Identificação
Meu nome é Luiz Gomes Morais. Eu sou natural de Portugal, da cidade de Viseu, especificamente do Concelho de Moimenta da Beira. Cheguei ao Brasil em 1954. Nasci em 23 de março de 1951.
Família
O meu pai era comerciante e faleceu em 1985. A minha mãe é doméstica. Graças a Deus, ela é viva, está com 82 anos, muito bem de saúde.
Lembranças da aldeia
Até lembro da minha terra porque já estive lá por algumas vezes. É uma aldeia bem rudimentar, as casas ainda de pedra, aquele semblante de cidade do interior, de aldeia, plantações, criação de bois, de porcos. Eu tenho esta memória reavivada por quatro ou cinco vezes em que estive lá. Não cheguei a morar em Viseu. Eu morava em São Martinho de Pedra, que foi o local em que eu nasci, a aldeia de São Martinho de Pedra. Tenho vagas lembranças da infância.
Ingresso na Unimed Rio
Eu entrei na Unimed em 1979. Eu me formei em 1976 e fui fazer residência no Hospital de Bonsucesso, em Cardiologia. Lá eu conheci o Doutor Miguel Olímpio Cavalcanti, que era um dos diretores da Unimed, na época. Terminada a residência, a gente sem muita expectativa de trabalho, o Miguel me fez esse convite. Eu prontamente aceitei e mal sabia que ia ter o grande prazer de fazer parte dessa grande família que é hoje a Unimed. A Unimed funcionava na Rua Mayrink Veiga, número seis, 13º andar. Era uma empresa muito pequena, o Departamento Médico era em uma sala só. Só tinha mais um médico, o Doutor Blanco Landeira. O faturamento da Unimed era do lado, uma sala de uns 20, 30 metros quadrados, com uma meia dúzia de pessoas faturistas, fazendo tudo à mão. Quer dizer, era uma coisa bem rudimentar naquela época. Mas foi uma empresa muito acolhedora, um ambiente muito familiar, como ainda é hoje. Foi um ambiente muito bom que eu encontrei na minha vida. Tive grande prazer, realmente, de passar a conviver com a Unimed durante esses anos todos.
Escola
Eu estudei o primário na Escola...
Continuar leitura
Identificação
Meu nome é Luiz Gomes Morais. Eu sou natural de Portugal, da cidade de Viseu, especificamente do Concelho de Moimenta da Beira. Cheguei ao Brasil em 1954. Nasci em 23 de março de 1951.
Família
O meu pai era comerciante e faleceu em 1985. A minha mãe é doméstica. Graças a Deus, ela é viva, está com 82 anos, muito bem de saúde.
Lembranças da aldeia
Até lembro da minha terra porque já estive lá por algumas vezes. É uma aldeia bem rudimentar, as casas ainda de pedra, aquele semblante de cidade do interior, de aldeia, plantações, criação de bois, de porcos. Eu tenho esta memória reavivada por quatro ou cinco vezes em que estive lá. Não cheguei a morar em Viseu. Eu morava em São Martinho de Pedra, que foi o local em que eu nasci, a aldeia de São Martinho de Pedra. Tenho vagas lembranças da infância.
Ingresso na Unimed Rio
Eu entrei na Unimed em 1979. Eu me formei em 1976 e fui fazer residência no Hospital de Bonsucesso, em Cardiologia. Lá eu conheci o Doutor Miguel Olímpio Cavalcanti, que era um dos diretores da Unimed, na época. Terminada a residência, a gente sem muita expectativa de trabalho, o Miguel me fez esse convite. Eu prontamente aceitei e mal sabia que ia ter o grande prazer de fazer parte dessa grande família que é hoje a Unimed. A Unimed funcionava na Rua Mayrink Veiga, número seis, 13º andar. Era uma empresa muito pequena, o Departamento Médico era em uma sala só. Só tinha mais um médico, o Doutor Blanco Landeira. O faturamento da Unimed era do lado, uma sala de uns 20, 30 metros quadrados, com uma meia dúzia de pessoas faturistas, fazendo tudo à mão. Quer dizer, era uma coisa bem rudimentar naquela época. Mas foi uma empresa muito acolhedora, um ambiente muito familiar, como ainda é hoje. Foi um ambiente muito bom que eu encontrei na minha vida. Tive grande prazer, realmente, de passar a conviver com a Unimed durante esses anos todos.
Escola
Eu estudei o primário na Escola Bélgica, em Guadalupe. Depois fui para a Escola Conde de Afonso Celso, em Bento Ribeiro, e fiz a Escola Técnica Visconde de Mauá, já no Ginásio. Eu frequentava uma escola técnica porque ainda não tinha a ideia de que realmente pretendia fazer Medicina. Depois fui para o Colégio Dois de Dezembro, fiz o curso de pré-vestibular e passei para a Gama Filho, onde fiz o curso de Medicina.
A escolha da Medicina
No final da Escola Técnica Visconde de Mauá, algo despertou em mim que não era bem a área técnica que eu queria fazer. Desde criança eu falava em fazer Pediatria, tinha isso na cabeça. Era uma coisa que eu falava, mas não tinha me encaminhado para a área médica, para a área de humanas. Então, no final do curso da escola técnica, eu resolvi fazer Medicina. São essas coisas que partem de dentro de nós. Isso nasceu dentro de mim, dentro do coração. Eu não tive nenhum atrativo externo. Foi alguma coisa em mim que partiu para essa área de Cardiologia.
Cooperativismo
Eu não tinha muita expectativa de vida profissional e, quando houve o convite, não tinha noção do que seria uma cooperativa médica. Mas tive a grata surpresa, isso foi acontecendo aos poucos, de perceber que havia pessoas na direção da Unimed que não tinham apenas uma ideia na cabeça, eles tinham um ideal no coração. Eram o Doutor Djalma Chastinet Contreiras, o Doutor Arnaldo Bomfim, que ainda está aqui conosco, Doutor Miguel Olímpio Cavalcanti e Doutor Celso Ferreira Ramos. Então, a gente percebeu que aquilo era um ideal daquelas pessoas. Elas estavam plantando uma semente e essa semente germinou e se transformou nessa árvore frondosa que é a Unimed-Rio hoje. Naquela época, realmente, eu não tinha ideia do que seria o cooperativismo, isso foi entrando em nós e fomos percebendo que esse era o caminho e o ideal de uma medicina.
Trajetória na Unimed
Inicialmente, eu fazia Medicina do Trabalho, exames de periódicos, de admissionais de empresa. Quando entrei na Unimed, você via muito a Companhia Brasileira de Dragagem (CBD), a Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro) e a Philips. Eram as três empresas que mais davam exame médico dentro da Unimed. Na década de 80, foi criada a Área de Auditoria Médica e eu passei para lá, onde estou até hoje. Auditoria hospitalar. Não faço parte interna, faço parte externa. A gente faz rodízios entre os diversos hospitais que compõem a rede da Unimed. Atualmente estou no Hospital São Lucas, um hospital de alto custo. Iniciei lá há dois meses. No trabalho de auditoria a gente tem uma avaliação do prestador em si, sobre a qualidade de atendimento desse prestador, que faz parte da nossa rede de hospitais credenciados. A gente faz esse tipo de avaliação e encaminha para as áreas competentes. Fazemos uma avaliação do atendimento que o nosso usuário está recebendo dentro do hospital e tentamos gerenciar os problemas que possam, porventura, ocorrer. E tem uma outra parte que é a de auditoria de conta hospitalar, que é adequar os custos a uma realidade que o hospital faz de nosso paciente. Meu trabalho é voltado para esse sentido.
Edifícios e sedes da Unimed
A primeira sede era na Rua Mayrink Veiga, número seis, 13º andar. Era uma estrutura física muito pequena, mas a coisa funcionava. E engatinhou assim durante algum tempo. Pelo menos a nossa percepção é essa. A cooperativa passou por uma época de dificuldades, inclusive com rejeição de cooperados à cooperativa, de pessoas que relutavam em entrar. Hoje o quadro é totalmente inverso. As pessoas estão, realmente, querendo ingressar na cooperativa, têm mais consciência do que é uma cooperativa médica e os benefícios que ela traz pra nós. Não é um convênio em si, é uma cooperativa que tem uma finalidade, que tem uma filosofia em cima disso. Então, aquela fase foi muito boa. A cooperativa engatinhou durante algum tempo, enfrentou dificuldades, mas foi uma experiência muito gratificante. Hoje a gente tem noção disso. Houve um crescimento da cooperativa e a gente cresceu junto com ela também, tenho certeza. Da Rua Mayrink Veiga fomos para Benfica e, nessa época, já passei a fazer auditorias para lá, passei a fazer trabalho externo. O meu departamento está lotado em Benfica até hoje.
Avaliação sobre a Unimed
Eu tenho dupla cidadania, sou funcionário da Unimed e sou cooperado também. Então, eu diria que a Unimed carrega em si uma filosofia fundamental para nós, médicos. Carrega um objetivo fundamental que é dar trabalho ao médico. E eu acho que ela tem cumprido o seu papel perante os médicos em relação a isso. Como funcionário, eu só tenho a me sentir super satisfeito e realizado na vida. Aqui eu encontrei grandes amigos, um ambiente de trabalho maravilhoso. Tenho três filhos e todos nasceram pela Unimed. Então, a empresa foi maravilhosa para mim. Eu não tive nenhuma outra experiência. Eu só tenho esse trabalho e mais um outro, no Hospital de Clínicas Doutor Aloan. Cheguei lá em 1975, quando ainda era acadêmico. Então, praticamente, eu só tive dois empregos. Não tenho grandes experiências de vivência, de troca de emprego, mas posso garantir que fiz uma boa opção, ou Deus me ofereceu uma boa opção, e estou aqui hoje, fazendo esse depoimento.
Cooperativismo
A cooperativa quer dar trabalho ao médico e pagar proporcionalmente ao que esse médico trabalha. Então, ocorre um rateio do que a cooperativa arrecada e a distribuição de uma forma proporcional ao trabalho que ele faz. No convênio, o médico é credenciado e a empresa determina que vai pagar x por consulta. Na Unimed, a gente tem um valor, mais ou menos, pré-fixado, mas tem o rateio das sobras no final do ano do exercício. A gente tem um valor estabelecido, uma tabela pelo trabalho que a gente desenvolve e o tratamento é totalmente diferenciado. Aqui nós somos a Unimed e lá fora somos credenciados de x ou y e temos esse tratamento muito distante, muito frio.
Projeto Memória
Eu me sinto muito gratificado por participar deste projeto. Acho que dar esse tipo de depoimento veio coroar o tempo que estou dentro da Unimed. Talvez não tenha colocado tudo aquilo que a gente gostaria e tudo aquilo que a gente sente, mas eu fiquei muito envaidecido por receber o convite para fazer esse depoimento sobre uma empresa da qual me orgulho de fazer parte até hoje.
Recolher