Já ouviram falar de dor de amor? Pois é... Ela existe. Senti isso uma vez e foi terrível. Começou assim: eu tinha 17 anos e era completamente apaixonada por um cara lá da faculdade. Estava no primeiro semestre de Engenharia e ele já era bem mais adiantado do que eu. Não sei por que, mas desde a primeira vez que o vi, me apaixonei. Ele era meio punk, tinha o cabelo igual ao do Robert Smith, do The Cure, e só andava todo rasgado. Definitivamente: era meu número. Só tinha um probleminha: ele nem sabia que eu existia. Tentei milhares de vezes me aproximar, mas a minha timidez falava mais alto. Passei maus bocados por causa desse amor platônico. Este episódio aconteceu em 91, três anos depois que o vi pela primeira vez. Tinha uma danceteria que eu sempre frequentava e ele também. Eu sempre o via por lá, mas nunca tive coragem de encará-lo e, para completar, eu tinha um namorado super briguento. Um dia tomei coragem e passei a noite inteira só olhando pro meu "Punk de Boutique". E, para minha surpresa, não é que eu estava sendo correspondida. Meu namorado estava comigo, mas isso não impediu nada. "Fiquei com sono" de repente e pedi prá ir prá casa. Ele me levou na maior boa vontade, afinal, detestava agitos (nada a ver comigo). Cheguei em casa, dei um tempinho e alguns minutos depois estava lá, de volta à danceteria, dessa vez, sozinha. Não acho que eu estivesse errada. Estava apenas lutando por algo em que acreditava. Aquele Punk com cara de maior abandonado misturado com bad boy me hipnotizava. Achei que tinha ganhado a noite. Engano meu. Ele continuou só me olhando, de longe, sem se aproximar. Eu não tinha coragem de ir lá, afinal já tinha feito minha parte Droga de timidez. Resultado: Voltei prá casa na maior fossa, chorei a noite inteira. Meu coração doía tanto... Fiquei com vontade de arrancar. Engraçado... Eu nunca tinha sentido nem metade disso por ninguém. Fui sentir justamente por uma pessoa que eu nunca tinha nem ouvido a...
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Já ouviram falar de dor de amor? Pois é... Ela existe. Senti isso uma vez e foi terrível. Começou assim: eu tinha 17 anos e era completamente apaixonada por um cara lá da faculdade. Estava no primeiro semestre de Engenharia e ele já era bem mais adiantado do que eu. Não sei por que, mas desde a primeira vez que o vi, me apaixonei. Ele era meio punk, tinha o cabelo igual ao do Robert Smith, do The Cure, e só andava todo rasgado. Definitivamente: era meu número. Só tinha um probleminha: ele nem sabia que eu existia. Tentei milhares de vezes me aproximar, mas a minha timidez falava mais alto. Passei maus bocados por causa desse amor platônico. Este episódio aconteceu em 91, três anos depois que o vi pela primeira vez. Tinha uma danceteria que eu sempre frequentava e ele também. Eu sempre o via por lá, mas nunca tive coragem de encará-lo e, para completar, eu tinha um namorado super briguento. Um dia tomei coragem e passei a noite inteira só olhando pro meu "Punk de Boutique". E, para minha surpresa, não é que eu estava sendo correspondida. Meu namorado estava comigo, mas isso não impediu nada. "Fiquei com sono" de repente e pedi prá ir prá casa. Ele me levou na maior boa vontade, afinal, detestava agitos (nada a ver comigo). Cheguei em casa, dei um tempinho e alguns minutos depois estava lá, de volta à danceteria, dessa vez, sozinha. Não acho que eu estivesse errada. Estava apenas lutando por algo em que acreditava. Aquele Punk com cara de maior abandonado misturado com bad boy me hipnotizava. Achei que tinha ganhado a noite. Engano meu. Ele continuou só me olhando, de longe, sem se aproximar. Eu não tinha coragem de ir lá, afinal já tinha feito minha parte Droga de timidez. Resultado: Voltei prá casa na maior fossa, chorei a noite inteira. Meu coração doía tanto... Fiquei com vontade de arrancar. Engraçado... Eu nunca tinha sentido nem metade disso por ninguém. Fui sentir justamente por uma pessoa que eu nunca tinha nem ouvido a voz, não sabia meu nome. Os anos passaram, saí da faculdade e nas raras vezes que o encontrava ele estava sempre acompanhado. O curioso é que mesmo depois desse tempo, todas as vezes que o via, meu coração disparava. No dia 10 de setembro de 1996, fui descobrir que nada daquilo que eu fiz havia sido em vão. Quase 10 anos depois do "amor à primeira vista", nos reencontramos no Video-Papo, o Bate-papo por computador. Nas primeiras trocas de palavras, descobri que era ele. Quase tive um enfarte Ele não se lembrava de mim, mas marcamos de nos ver ao vivo. Foi paixão fulminante, dessas que acontecem uma vez a cada mil anos. Dois meses depois do nosso encontro virtual fomos morar juntos e no dia 05 de julho de 1997 casamos oficialmente, na Igreja, com tudo que tínhamos direito. Hoje estamos casados e felizes. Ano que vem vamos encomendar nosso "Punkzinho". Passei a acreditar em almas gêmeas e destino. E o mais importante: Nunca mais tive dor de amor.
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