Em uma bela tarde compareceu em nossa sala de aula o Sr. Djalmo Moraes Alencastro para ser entrevistado no Projeto Memória Local.
Ele nos contou que sua história começa no dia 13 de fevereiro de 1946, data de seu nascimento, em Tapes, município pequeno do Rio Grande do Sul. Sua infância foi mui...Continuar leitura
Em uma bela tarde compareceu em nossa sala de aula o Sr. Djalmo Moraes Alencastro para ser entrevistado no Projeto Memória Local.
Ele nos contou que sua história começa no dia 13 de fevereiro de 1946, data de seu nascimento, em Tapes, município pequeno do Rio Grande do Sul. Sua infância foi muito boa, cercada de carinho e apoio, dado pelos pais, pessoas gente fina, que ajudavam e incentivavam-no e seus sete irmãos, pois a família era grande e unida.
Demonstrando saudades, relatou sobre os brinquedos feitos a mão, que eram inventados por adultos ou crianças utilizando litros, madeiras etc...
Sua vida escolar foi boa, mas curta, porque estudou só até a 4ª série, precisava caminhar uma hora a pé até o local onde ficava a escola. Recordou também que os alunos que incomodavam ficavam de castigo, ajoelhados no pedregulho.
A adolescência foi legal, gostava de jogar futebol com os amigos, ir às carreiras (corridas de cavalos) e nos bailes, dançar com as moças. Aos 18 anos foi para o quartel.
Com 25 anos de idade foi trabalhar numa fábrica de fogões. Depois, conheceu uma moça de Pelotas, namoraram durante cinco anos e casaram. Tiveram duas filhas.
Há 34 anos mora no bairro Bom Fim Novo, acompanhando as mudanças ocorridas, as ruas que não existiam, as plantações de aipim que tinha ao redor e a criação de vacas, a dificuldade de transporte até o centro da cidade, só existiam dois Kombis que transportavam as pessoas.
Atualmente ao lado da esposa, das filhas e do neto César, usufrui de sua aposentadoria de forma alegre, fazendo o que mais gosta que é pescar. Seu Djalmo tem muitas histórias de pescador em sua trajetória, uma delas foi quando pesou um muçum e uma traíra que havia engolido a metade do corpo do muçum, e quando puxou o anzol, a traíra caiu e ficou somente a metade do muçum. Outra vez, no verão, foi pescar com linha e anzol e pescou um jacaré, que pulou remexeu e foi embora. Só ficou o susto
Seu Djalmo já teve alguns problemas de saúde. Passou vários dias no hospital. Já foi operado da vesícula e colocou uma válvula metálica no coração. Mas, já está tudo bem. Vive com bom humor e saúde, se cuidando sempre.
Como mensagem final aconselhou os estudantes: Sejam bons alunos, estudem bastante. Se não estudar, não tem valor.
Esta é a história de um grande homem. Simpático, amigo e batalhador.Recolher