Na minha infância fui muito protegida pela minha mãe, não podia brincar de correr, andar descalço, nada que pudesse me machucar.
Minha vizinha ganhou uma bicicleta e logo eu e minha irmã queríamos uma também. Meu pai, que era menos protetor, comprou uma bicicleta velha para nós brincarmos,...Continuar leitura
Na
minha infância fui muito protegida pela minha mãe, não podia brincar de correr, andar descalço, nada que pudesse me machucar.
Minha vizinha ganhou uma bicicleta e logo eu e minha irmã queríamos uma também. Meu pai, que era menos protetor, comprou uma bicicleta velha para nós brincarmos, minha mãe quase teve um “treco” mas aceitou.
Um belo dia o freio quebrou e pedimos para minha mãe deixarmos arrumar na rua debaixo e ela deixou com um aviso: Era para levar a bicicleta, sem montar, até arrumar. Foi a mesma coisa que dissesse ao contrário, virou a esquina e montamos na bicicleta eu, a filha do inquilino de 5 anos e minha irmã. Começou uma ladeira e minha irmã não conseguia parar e ela entrou numa rua de barro cheia de pedras e pedia para eu colocar o meu pé para parar e eu dizia que não porque iria quebrar o meu pé. No final desta rua era um buracão enorme. Ela virou a bicicleta e entrou
numa rua de asfalto onde derrapou. Ela machucou os cotovelos e os joelhos, a outra criança raspou metade do rosto e eu sai ilesa. Foi uma choradeira e como voltar para casa com as duas machucadas e passar pela minha mãe?
Chegando em casa,
levei a criança para a mãe e minha irmã foi tomar banho sem que minha mãe visse, colocou roupa de frio e sentou no sofá. Quando minha mãe entrou perguntou o que havia acontecido e por mais que disfarçássemos não deu para esconder e levamos uma bronca enorme e quase não andamos mais de bicicleta
Hoje passou o tempo das bicicletas. Chegou o tempo do carro e minha amiga falou: -
o jeito de dirigir não mudou muito...
Será ?
POIE Rosangela YamanakaRecolher