Oi, eu sou Denison Ferreira, professor e ativista ambiental. Moro em São Luís do Maranhão minha terra natal, tenho 29 anos e sou cheio de sonhos – atuo como voluntário e ativista ambiental a cerca de 7 anos, mas costumo dizer que tem mais tempo, devido as motivações e ações...Continuar leitura
Oi, eu sou Denison Ferreira, professor e ativista ambiental. Moro em São Luís do Maranhão minha terra natal, tenho 29 anos e sou cheio de sonhos – atuo como voluntário e ativista ambiental a cerca de 7 anos, mas costumo dizer que tem mais tempo, devido as motivações e ações na minha infância e adolescência que me levaram a este patamar. Meu trabalho mais significativo enquanto voluntário é no Greenpeace, onde iniciei no ano de 2012 como mobilizador do Desmatamento Zero DZ – eu busquei o voluntariado num momento complicado da minha vida, vários problemas de cunho pessoal, me levaram a buscar alternativas para melhorar minha autoestima e, sobretudo fazer algo que pudesse somar com a sociedade.
Foi quando busquei o Greenpeace Brasil, por ter um apreço a organização e por ter interesse de fazer algo pela natureza. Confesso que no inicio foi bem difícil fazer parte da ONG, mas insistir e persistir até receber um e-mail que iria mudar minha vida da Staff Cristiane Mazzetti na época responsável pelo voluntariado propondo a atividade do DZ. Naquela época ainda leigo sobre muitos assuntos ambientais, assumir e mergulhei de cabeça na causa e na ideia. Investi cada centavo que tinha para fazer acontecer as atividades em São Luís, pois acredito fielmente na mudança através de nossas ações. Peguei todo o material e logo fui às ruas da minha cidade, nas escolas, universidades, faculdades, empresas... a ideia era simples coletar o máximo de assinaturas para petição que promove o fim do desmatamento de florestas nativas no Brasil.
Neste percurso fui conhecendo pessoas incríveis que também acreditavam na mudança do nosso planeta para melhor. O Grupo foi crescendo, crescendo e se desenvolvendo, e quando percebi já tinha um time de pessoas trabalhando em prol do DZ e cheio de boas vontades. Percebi o quanto o trabalho voluntário é fantástico e fundamental para ajudar no processo de melhorias em nossas vidas, além de conectar pessoas em prol de mundo melhor. Em 2015 fui convidado a entregar junto ao Greenpeace no Congresso Nacional em Brasília - DF o Projeto de Lei do DZ – ali tive mais certeza que estava no caminho certo e não iria mais parar. Em 2016 fundei com ajuda de outras pessoas o Greenpeace em São Luís.
O trabalho voluntário mudou minha vida pessoal, me deu uma profissão nova e um novo jeito de ver o mundo. Lembro que fui convidado a dar uma palestra sobre o DZ na Universidade Federal do Maranhão – apresentei o trabalho e logo em seguida a surpresa, fui bombardeado por alunos, mestres e doutores sobre o assunto, indo de encontro com a proposto e eu muito raso não pude refutar as falas – um dia péssimo para mim, sair de lá arrasado.
Mas o lado bom, foi que depois desta “tempestade” decidi me aperfeiçoar e logo fiz vestibular para Geografia e passei, no decorrer também fiz o curso de Meio Ambiente, destaco que já era Pedagogo. Sendo assim, mudei minha vida devido as atividades voluntárias.
Hoje sou professor de Geografia da educação básica, sou uma referência na minha cidade com as questões socioambientais, sou facilitador do Grupo de voluntários do Greenpeace São Luís – estou envolvido com diversos projetos locais de forma voluntária, de mobilidade urbana, limpezas de praias, educação ambiental, etc.
Eu acredito muito na força que temos de transformar nossas realidades com ações voluntárias. Diariamente, através da educação e de ações vou somando para que mais pessoas sejam ativas na sociedade – a multiplicação de informações e de atitudes é importante neste processo, e perceber a mudança acontecendo e saber que sou também responsável por isto me motiva a querer fazer mais e mais.
Penso que o trabalho voluntário é uma fonte de força comunitária, de solidariedade, de superação e coesão social – por isso eu acredito que esta seja mais uma ferramenta para que alcancemos um mundo mais justo, digno e ambientalmente responsável. Sou muito grato por tudo e por todas as pessoas que passaram e estão na minha vida graças ao trabalho voluntário.
Para finalizar, eu me inspiro muito num desenho animado da década de 1990: o Capitão Planeta. Neste, existiam 5 jovens que combatiam os problemas ambientais no mundo, e quando não davam conta, reuniam seus poderes que eram: terra, água, fogo, vento e coração – juntos invocavam o Capitão Planeta e este resolvia e combatia todo mal que afligiam a natureza.
Sempre que estou nas palestras sobre educação ambiental, inspiro e motivo as pessoas, mostrando que juntos podemos mudar o mundo. E soltamos um grito de motivação que é o: VAI PLANETA! É bem legal! É isso! Abraço a vocês, obrigado pela oportunidade e podem contar sempre comigo! #VaiPlanetaRecolher