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Por: Museu da Pessoa, 24 de janeiro de 2007

O Pelé dos guaranazeiros

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O Pelé dos guaranazeiros

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Meu nome é Luiz Ferreira das Neves, nasci aqui, na Comunidade Vera Cruz, Maués, em 12 de janeiro de 1931. O meu pai tinha sangue de nordestino. O meu avô era lá do Ceará! A família toda trabalhava em negócio de guaraná, arroz. Trabalhava mais na várzea, o negócio de feijão, agricultura.

Nós éramos dois irmãos: um homem e uma mulher, ela faleceu e eu fiquei contando a nossa história até agora, graças a Deus! Quando minha mãe morreu eu fiquei com nove anos e fui para poder da minha prima. Na época, estudar pra mim era ir tirar pau-rosa e ajudar o velho!

Quando eu fiquei, mais ou menos, com uns 14 anos, eu ia com o meu pai de criação tirar sorva no mato. O velho cortava e eu o ajudava para nós derrubarmos o pau e tirar o leite, tirar a sorva para ferver e vender. Naquele tempo se fazia muitos ingredientes de se comer e beber do leite da sorva. O leite da sorva é bom para temperar mingau. O mesmo que o leite de gado. Faz até aquela farofa com farinha. Bate bem, depois põe açúcar e põe a farinha.

Já o nosso guaraná é famoso! O nosso produto é por qualidade, não é por quantidade. Dizem: “Neves, por que tu não compra um motor pra pilar o teu guaraná?” Já pode modificar quem quiser, mas eu morrerei e o meu guaraná será desse jeito. Isso é mais um guaraná especial, mais gostoso, cheiroso. Na pilação, o senhor vê tudo quanto é peso de energia. É rápido. Hoje o povo quer saber de quantidade. De fato, às vezes depende de quantidade, mas não para nós. Com essa AmBev que está aí, vem aquela quantidade de tambor de álcool para misturar com a essência do guaraná. É verdade! E aí que ganha dinheiro mesmo no guaraná.

Eu valorizo o nosso trabalho. Tem que ter cuidado, saber zelar, não deixar o bicho ficar no canto e ficar moreno. Na ocasião de torrar, tem que ser em fogo lento. Ter cuidado, lavar bem, assear bem, tudo por tudo. Isso que é bom. E coar o guaraná. Tem gente que nem...

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