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Por: Museu da Pessoa, 21 de outubro de 2005

Histórias que vem do berço

Esta história contém:

Histórias que vem do berço

Vídeo

P/1 – Ruth, bom dia!

R – Bom dia!

P/1 – Queria começar nossa entrevista pedindo para você falar seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Meu nome completo de casada é Ruth Machado Louzada Rocha. Eu nasci em 1931, dia 2 de março. Nasci na Vila Mariana, aqui em São Paulo.

P/1 – Ruth, você poderia falar os nomes dos seus pais e as atividades que eles faziam?

R – Meu pai era médico, Álvaro de Faria Machado. Minha mãe era dona-de-casa, Ester Sampaio Machado.

P/1 – Ruth, do lado do seu pai, quem eram seus avós? Você chegou a conhecer?

R – Cheguei a conhecer meu avô. Minha avó morreu antes de eu nascer. Meu avô era farmacêutico, descendente de portugueses e formado em Coimbra. Ele tinha farmácias, tinha até duas farmácias, mas era um avô chato. Era um avô muito chato. Com os meus avós maternos é que eu tive mais contato. Meu avô se chamava Francisco Sabino Coelho de Sampaio e minha avó era Rosa Coelho de Sampaio. Meu avô era o “Vovô Ioiô” e a minha avó era “Vovó Neném”, e o meu avô era um grande contador de histórias. Ele contava histórias com muita graça. Ele era nordestino mas se dizia nortista porque nasceu no Pará, mas ele era descendente de um baiano e de uma sergipana, então ele contava história daquele jeito nordestino de dançar, cantar, fazer brincadeiras... Ele era muito engraçado. E ele tinha lido, pelo que eu entendi, todas as histórias do mundo porque ele contava tudo do Perrot, ele contava tudo do Grimm, ele contava tudo das Mil e Uma Noites, contava tudo do Nordeste, de histórias populares. Ele sabia todas as histórias de coelho, de veado, de onça... Todas ele contava. Eu vejo hoje: eu leio o Câmara Cascudo e outros folcloristas que contam histórias e eu fico boba de ver que eu conheço todas, porque meu avô contava e contava muito. Ele morava no Rio, era ferroviário e vinha para São Paulo a trabalho. Ele vinha...

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Memória da Literatura Infanto-Juvenil

Depoimento de Ruth Rocha

Entrevistado por José Santos

São Paulo, 21/10/2005

Realização Museu da Pessoa

Código ABC_HV001

Transcrito por Susy Ramos

Revisado por Ana Calderaro

P/1 – Ruth, bom dia!

R – Bom dia!

P/1 – Queria começar nossa entrevista pedindo para você falar seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Meu nome completo de casada é Ruth Machado Louzada Rocha. Eu nasci em 1931, dia 2 de março. Nasci na Vila Mariana, aqui em São Paulo.

P/1 – Ruth, você poderia falar os nomes dos seus pais e as atividades que eles faziam?

R – Meu pai era médico, Álvaro de Faria Machado. Minha mãe era dona-de-casa, Ester Sampaio Machado.

P/1 – Ruth, do lado do seu pai, quem eram seus avós? Você chegou a conhecer?

R – Cheguei a conhecer meu avô. Minha avó morreu antes de eu nascer. Meu avô era farmacêutico, descendente de portugueses e formado em Coimbra. Ele tinha farmácias, tinha até duas farmácias, mas era um avô chato. Era um avô muito chato. Com os meus avós maternos é que eu tive mais contato. Meu avô se chamava Francisco Sabino Coelho de Sampaio e minha avó era Rosa Coelho de Sampaio. Meu avô era o “Vovô Ioiô” e a minha avó era “Vovó Neném”, e o meu avô era um grande contador de histórias. Ele contava histórias com muita graça. Ele era nordestino mas se dizia nortista porque nasceu no Pará, mas ele era descendente de um baiano e de uma sergipana, então ele contava história daquele jeito nordestino de dançar, cantar, fazer brincadeiras... Ele era muito engraçado. E ele tinha lido, pelo que eu entendi, todas as histórias do mundo porque ele contava tudo do Perrot, ele contava tudo do Grimm, ele contava tudo das Mil e Uma Noites, contava tudo do Nordeste, de histórias populares. Ele sabia todas as histórias de coelho, de veado, de onça... Todas ele contava. Eu vejo hoje: eu leio o Câmara Cascudo e outros folcloristas que contam histórias e eu fico...

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