P – Queria começar perguntando seu nome completo, local e data de nascimento. R - Bom. Meu nome completo é Fabio Schinato, nasci no meio-oeste de Santa Catarina, na cidade de Joaçaba, e nasci em 26 do 12 de 70. P – Você mora ainda hoje nessa cidade? R - Não, atualmente eu resido em Florianópolis. Isso já praticamente há cinco anos, resido em Florianópolis. P – Em que cidade você começou a trabalhar no Aché? R - Comecei a trabalhar na cidade... justamente minha sede era na cidade de Joaçaba, lá no meio-oeste, né? Trabalhei dois anos, com o setor de viagem, em Joaçaba, e, como eu comentei, agora há cinco anos estou trabalhando e residindo em Florianópolis. P – Como você entrou no Aché, como você ficou sabendo do Aché? E como é que você começou a fazer parte do Aché? R - Bom. É até engraçado, eu trabalhava no Hotel Jaraguá, em Joaçaba, onde se hospedavam os representantes de laboratório, não é? E na oportunidade, eu estava ajudando o pessoal da recepção, quando entrou o supervisor do Aché, comentando que ele estava lá para fazer entrevista para admissão de pessoas para empresa. Não citou o número de vagas que teriam para a empresa. E...perguntei se era difícil, o trabalho, a entrevista, enfim, e ele disse que não, que era tranqüilo e que seu tivesse interesse era para procurá-lo. E no dia seguinte, no final do dia, eu estava novamente ajudando na recepção, quando eu escutei ele no telefone comentando com alguém que era para trazer carteira de trabalho. Desligou o telefone e me disse: “Fábio, você não vai conversar comigo, fazer entrevista?” Eu disse, mas...Era Eduardo o nome dele. Eu disse: “Mas Eduardo, você não acabou de contratar alguém, pediu para alguém trazer a carteira?” Ele disse: “Sim, acabei, mas eu preciso de mais uma, são duas vagas aqui para Joaçaba e região.” Aí no dia seguinte fiz a entrevista, e aqui estou,...
Continuar leituraP – Queria começar perguntando seu nome completo, local e data de nascimento. R - Bom. Meu nome completo é Fabio Schinato, nasci no meio-oeste de Santa Catarina, na cidade de Joaçaba, e nasci em 26 do 12 de 70. P – Você mora ainda hoje nessa cidade? R - Não, atualmente eu resido em Florianópolis. Isso já praticamente há cinco anos, resido em Florianópolis. P – Em que cidade você começou a trabalhar no Aché? R - Comecei a trabalhar na cidade... justamente minha sede era na cidade de Joaçaba, lá no meio-oeste, né? Trabalhei dois anos, com o setor de viagem, em Joaçaba, e, como eu comentei, agora há cinco anos estou trabalhando e residindo em Florianópolis. P – Como você entrou no Aché, como você ficou sabendo do Aché? E como é que você começou a fazer parte do Aché? R - Bom. É até engraçado, eu trabalhava no Hotel Jaraguá, em Joaçaba, onde se hospedavam os representantes de laboratório, não é? E na oportunidade, eu estava ajudando o pessoal da recepção, quando entrou o supervisor do Aché, comentando que ele estava lá para fazer entrevista para admissão de pessoas para empresa. Não citou o número de vagas que teriam para a empresa. E...perguntei se era difícil, o trabalho, a entrevista, enfim, e ele disse que não, que era tranqüilo e que seu tivesse interesse era para procurá-lo. E no dia seguinte, no final do dia, eu estava novamente ajudando na recepção, quando eu escutei ele no telefone comentando com alguém que era para trazer carteira de trabalho. Desligou o telefone e me disse: “Fábio, você não vai conversar comigo, fazer entrevista?” Eu disse, mas...Era Eduardo o nome dele. Eu disse: “Mas Eduardo, você não acabou de contratar alguém, pediu para alguém trazer a carteira?” Ele disse: “Sim, acabei, mas eu preciso de mais uma, são duas vagas aqui para Joaçaba e região.” Aí no dia seguinte fiz a entrevista, e aqui estou, trabalhando no Laboratório Aché. P – Você nem imaginava o que era o trabalho de propagandista? R - Não. Não imaginava, porque eu estava, até então eu tinha trabalhado em outras atividades, como no Banco Itaú, como caixa, no Hotel Jaraguá na parte administrativa, então, realmente eu não tinha noção nenhuma de como era essa função, essa profissão de propagandista, ou trabalhar com medicamentos, enfim, a Indústria Farmacêutica pra mim era... só conhecia quando ficava doente, tinha que comprar uma medicação, que o médico prescrevia, mas não tinha noção de como funcionava. P – Você se lembra do seu primeiro dia de trabalho, assim, quais foram as principais dificuldades, as principais novidades? R - É, com certeza. Foi um desafio, né, para a gente iniciar como não tinha, enfim experiência, foi realmente um desafio muito grande, você ir visitar a classe médica, sabe, e médicos, até então você tinha o médico como... sei lá, um ser distante de ti, um nível acima... enfim, então, fazer propaganda pra médico para mim realmente foi um desafio muito grande. Mas, aos pouquinhos, a gente foi notando que o médico é um ser humano igual à gente (risos), igualzinho a gente, tem sentimentos, enfim, alegrias, e com o convívio junto à classe médica, a gente vai notando que... nossa, pode se tornar um grande parceiro, um grande amigo do médico e foi muito legal, foi muito bacana mesmo. P – Você tem alguma história mais marcante, assim com um médico, com visitas, viagens que você tenha feito? R - Bom, viagens, eu fui a São Paulo, né, até a empresa, em Guarulhos, fazer o curso de talentos, em 97, realmente foi uma época, foi uma semana muito legal que a gente passou lá, lógico, tivemos os testes, fomos avaliados, enfim, mas foi muito legal. A parte de conhecer a empresa, de conhecer como era feito o medicamento, como era embalado, Controle de Qualidade, enfim, conhecer as pessoas, as pessoas que estavam administrando a empresa, foi muito legal. Realmente foi muito legal. E viagens marcantes também no setor... eu acho que como para mim no início era tudo novidade, não conhecia as cidades onde eu trabalhava, ou iria trabalhar, então foi legal porque a gente foi conhecendo, você tinha sempre aquele ditado “quem tem boca vai a Roma”, então mais ou menos foi assim. “Onde é que fica tal hospital, onde fica tal rua?”. E até foi uma forma de a gente poder também desenvolver, conhecer pessoas diferentes, conhecer cidades diferentes, então realmente foi bem legal. Nisso a gente tinha aquela dificuldade da propaganda, enfim, estranha bastante, mas com o passar do tempo as coisas realmente foram se encaixando e foram ficando bem mais fáceis também. P – Você poderia descrever um pouquinho essa região onde você atuava? R - Bom. Eu trabalhava basicamente em metade do estado de Santa Catarina, região do meio-oeste, planalto serrano, planalto norte, então era basicamente meio estado de Santa Catarina. Mas a região bastante fria, saía de casa com geada, tudo branquinho em volta nos campos, era muito bacana. Muito frio também (risos). E as viagens realmente, o setor, a gente viajava na faixa de mil a mil e duzentos quilômetros por semana. Atualmente, como estou em Florianópolis, não viajo. Trabalho na ilha, em bairros, periferia, e também continente. Então eu só fico nesse setor. Não viajo mais. Só viajo realmente para reunião. Mas é legal, a gente até acaba sentindo saudade algumas vezes dessas viagens, porque realmente é interessante, tem várias coisas que acontecem que é muito legal. Por exemplo, na cidade de Caçador, nós estávamos no médico por volta das oito horas, num Posto de Saúde, e geralmente oito horas já tinha uma fila muito grande, de senhoras, enfim. Quando as senhoras nos viram chegando, elas já corriam para a porta (risos). Muito legal. Corriam para porta porque, lógico, achavam que a gente com aquela pasta ia vender alguma coisa lá pro médico. “Você não vai tomar a minha frente”, elas diziam. Mas, com conversa, com jeitinho, né, as senhoras foram notando que não era bem aquilo, que nosso trabalho não era esse, de realmente tomar a frente delas, mas sim, estar levando ao médico amostras que elas com certeza iriam utilizar. Trazendo novidades para o médico, informações, então, elas até nos cediam gentilmente (risos) a vez, e ainda diziam para deixarmos bastante amostra para elas utilizarem. Então realmente foi legal. E no setor de viagem, também, como a gente não tinha experiência, não conhecia as cidades, muitas vezes alguns hotéis a gente não sabia o que esperava. Numa certa oportunidade em Canoinhas, uma cidade do planalto norte, aqui do estado, a gente foi até um hotel para justamente reservar. Então a pessoa foi lá, mostrou um quarto para a gente, mas para ter uma noção, a construção lá era bem antiga, de madeira, e a porta era tipo aquelas de velho oeste, abre assim e volta. Os quartos tinham uma parte de material, enfim, realmente era muito velha, e, enquanto a senhora mostrava os quartos para o meu colega, eu fui até a recepção pedir um balde e uma vassoura, e de repente ele me viu assim, com um balde e uma vassoura (risos), entrando até o quarto, realmente foi uma cena muito engraçada. E também outra cena, também engraçada, agora em Florianópolis, eu estava num consultório de um gastroenterologista, que também atende algumas pediatras, lá, então na porta tem o pediatra e o gastro. E numa certa oportunidade chegou um rapaz, lá, estilo assim surfista, mancando. Como ele viu pediatra, né, chegou mancando lá e perguntou pra secretária se atendia pediatra ali. E ela explicou para ele, atende pediatra, mas no momento ela não está. E a moça perguntou: “O que tu queria?”, “Não, é que eu machuquei meu pé surfando, e queria consultar com uma pediatra.” (risos) Foi muito engraçado. E aí nós indicamos para ele uma clínica de ortopedia e ele foi embora. E ficamos dando muita risada com a secretária. E eu não imaginava que ainda existia gente que pensava que pediatra era o médico que cuidava dos pés. Pensei que era só na piada, na música dos Mamonas, mesmo. Foi muito legal. P – Deixa eu te perguntar em relação aos produtos e às campanhas. Teve alguma que te marcou de forma especial? R - Hum, hum O primeiro produto que eu tive oportunidade de lançar, lá na época do meio-oeste, foi o Notuss xarope. E uma coisa que me marcou foi justamente a campanha promocional do Notuss, que era a do travesseirinho, o travesseiro pequenininho pra viagem. Travessseirinho, né. Foi muito legal, a campanha foi muito boa, na seqüência teve a literatura do chip que vinha com a tosse realmente os médicos ficaram abismados, e queriam a literatura, realmente foi uma campanha muito bem bolada, e como era o primeiro produto que eu estava lançando, também pra mim foi muito legal. E até é um medicamento que até hoje tem uma aceitação muito boa, é líder entre os antitussígenos. P – E o travesseirinho assim pra transportar devia ser um problema. R - É. Na oportunidade, na época, nós trabalhávamos em dupla. Nos dois anos que trabalhei no oeste nós trabalhávamos em dupla. E realmente o espaço, nós trabalhávamos com um Fiat Uno, realmente o espaço era complicado. A vantagem em trabalhar em dois era... a amizade, enfim, o companheirismo que tinha, como nós viajávamos na faixa de uns 200 quilômetros, realmente era complicado. Mas, um dirigia um pouquinho, outro dirigia outro pouco, e assim seguia a viagem. O fato de... às vezes furava um pneu, um ajudava o outro para trocar, e de fato é companhia até para você poder conversar. Mas o espaço do carro era complicado, porque na frente iam as malas, às vezes tinha revistas, ia mais o cabide com a roupa, atrás ia nosso plano promocional, caixa com as amostras, não todo o plano, lógico, só a parte com as amostras, e na época do travesseirinho realmente foi complicado, porque todos os médicos que eram propagados, que ia ser propagado o Notuss, estavam recebendo o travesseirinho. Então, tivemos que encher o porta-malas do carro, só não tinha no motor (risos), mas a parte de trás realmente ficou bem cheia e nós não víamos a hora de chegar no hotel para dar uma relaxada, tirar pelo menos as malas para poder ficar mais tranqüilo, né, porque estava realmente bem complicado. Mas, fora isso foi uma época bem interessante. Bem legal. P – Queria te perguntar um pouco do futuro. Qual é o teu sonho em relação a ser propagandista? R - É, como eu comentei, em 97 eu fiz o curso de talentos. Eu acho que todo o ser humano almeja ter uma melhora, enfim, almeja galgar escadas maiores, enfim, subir sempre degraus. Não ficar estacionado. Atualmente, creio que estou desenvolvendo um trabalho muito bom, lá estacionado. Atualmente, eu creio que estou desenvolvendo o meu trabalho muito bom, muito bem, né, lógico, a gente sempre espera algo mais. O meu futuro realmente é continuar na empresa. Eu realmente gosto de coração, não falando, querendo fazer um floreio, mas gosto muito de trabalhar na empresa, e como tem na empresa aquele símbolo do infinito, né, o meu objetivo é realmente trabalhar na empresa até me aposentar, realmente gosto muito, gosto muito de trabalhar no Aché, e tenho grandes perspectivas com essas novas mudanças que estão ocorrendo na empresa, eu vejo que a parte humana, o ser humano realmente está sendo tratado de uma outra forma, de uma forma mais tranqüila, vendo a necessidade de cada um, de se adaptar com as normas da empresa. Antigamente não, era uma forma mais autoritária, você tem que fazer isso, você tem que agir assim. Hoje não, hoje te dá a liberdade de você realmente expor as suas idéias, de repente até o fato da informatização, tu tem como de repente mandar um e-mail pro Aché, direto, antigamente não, você deixava pro gerente, o gerente deixava, “pô, isso é muito banal”. Você chegava e, simplesmente, deixava lá ou jogava fora, né. Até eu tive oportunidade, de vez em quando eu acesso o site da empresa, até antes de da gente sair de férias, eu fiz uma sugestão para o Marketing a respeito da visitação a dentistas, que muitas vezes o dentista tem um poder prescritivo maior que alguns médicos. Por que a gente não visita dentistas? Aí me deram a resposta, dizendo que estava sendo encaminhado para o Marketing, então acho que realmente ficou muito bom essa parte de poder estar mais próximo de São Paulo através da informática. P - Qual a característica mais marcante, o que mais te agrada na empresa? R - É justamente isso. Acho que é essa... essa... não sei se posso usar a expressão liberdade, mas enfim, poder desenvolver o teu trabalho com mais tranqüilidade, sem aquela pressão que tinha anteriormente. Eu acho que realmente está muito bom, agora a empresa, o rumo que ela está tomando, acho que... o que a gente observa também é que anteriormente até pelo próprio sistema havia uma rotatividade muito grande de propagandistas, enfim, de funcionários. Hoje a gente nota que o propagandista dificilmente sai do Aché quando recebe uma proposta de outro laboratório. Ele vai pensar duas, três vezes, realmente se vale a pena ou não sair da empresa. Acho que realmente a empresa está no caminho certo, até em termos de parcerias com outros laboratórios, trazendo novidades para os médicos aqui do Brasil, que estão precisando, que estão carentes realmente de novidades, de informações...Acho que a empresa realmente está no caminho correto, está no caminho certo. Acho que tem tudo para crescer ainda mais. P – E antes da canção gauchesca, eu queria te perguntar o que você achou de o Aché ter decidido contar a sua história? R - Achei legal, porque muita gente não conhece, muita gente não sabe. Às vezes a gente comenta com o médico, que o Laboratório Aché é nacional, é 100% nacional. Mas eles perguntam se o Laboratório Aché não é multinacional. Se o nosso capital não vai tudo para... Não, negativo, o Aché é 100% nacional. Foi criado por três ex-propagandistas, e está aqui, é nosso, e por isso a gente tem que valorizar o que é nosso. O Aché tem tudo para crescer ainda mais, e realmente os papos são que é merecido a primeira colocação em termos de laboratórios aqui no Brasil de atuação. Realmente o Laboratório Aché tem tudo pra crescer ainda mais. E com certeza a gente vai alcançar o objetivo de ser o primeiro laboratório aqui no Brasil em vendas, enfim, e até o reconhecimento pela população. Saber que o Aché é nosso, 100% nacional. P – A gente está aproveitando esse depoimento pra pegar uma amostra cultural das várias regiões, e dos talentos artísticos dos propagandistas. Queria saber se você queria concluir com uma canção gauchesca. R - É, até antes da canção, eu... nas reuniões, lá em São Paulo, na oportunidade, o pessoal acha que eu imito bem o Silvio Santos. Eu não acho muito, mas eles até acham e gostam e em quase todas as reuniões o pessoal pede para imitar, e lá em São Paulo o pessoal também pediu para mim imitar, mas não sei se pode dar uma palinha antes da música, bem rapidinha... P – Pode... R - Tem Brizola, tem Maluf, mas eu preferia o Silvio Santos. Podia iniciar assim mais ou menos: “Bem, amigas, ah, colegas de trabalho, realmente estou faceiro, estou contente, oi, ô Lombardi, ô Lombardi está escondido, vocês não conhecem o Lombardi, mas ele é muito feioooo, oi...” Bom, agora, é só uma palinha. É só para...a música é... a música que me veio na cabeça agora, música que até a gente cantava uma época, 90, antes de entrar na empresa, lá no oeste, a gente gostava muito assim, como se curtia muito a tradição gaúcha, da serra, do planalto serrano para o oeste, né, e a gente gostava muito de cantar músicas, até participávamos assim, em festivais... Eu nunca achei que eu cantava assim bem, mas gostava muito, né. E tem o canto alegretense, que é uma música que basicamente é um hino no Rio Grande do Sul, que se inicia dizendo assim: “ Não me perguntes onde fica o alegrete, segue o rumo do teu próprio coração, cruzarás pela estrada algum ginete, e ouvirás toque de gaita e de violão... Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde, ou quem vem de Uruguaiana de manhã, tens o sol como uma brasa que ainda arde, mergulhados no rio Ibirapuitã... Houve o canto gauchesco e brasileiro, nesta terra que eu amei desde guri, flor de tum-nacamatim de mel campeiro, pedra moura das quebradas do Ianduí... Pedra moura das quebradas do Ianduí...Pedra moura das quebradas do Ianduí...” Mais ou menos assim. (risos, palmas) P – Muito bem Obrigada pela participação. R - Legal. Eu que agradeço.
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