? Como que vocês regulam a idade, como era o esquema?
R - Ele é um pouco mais velho que eu, mas a gente brincava muito também. Ele tinha uma turminha, eu tinha outra, mas brincávamos também. Uma coisa que a gente fazia muito e eu não me esqueço, nós tínhamos no nosso quarto um altar, fizemos um altar porque lá em Três Pontas todo menino gosta de igreja, todo mundo católico... Então toda semana fazíamos a missa, uma semana ele era o padre e a outra eu era o coroinha, e a gente revezava. E a gente celebrava a missa mesmo lá. A gente tinha essas brincadeiras, coisa saudável, né? Tranquilo.
P1 - E a juventude em Três Pontas, como que era a moda? Vocês passaram a juventude em Três Pontas? Assim...
R - Juventude em Três Pontas.
P1 - Você saiu com quantos anos de lá?
R - Eu saí com 22 anos.
P1 - E como era a adolescência em Três Pontas? A turminha, como é que era?
R - Antigamente era... Três Pontas era muito pequenininha, não tinha quase nada. Era um ovinho. Ali era só... Totalmente diferente de hoje, né? Era só cinema, que a gente ia todo dia pro cinema, era um filme por dia. Era a única diversão praticamente que tinha. E de final de semana tinha os bailinhos no clube, era na roça que a gente ia... Só, praticamente isso.
P1 - E quando o Milton começou a mexer com música, você acompanhou essa época, você lembra alguma coisa dessa época?
R - Não, porque aí ele começou... É... Ah, vai... Eu, no começo, meio que a gente formou um clubinho, um grupinho musical lá em Três Pontas, que ele fazia bailes nos arredores e as vezes eu ia com ele, né? Boa Esperança, nesses lugares eu fui às vezes. Mas depois ele foi pra Belo Horizonte, daí separamos.
P1 - E quem frequentava essa casa lá de Búzios com os amigos lá do Bituca, você tem lembranças disso?
R - Tinha o Wagner Tiso, que era nosso amigão. Wagner inclusive estudou comigo, né? Tinha o irmão dele, que era o Gileno... Que eu me lembre, assim, daquela época, só eles.
P1 - E quando o Bituca veio para Belo Horizonte e fez um monte de amigos aqui e voltou pra lá com esses amigos, você tem lembranças dessa época também?
R - Não, porque eu não fiquei muito próximo a ele, né? Que depois eu vim pro Rio, e aí nós afastamos, foi a época que começamos ficar um pouco afastados. Mantemos contatos, assim, uma vez ou outra, mas aí já viu... Cada um com a sua vida. Às vezes cai pra um lado, a dele também, muito agitada. Ficamos um pouquinho indiferentes, longe um do outro. Mas sempre nos comunicamos por telefone, sempre sabia qualquer problema que tinha. Eu... Nunca deixamos de ser, de manter contato, não.
P1 - E a música na sua casa? Como é que era? Você se interessou alguma época por música também? Algum instrumento...
R - Não, nunca fui de… Nunca fui de tocar nada, nem canto, nem nada. Pelejam pra eu cantar, mas eu não canto nem em banheiro. (risos) Pessoal reclama que nunca me ouviram cantar e não canto mesmo. Música eu gosto de ouvir, as músicas dele eu ouço, mas não sou nada de música, não.
P1 - E você trabalha com o quê?
R - Atualmente eu tenho uma banca de jornal só, sou jornaleiro. Trabalhei 27 anos na Souza Cruz, depois a firma aqui fechou e eu tive que sair. Aí tive outras coisas. Trabalhei de gerente de posto de gasolina, loja de conveniência alguns tempos. Aí depois saí e resolvi comprar a banca de jornal na Praia da Tijuca mesmo, onde eu moro, e tô ali.
P2 - Você veio pro Rio, você falou, com 22 anos, né?
R - Eu vim pro Rio em 1965, com 22 anos.
P2 - Você veio pra trabalhar?
R - Foi. Vim pra trabalhar. Que Três Pontas não tinha... Agora tá bem melhor, mas antigamente não tinha nada. Estudava e depois não tinha nada pra fazer, né? Emprego... Não tinha nada. Então eu vim pro Rio pra trabalhar.
P2 - Você veio sozinho?
R - Vim sozinho.
P1 - Você se recorda de festivais, alguma coisa que você tenha visto? Quando o Bituca ganhou...
R - Ah, o Festival Internacional da Canção, que eu tive lá. Fui no festival aqui, eu e minhas esposa, tudo. Nessa época nós tivemos muito, muitas vezes juntos, né? Tive lá no Maracanãzinho, depois nós fomos comemorar. E eu participando... Aí eu participei de tudo isso.
P1 - Como é que foi? Você... Conta mais um pouquinho pra gente como é que foi esse festival. Como é que foi a emoção quando você ficou sabendo que ele tinha sido classificado?
R - Ah, foi uma beleza, uma coisa do outro mundo, né? Que a gente... É uma emoção muito grande. A gente, nós ouvindo o comentário das pessoas... E mesmo quando eu vou ao show dele... Eu fui num show ali no Flamengo, no Museu de Arte Moderna, muito bonito. Aí depois fui no show no Sambódromo. Ali aconteceu um fato muito interessante. Que toda vez que eu vou no show, eu encontro com ele. Vou no camarim conversar, ele me chama. Aí no Sambódromo teve um show. Eu fui, fomos. Quando terminou o show, eu fui ao camarim, mas tava um tumulto danado pra entrar, né? Aí um segurança me viu e falou, me chamou: “Vem cá, que você é o irmão do...” Aí falou pro outro: “Esse é o irmão do Milton Nascimento.” Tinha um pessoal do lado, umas escurinhas querendo entrar, falaram: “Olha só! Irmão do Milton Nascimento... Olha a cor...” Foi uma... muito esquisito. Esquisito, não, muito engraçado, nós morremos de rir, né? Quer dizer, elas pensando que era pra eu entrar... Eu tinha dado essa... Então acontecem essas coisas interessantes. Em Vitória eu estive num show no estádio do Vitória, quando ele foi lá num show que, por coincidência, até a casa onde eu estava era o hotel onde ele estava, mas eu não sabia que ele estava lá. Fui saber por acaso. Aí fui ao hotel, encontrei com ele. “Bom, à noite eu vou no show.” Aí eu não consegui entrar no show, no ginásio. Eu, minha esposa, tal... Tava assim de gente, um tumulto.. Aí não entrei. Aí, sempre que eu posso, todos os shows aqui, tudo eu participo. Vou, ele manda convites e aí nos encontramos.
P1 - Quando ele gravava as músicas, você acompanhava isso? Os discos dele, o sucesso que tava fazendo... Você acompanhava isso?
R - Isso eu não acompanho muito, não. Nessa parte eu não acompanho muito, não. É porque eu tenho a minha vida, né? A coisa dele aí, é tudo muito complicado, é muito diferente. Eu fui trabalhando, tendo filho, a esposa... Aí é difícil.
P1 - Você tem quantos filhos?
R - Tenho um casal. Luciana e Marcelo, de 37 anos, 36, 37 anos. Casados...
P1 - Já tem netos?
R - Casados... E duas netas maravilhosas, né? A Letícia, de quatro anos, e a Eduarda, de três. São os meus xodós. (risos)
P2: E algum dos seus filhos... Como é que é a relação, eles tiveram alguma aptidão pra música, ou não?
R - Não. O meu filho, inclusive, é afilhado dele. O Marcelo, né? Mas pra música, não. Meu filho trabalha em escritório de computador, essas coisas, e minha filha trabalha no Palácio da Guanabara, lá dentro do Palácio.
P1 - E eles têm contato com o Milton hoje?
R - Hoje, não. Mas ele sempre liga pra lá, fala com ele... Mas pra música, ele não... Temos em casa todos os discos, tudo dele, CD... Mas a aptidão pra música nós não pegamos... (risos)
P1 - E esse povo que frequentava Três Pontas? Marcinho... Você tem lembrança desse pessoal que ia na sua casa?
R - Tenho...
P1 - Como é que... Você tem algum caso interessante dessa época?
R - Não, eu tenho lembrança de encontrar com eles e tal, mas quando eu vou para Três Pontas, eu vou muito pouco e rápido. Algumas vezes com ele lá, outras não. Então, dificilmente a gente tem muito... Eu conheço ele, mas não tenho tanto contato assim de coisas terem acontecido, não.
P1 - Na época do festival você deve ter convivido com o Fernando, né? Você disse que o Fernando tava sempre com ele, né?
R - O Fernando Brant eu encontrei várias vezes, tanto em Três Pontas, como aqui no Rio, né? Mas só que, assim, encontro rápido... Aquelas: “Como vai?” E tal. Mas nada de específico, não.
P1- Você se recorda da primeira vez que você ouviu o álbum Clube da Esquina?
R - O álbum?
P1 - O álbum Clube da Esquina, que é Milton Nascimento e Lô Borges.
R - Eu tenho lá em casa um disco muito antigo do Clube da Esquina, né? Foi um dos primeiros... Sei lá, o primeiro. Tenho guardado lá em casa.
P1 - Você chegou a conviver com o Lô Borges? Chegou a conhecer?
R - Ah... Eu conheci, assim, um pouco, poucas vezes. Mas não conheço todos eles.
P1 - Interessante. O que você acha que a música do Milton Nascimento trouxe de novo pra música popular brasileira? O que você acha que... Por que ele fez tanto sucesso, assim? Você tem algum pensamento sobre isso?
R - Isso aí é meio difícil... (risos)
P1 - Que, assim, hoje em dia ele é considerado mundialmente, né? Considerado um grande músico, reconhecido mundialmente. Você que viu, que cresceu ali, junto com ele... O que você pensa sobre isso? Sobre o estudo dele, que ele já era um cara predestinado... O que você pensa sobre isso?
R - Ah... Ele, desde pequenininho, já é predestinado à música, né? Você sabe que ele tinha uma sanfoninha... Você já deve saber dessa história.
P1 - Não sei, não. Pode contar! (risos)
R - Sabe não?
P1- Não.
R - Olha lá... A Jaceline… Devem ter contado...
P1 - Não, não sei... Não fui eu que entrevistei. (risos)
R - Desde pequeninho que, em casa... Que ele estudava muito, sempre foi muito estudioso no ginásio, tudo era sempre nota máxima, né? Era o melhor dos alunos do ginásio. Mas o negócio dele era música. Então andava pela rua com os coleguinhas tocando violão, tinha gaita, e tinha a Dona Líria, que era a professora de música, que em casa ficava cantando, tocando... E ele ganhou da mãe da Dona Líria, Dona Augusta, uma sanfoninha. E na sanfoninha ele começou a tocar tudo que ele queria, né? Daí partiu pra... Aí tocava uma porção de instrumento. Gaita... O negócio dele era música mesmo. Até quando ele saiu de Três Pontas pra ir pra Belo Horizonte, pra trabalhar... Ele começou a trabalhar em escritório de contabilidade, uma coisa assim. Mas o negócio dele era música, então não adiantava ele pegar outro ramo, outra coisa... Que o negócio... Então não deu certo, aí que ele começou a encaixar com esse negócio de música, né? Desde pequenininho ele gostava era da gaita, da sanfona, qualquer coisa que fizesse som. (risos)
P2 - E a família sempre incentivou?
R - Sempre incentivou, sempre apoiou ele. Ele sempre foi muito querido por todos, né? Não só pela família, mas por todos lá de Três Pontas, o pessoal gostava muito dele. E aí ele foi desenvolvendo assim. E está assim até hoje.
P2 - E eu tenho uma curiosidade, né? Você, como irmão, vê essa projeção dele... Como que foi pra você essa sensação de ver de repente aquela pessoa que conviveu com você no dia-a-dia, que você conhecia, tinha intimidade, de repente está na televisão, no rádio?
R - Ah, é uma sensação muito boa, muito gostosa, de ver uma pessoa como ele, de onde ele veio, começar a alcançar esse sucesso, essa fama toda aí. Você fica torcendo pra que tudo desse certo, né? Porque essas coisas... Às vezes acontecem coisas ruins também. E a gente ficava torcendo pra que o troço desse certo, porque ele sempre mereceu, né? Era muito bom, muito gostoso.
P1 - Você deve ter vários casos de você falar que era irmão do Milton Nascimento e o pessoal não acreditar, né?
R - Tem, tem... Pessoas que... A gente conhece pessoas que gostam muito dele. “Sabe quem sou eu?” Pede pra ti um jeito de encontrar com ele, mas isso é mais complicado, né? Autógrafo... Às vezes arrumo um CD pra autografar, eu levo pra ele. Tem pessoas que sempre me procuram pra saber dele. Mas eu falo: “Opa! Meu contato com ele... A vida dele é muito diferente da minha, muito complicada, viaja muito... Que é o trabalho dele, e eu tenho o meu.” A coisa é muito oposta do outro, né? Mas tem um tanto que sabe que eu... Nem pra todo mundo eu falo, só pro pessoal mais chegado. A gente fica sabendo, acho que não é importante ficar falando pra um, pra outro... Comento muito, não.
P1 - E o que você acha dessa iniciativa de tornar o Clube da Esquina um museu, de fazer um Museu do Clube da Esquina?
R - Uma boa, né? Uma boa ideia, uma ótima ideia. Espero que realmente seja um sucesso esse museu. E pra quem inventou isso, pra quem teve essa ideia, está de parabéns. Parece que ele não está sabendo, né?
P2 - Oi?
R - Ele não está sabendo?
P1 - O quê?
R - Desse museu.
P1 - O Bituca? Sabe, sabe sim.
R - Não, porque o Élson Romero me telefonou dizendo que: “Ah, avisaram que você vinha aqui e tal mas que não era pra falar nele porque o Milton não sabia.” Que era surpresa.
P1 - Quem falou isso? (risos)
R - Foi o Élson, de Três Pontas, o Jacaré.
P1 - Ah, o Jacaré! (risos)
P2 - Ah, pode ser, assim, uma entrevista que ele não saiba que você veio...
R - Ah, então é isso. Ah, é um negócio que está sendo feito no Museu mas que o Milton não sabe, não pode comentar. Acho que ele ficou com medo que eu fosse direto me comunicar com o Milton, falar... O Bituca falar alguma coisa, né? Aí foi que eu pensei que ele não estava sabendo. Mas isso é uma boa, a ideia é muito brilhante.
P1 - E você conviveu muito com o Élson Romero também, né? Vocês regulam idade, né?
R - Fomos crianças juntos. Brincávamos juntos, estudamos juntos... É, toda a minha infância foi lá com eles, no meio deles. Ele e os outros irmãos dele, né? Família que, infelizmente... Família que está... Coisas da vida, né? Mas nós fomos, brincamos desde criança juntos. Eu sempre encontro quando vou pra Três Pontas, eu sempre encontro com ele lá.
P1 - Tem uma música do Bituca que você gosta mais? Tipo, que você ouviu e que te emocionou?
R - “Coração de estudante”, porque a letra é muito bonita, né? “Travessia” também, na época, é bonita. Mas vieram outras após ela que superou devido ao tempo, mas tem muitas músicas bonitas dele.
P2: Você tem alguma... Alguma lembrança, assim, pra contar pra gente dessa época que você viveu em Três Pontas? Alguma coisa que você... Algum momento interessante, alguma coisa que ficou mais marcada na sua memória desse tempo?
R - Hum... Agora é meio difícil...
P1 - Não, tudo bem.
R - O que a gente fazia é que nós estudamos juntos no mesmo ginásio, íamos pro colégio juntos, voltávamos juntos... Sempre fomos muito amigo um do outro, entendeu? É isso, não tenho nada, assim, que possa especificar, não.
P1 - Está jóia, está registrado. Queria te agradecer em nome do Museu, em nome dos Márcio, em nome de toda a equipe do Museu. Obrigado pela sua participação.
R - Nada, muito obrigado, foi um prazer, espero que seja um sucesso esse Museu, estão de parabéns.
P1 - Opa, obrigado.
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