Severina Luíza Rocha dos Santos nasceu em 1962, no município de Surubim, em Pernambuco. Ela foi criada no meio rural. Suas brincadeiras na infância eram pular corda, rodar pião e correr na grama. Luíza fazia seus próprios brinquedos, pois sua família era de origem humilde, assim como a casa em que morava.
Não havia energia elétrica e água encanada. Seus pais se chamavam Severino e Josefa. Com eles, ela e seus irmãos aprenderam muitos valores, como respeitar e não cobiçar o que não era deles. Da escola, Luíza se lembra dos sacrifícios que fez para estudar. Não havia material suficiente e ela muitas vezes recolhia papéis de embrulho do lixo para usar como rascunho. Luíza se recorda, inclusive, da vez em que brigou com suas amigas por um pedaço de grafite para escrever, o que acabou deixando uma marca em sua mão. As escolas em que estudou ficavam longe de sua casa, e ela, muitas vezes, andava até 1 hora e 30 minutos para chegar lá. Dona Luíza se mudou para Cubatão em 1981, após se casar.
Ela e seu marido buscavam melhores condições de vida. A viagem foi feita de ônibus e durou três dias. No meio do caminho, o casal lidou com o ônibus quebrado e a falta de combustível. Ao chegar, eles moraram no bairro Vila Parisi. Foi uma experiência bastante difícil para ela, pois era a primeira vez em que morava e conhecia uma “favela”, e o local era muito violento. Ela percebe uma melhora na cidade desde a época em que se mudou. O céu, que era cinzento, agora já é azul. Como uma pessoa dedicada e solidária, seu sonho sempre foi cuidar da família. O primeiro trabalho foi com artesanato em geral, como pintura em tecido e customização de roupas.
Ela decidiu se dedicar a este ofício para superar a morte de seu pai, o que a deixou muito depressiva. Atualmente, ela trabalha como inspetora de alunos, procurando sempre ajudar professores e alunos. Com seu esposo, ela possui dois filhos: um rapaz e uma moça. Ela conta que conheceu o marido...
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Severina Luíza Rocha dos Santos nasceu em 1962, no município de Surubim, em Pernambuco. Ela foi criada no meio rural. Suas brincadeiras na infância eram pular corda, rodar pião e correr na grama. Luíza fazia seus próprios brinquedos, pois sua família era de origem humilde, assim como a casa em que morava.
Não havia energia elétrica e água encanada. Seus pais se chamavam Severino e Josefa. Com eles, ela e seus irmãos aprenderam muitos valores, como respeitar e não cobiçar o que não era deles. Da escola, Luíza se lembra dos sacrifícios que fez para estudar. Não havia material suficiente e ela muitas vezes recolhia papéis de embrulho do lixo para usar como rascunho. Luíza se recorda, inclusive, da vez em que brigou com suas amigas por um pedaço de grafite para escrever, o que acabou deixando uma marca em sua mão. As escolas em que estudou ficavam longe de sua casa, e ela, muitas vezes, andava até 1 hora e 30 minutos para chegar lá. Dona Luíza se mudou para Cubatão em 1981, após se casar.
Ela e seu marido buscavam melhores condições de vida. A viagem foi feita de ônibus e durou três dias. No meio do caminho, o casal lidou com o ônibus quebrado e a falta de combustível. Ao chegar, eles moraram no bairro Vila Parisi. Foi uma experiência bastante difícil para ela, pois era a primeira vez em que morava e conhecia uma “favela”, e o local era muito violento. Ela percebe uma melhora na cidade desde a época em que se mudou. O céu, que era cinzento, agora já é azul. Como uma pessoa dedicada e solidária, seu sonho sempre foi cuidar da família. O primeiro trabalho foi com artesanato em geral, como pintura em tecido e customização de roupas.
Ela decidiu se dedicar a este ofício para superar a morte de seu pai, o que a deixou muito depressiva. Atualmente, ela trabalha como inspetora de alunos, procurando sempre ajudar professores e alunos. Com seu esposo, ela possui dois filhos: um rapaz e uma moça. Ela conta que conheceu o marido por meio de uma amiga. Esta amiga queria uma foto dele e pediu para Dona Luíza consegui-la. Ao falar com o futuro esposo, Dona Luíza teve a resposta que a foto só seria entregue para ela e não para a amiga. Os dois são casados há mais de 30 anos e são muito companheiros. Este texto é um pouquinho da história da Dona Luíza, construída a cada dia.
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