Meu nome é Simone, tenho 27 anos e sou natural de Curitiba no Paraná, onde moro até hoje. Meus pais são casados e moram na mesma casa desde que casaram, tenho um irmão mais novo que hoje tem 26 anos. Sempre fomos os quatro muito unidos, sempre tivemos a família do meu pai reunida - já que a m...Continuar leitura
Meu nome é Simone, tenho 27 anos e sou natural de Curitiba no Paraná, onde moro até hoje. Meus pais são casados e moram na mesma casa desde que casaram, tenho um irmão mais novo que hoje tem 26 anos. Sempre fomos os quatro muito unidos, sempre tivemos a família do meu pai reunida - já que a minha mãe nao tem irmãos e os pais faleceram quando ela ainda era bem nova. Sempre frequentamos a Igreja Luterana e la é nossa segunda casa, temos muitos amigos da igreja.
Nunca fui muito de acreditar em mim mesma. Aprendi a ler cedo, com 10 anos fui aprovada no concurso do Colégio Militar de Curitiba - mas sempre disse que passei em penúltimo lugar, não acreditava nos meus méritos. Aos 17 anos passei no vestibular para o curso de Pedagogia na UFPR - e mais uma vez não dei valor à conquista, já que sempre achei que só passei pois a taxa de concorrência era baixa. Fiz o curso e fui aprovada em um concurso no município vizinho de São José dos Pinhais, porém, só pude assumir o cargo em 2010, depois de ter me formado.
Comecei a trabalhar em uma escola muito afastada da cidade, na zona rural: nada de telefone, água só de poço e celular sempre sem sinal. Eu dirigia por 60km pra chegar até lá e mais 60km pra voltar para casa. O primeiro ano foi de muita novidade, mas eu me sentia bem insegura com relação ao trabalho. Pra falar a verdade eu não sabia muito o que fazer. Mas me envolvia bastante com as crianças e ajudava no que fosse possível.
No segundo ano lá na escola foi que minha história de vida começou a mudar. A escola em que eu trabalhava era municipal, e a escola estadual era vizinha à minha. Uma das professoras que trabalhava comigo era casada com um professor da escola vizinha. Um dia eles resolveram que iriam me apresentar ao professor de Filosofia da escola estadual. Eu não me importei, estava sozinha, ele também, ele era bonito e tinha acabado de terminar um Mestrado. Essa conversa de "você vai casar com o professor de filosofia" continuou por algum tempo, eu achava engraçado mas nada além disso.
Até que em um dia chuvoso de setembro de 2011, a história começou a acontecer. O professor de filosofia veio até a escola me pedir um pneu emprestado. Isso mesmo, um pneu estepe! Ele teve dois pneus furados naquele dia e, como ele tinha um Fiat Palio e eu também, ele veio pedir para que eu emprestasse. Emprestei e lembro que notei duas coisas: que ele era muito tímido e que usava um perfume muito bom. Naquele dia, ao final do expediente, fui junto com ele até a borracharia para que ele consertasse os pneus do carro e pudesse devolver o meu. E ele ficava dizendo "não se preocupe, vou te pagar" e eu dizia que não precisava.
Depois disso passamos a nos cumprimentar quando nos encontrávamos nos horários de saída ou entrada do trabalho.
Na semana seguinte o professor que era marido da minha colega apareceu com o telefone do professor de Filosofia - que aí eu já sabia se chamar Gilvani - escrito em um guardanapo. No final de semana era feriado e eu estava sozinha em casa, criei coragem (até hoje não sei de onde saiu) e liguei para o número anotado no guardanapo. O Gilvani atendeu com um barulho de festa ao fundo, eu me arrependi naquele exato momento, mas então ele disse que estava na festa trabalhando com a mãe. Usei de bom humor e simpatia para brincar com ele "você disse que iria me pagar aquele pneu emprestado, lembra?" e ele ficou de me ligar depois para combinarmos. Então começamos a conversar todas as noites pelo telefone, eram ligações de mais de uma hora, no mesmo horário antes de dormir.
Assim fomos conversando e nos conhecendo, passei a dar carona para ele ir para o trabalho, era mais um momento em que estávamos juntos e conversávamos bastante. Eu esperava uma iniciativa dele para que pudéssemos sair juntos, ele sempre dizia "vamos marcar alguma coisa" mas o dia do encontro demorou. Demorou tanto que, no dia que marcamos, eu já estava até desanimada. Mas mesmo assim fui, nos encontramos no shopping e depois fomos à uma pizzaria. Nesse dia a conversa não fluiu bem, ele não sentou ao meu lado, e quando cheguei em casa disse à meus pais que achava que não daria certo (mesmo antes de começar).
Porém, as conversas continuavam pelo telefone, as caronas também, e resolvemos marcar mais uma vez e ir ao cinema. Foi onde tivemos nosso primeiro beijo e então começamos a nos relacionar, ainda não era um namoro oficial, mas pra nós já era um relacionamento.
Começamos a namorar um mês depois e aí fomos conhecer as famílias um do outro, continuamos indo juntos ao trabalho. Passamos as férias juntos, viajamos no Natal com a família dele e nossa relação foi se intensificando. Eu já estava planejando me mudar para São José dos Pinhais e ele me ajudou a pintar e ajeitar o apartamento, e depois de três meses de relacionamento ele se mudou para o apartamento junto comigo. Foi uma atitude corajosa dos dois, estávamos ainda começando a nos conhecer e em janeiro de 2012 já morávamos juntos. Em fevereiro já veio o noivado, a gente sabia que essa relação era diferente e que iria durar!
Tivemos algumas dificuldades e discussões pelo caminho, todo casal tem, por vezes até pensamos em desistir mas o amor e o relacionamento que construímos superou tudo. Marcamos nosso casamento para o dia 30 de março de 2013 e realizamos uma festa como manda a tradição, realizando também nosso sonho.
Temos muitos planos para o futuro, queremos ter filhos, compramos nosso próprio apartamento mas a obra está atrasada, enquanto não entregam estamos morando na casa dos meus pais (para economizar o aluguel).
O Gilvani é um marido maravilhoso, muito amoroso e companheiro. Foi realmente um presente de Deus. Não sou perfeita e ele também não, mas somos perfeitos um para o outro. Essa é minha (nossa) história!Recolher