Era dezembro de 1999 e eu estava prestes a entrar na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pois havia passado no concurso público no início daquele mesmo ano. Fui aprovado e convocado para a segunda fase do concurso, em que era necessário ter agilidade e rapidez para passar no teste de di...Continuar leitura
Era dezembro de 1999 e eu estava prestes a entrar na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pois havia passado no concurso público no início daquele mesmo ano. Fui aprovado e convocado para a segunda fase do concurso, em que era necessário ter agilidade e rapidez para passar no teste de digitação para o cargo de Operador de Telecomunicações. Antes de prosseguir com a história, uma breve observação, eu tive aulas de digitação com meu pai que era professor de datilografia, durante um ano inteiro. Prosseguindo a história... Um dia antes do teste da segunda fase do concurso meu pai teve a ideia de me colocar para praticar em um computador da escola de informática que fica do lado da minha casa, ele teve que pagar por um dia de prática, já que fazia uns 3 anos que eu já tinha terminado meu curso de datilografia. No começo eu estava nervoso mas depois os dedos fluiram e consegui digitar rapidamente. Ja no dia do teste, fiquei mais nervoso ainda e meu coração disparava no exato instante em que a instrutora nos chamou para a sala do CECOR do Edifício Sede da DR/SPM, e foi neste momento que me deparei com um computador desligado e então aumentou meu nervosismo, pois estávamos ainda no início da era digital e eu não sabia nem ao menos ligar um computador, já que tive experiência somente com maquina de escrever, e na escola de informática quando fiz o teste no dia anterior, o micro já estava ligado. Então, solicitei que o meu colega ao lado ligasse o computador e também abrisse o Word para mim, ainda bem que o teste ainda não estava valendo, o que contava era a digitação. Meu colega fez tudo pra mim quanto a ligar micro e abertura do word. Chega a hora do teste, eu digitava muito rapidamente e torcia para não errar na grafia, pois para corrigir demandava tempo também. O tempo acabou! Disse a instrutora. Mãos trêmulas e expectativa aumentando no momento em que fomos até a sala aguardar o resultado. A maioria não teve resultado favorável, até que chegou a minha vez e fui aprovado com boa média na digitação e apenas alguns erros, e a surpresa foi que o meu colega que me ajudou e parecia entender o básico da informática, que é ligar o computador e abrir o word, infelizmente não passou no teste. Acredito muito que as coisas têm que acontecer e não há como evitar as surpresas que a vida nos dá. Estou nos Correios há 13 anos e é a empresa que dá o meu sustento e que faz com que eu me sinta feliz por estar empregado. A história foi curiosa e compartilhar com vocês foi um prazer, afinal foi uma das vitórias inesperadas da minha vida.Recolher