Projeto Qual é o seu Centro? – CCBB
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Eleni de Almeida Santos
Centro Cultural Banco do Brasil , 19 de maio de 2001
Código: CCBB_CB190
Transcrito por Bruno Oliveira Martinelli
Revisado por Laura Flaquer Moreira
P/1 – Boa tarde.
R – Boa tarde.
P/1 – Por favor, diga seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Eleni de Almeida Santos, nasci em São Paulo, em 10 de agosto de 1964
P/1 – A Eleni é uma das moradoras do Centro e agora ela vai dizer pra gente qual é o Centro que ela frequenta.
R – Eu frequento o Bixiga, principal Centro e o principal... o que me toca bastante é o Centro de São Paulo.
P/1 – Que locais, especificamente?
R – O Bixiga, Rua dos Franceses e no centro o Viaduto do Chá, quando limpo.
.
P1 – Eleni, você tem algum personagem do Centro que você achou bem característico, você já encontrou alguém que te chamou a atenção?
R – É um cara que canta. Ele vive cantando pelo bairro de São Paulo. Ele é um desconhecido. Ele canta como se fosse o principal artista de São Paulo.
P/1 – Pelas ruas?
R – Pela ruas.
P/1 – Você já viu ele aqui no Centro em algum lugar específico?
R – Já. Antes ele sempre acompanhava o Sindicato dos Bancários, e atualmente ele tem ficado na Rua dos Ingleses com a Brigadeiro Luís Antônio.
P/1 – Eleni, conta uma história pra gente. Em toda essa época que você está morando aqui no Centro, alguma história que aconteceu aqui com você.
R – Uma história do Centro que me toca bastante. Há muito tempo atrás eu ainda não morava no Centro, eu morava no Jabaquara e caminhando pelo Centro eu encontrei Adoniran Barbosa sentado num bar ali perto da Dom José de Barros tomando café e fumando. Isso foi assim uma emoção. Muito emocionante.
P/1 – E falando em Adoniran Barbosa, qual é uma música que te lembra o Centro?
R – Música que me lembra Centro é aquela música do Caetano Veloso, Sampa.
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Projeto Qual é o seu Centro? – CCBB
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Eleni de Almeida Santos
Centro Cultural Banco do Brasil , 19 de maio de 2001
Código: CCBB_CB190
Transcrito por Bruno Oliveira Martinelli
Revisado por Laura Flaquer Moreira
P/1 – Boa tarde.
R – Boa tarde.
P/1 – Por favor, diga seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Eleni de Almeida Santos, nasci em São Paulo, em 10 de agosto de 1964
P/1 – A Eleni é uma das moradoras do Centro e agora ela vai dizer pra gente qual é o Centro que ela frequenta.
R – Eu frequento o Bixiga, principal Centro e o principal... o que me toca bastante é o Centro de São Paulo.
P/1 – Que locais, especificamente?
R – O Bixiga, Rua dos Franceses e no centro o Viaduto do Chá, quando limpo.
.
P1 – Eleni, você tem algum personagem do Centro que você achou bem característico, você já encontrou alguém que te chamou a atenção?
R – É um cara que canta. Ele vive cantando pelo bairro de São Paulo. Ele é um desconhecido. Ele canta como se fosse o principal artista de São Paulo.
P/1 – Pelas ruas?
R – Pela ruas.
P/1 – Você já viu ele aqui no Centro em algum lugar específico?
R – Já. Antes ele sempre acompanhava o Sindicato dos Bancários, e atualmente ele tem ficado na Rua dos Ingleses com a Brigadeiro Luís Antônio.
P/1 – Eleni, conta uma história pra gente. Em toda essa época que você está morando aqui no Centro, alguma história que aconteceu aqui com você.
R – Uma história do Centro que me toca bastante. Há muito tempo atrás eu ainda não morava no Centro, eu morava no Jabaquara e caminhando pelo Centro eu encontrei Adoniran Barbosa sentado num bar ali perto da Dom José de Barros tomando café e fumando. Isso foi assim uma emoção. Muito emocionante.
P/1 – E falando em Adoniran Barbosa, qual é uma música que te lembra o Centro?
R – Música que me lembra Centro é aquela música do Caetano Veloso, Sampa.
P/1 – Agora conta alguma coisa que você tenha na sua memória sobre o Centro. Você estava tão entusiasmada em dar o seu depoimento, conte aí alguma aventura, alguma coisa.
R – Eu não vou falar sobre aventura, mas o que me toca e que me deixa cada vez que eu entro no Centro e que me emociona bastante é que o Centro de São Paulo é tão lindo quanto a Europa. Eu tive a oportunidade de conhecer a Europa o ano passado e eu sempre imaginava que São Paulo era igual. E São Paulo é muito mais bonito. Infelizmente está abandonado, mas ele é lindo, maravilhoso e muito melhor ainda que a Europa, porque ele tem o calor humano que não existe igual em nenhum lugar do mundo. Isso me toca. E a emoção que eu tenho no centro é de andar pelas manhãs. Eu ando com o meu cachorro Ideafix muito cedo, seis horas da manhã. E é lindo andar pelo Centro de São Paulo de manhã, é lindo, não tem violência nenhuma, é mentiroso isso. Hoje mesmo, dia 19 de maio de 2001, eu andei com ele pela manhã e você não vê nenhuma violência quanto estampa a televisão e é lindo, São Paulo é lindo.
P/1 – Por que ruas você anda?
R – Às vezes venho até o Centro, passo pelo caminho que ele gosta de fazer, é ali perto da funerária ali... que é perto do Largo São Francisco. Às vezes a gente passa pela Sé, às vezes a gente passa pelo Pateo do Collegio, Consolação, São Luís e é um boulevard. Não tem outra palavra que expresse.
P/1 – Está certo Eleni. Agora, para terminar, me conta o que você está achando dessa exposição que está tendo aqui no Centro Cultural Banco do Brasil. Especialmente essa aqui do subsolo que é feita baseada nos depoimentos da população.
R – Olha, é uma emoção estar aqui nesse prédio que eu vim várias vezes nessa agência. A exposição está mil. Esse depoimento, eu acho que assim, tinha que ser mais divulgado. Eu vi isso uma única vez, logo que lançaram e está lindo, maravilhoso. Tenho que dar os parabéns, continue assim.
P/1 – Muito obrigada, Eleni, pela sua colaboração.
R – Tchau.
--- FIM DA ENTREVISTA ---
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