Uma avó centenária eternizada em 50 imagens
1) Maio: nasceu no mês de Maria, a quem ela tanto recorria
2) Ribeirão: seu bairro querido
3) Trineta do Barão de Pouso Alto
4) Criada entre os netos livres dos escravos de seus avós
5) Profissão de uma vida toda: professora
6) “Pé com palha, pé sem palha, pé com palha, pé sem palha...”: jeito único de ensinar as crianças da roça a marcharem
7) João: o marido por mais de sessenta anos
8) Seis filhos, cinco deles com nomes de santo
9) Foi trisavó, bisavó e avó de dezenas de descendentes
10) Cheirar cabecinha da criançada da família era hábito que ela tinha
11) Primeira-dama: uma mulher à frente de seu tempo, elegante, de calça comprida, em cerimônia oficial em que só estavam outros homens
12) Presença marcante em festas religiosas e sociais de Pouso Alto
13) Compositora de versos sempre rimados
14) “Não há, ó gente, ó não / Luar como este do Ribeirão”
15) Letra grande, linda, enfeitada
16) Dona de um baú de teatro, com toda espécie de fantasia
17) Mentora das festas de São João do bairro
18) Até um “clube” ela conseguiu erguer por lá com a renda da festa
19) Em Pouso Alto e região, leitoas e mais leitoas ela arrecadava para as festas da Santa Casa
20) Assinante por décadas da revista “Ave Maria”
21) Devoção também a São Benedito
22) Fiel à Consagração de Aparecida, todo dia, às 15 horas
23) Terço: oração predileta, principalmente na companhia da tia Carmem, entre cochilos, às vezes
24) Aniversários comemorados em Aparecida, com Kombi cheia de gente e de comida
25) Presépios caprichados montados até o fim do mês de janeiro, esperando a festa de São Sebastião
26) Casa branca de janelas azuis sempre foi referência no Ribeirão
27) Lá dentro, o famoso quarto de santos para protegê-la, inclusive do medo de dormir sozinha e no escuro
28) Camaradas da fazenda nutriam grande respeito por ela
29) Quem fugia dela eram as...
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Uma avó centenária eternizada em 50 imagens
1) Maio: nasceu no mês de Maria, a quem ela tanto recorria
2) Ribeirão: seu bairro querido
3) Trineta do Barão de Pouso Alto
4) Criada entre os netos livres dos escravos de seus avós
5) Profissão de uma vida toda: professora
6) “Pé com palha, pé sem palha, pé com palha, pé sem palha...”: jeito único de ensinar as crianças da roça a marcharem
7) João: o marido por mais de sessenta anos
8) Seis filhos, cinco deles com nomes de santo
9) Foi trisavó, bisavó e avó de dezenas de descendentes
10) Cheirar cabecinha da criançada da família era hábito que ela tinha
11) Primeira-dama: uma mulher à frente de seu tempo, elegante, de calça comprida, em cerimônia oficial em que só estavam outros homens
12) Presença marcante em festas religiosas e sociais de Pouso Alto
13) Compositora de versos sempre rimados
14) “Não há, ó gente, ó não / Luar como este do Ribeirão”
15) Letra grande, linda, enfeitada
16) Dona de um baú de teatro, com toda espécie de fantasia
17) Mentora das festas de São João do bairro
18) Até um “clube” ela conseguiu erguer por lá com a renda da festa
19) Em Pouso Alto e região, leitoas e mais leitoas ela arrecadava para as festas da Santa Casa
20) Assinante por décadas da revista “Ave Maria”
21) Devoção também a São Benedito
22) Fiel à Consagração de Aparecida, todo dia, às 15 horas
23) Terço: oração predileta, principalmente na companhia da tia Carmem, entre cochilos, às vezes
24) Aniversários comemorados em Aparecida, com Kombi cheia de gente e de comida
25) Presépios caprichados montados até o fim do mês de janeiro, esperando a festa de São Sebastião
26) Casa branca de janelas azuis sempre foi referência no Ribeirão
27) Lá dentro, o famoso quarto de santos para protegê-la, inclusive do medo de dormir sozinha e no escuro
28) Camaradas da fazenda nutriam grande respeito por ela
29) Quem fugia dela eram as galinhas que, antevendo seu fim na panela, escondiam-se nos balaios do curral
30) Compras feitas com caderneta nas vendas da roça e da cidade
31) Bilhetes com recados para as comadres, entregues a cavalo por quem estivesse disponível
32) Porta na cidade e porteira na roça constantemente abertas: entrava em sua casa quem precisasse
33) Generosidade para com todos: vó Lourdes era imbatível neste item
34) Dinheiro da aposentadoria guardado no bolso do paletó de lã, na segunda porta do guarda-roupa
35) “Fezinha” na Loteria Esportiva do domingo, embora não entendesse nada de futebol
36) Pagamento mensal do Carnê do Baú, pois era fã do Sílvio Santos e ainda tinha a chance de ser chamada para participar do programa “Qual é a Música?”, fato que aconteceu mesmo uma vez
37) Banquinho ao lado do fogão à lenha para esquentar as mãos e as conversas nas noites de férias que os netos passavam no Ribeirão
38) Biscoitos e quitandas direto da fornalha
39) Pamonha feita artesanalmente, no fogareiro no chão do terreiro
40) Mingau de maizena nas noites frias de Pouso Alto
41) Chouriço doce (muito doce), porque ela amava açúcar
42) Até cerveja com açúcar ela tomava de vez em quando
43) Comida gostosa ela enviava com frequência aos padres, em especial em época de Semana Santa
44) Sua comida mesmo era sempre pouca no prato, gostava era de beliscar
45) Na hora das fotos, o pescoço estava sempre de lado
46) Casaquinho fashion de onça ficou para mim de lembrança dela
47) Cabelo mensalmente pintado
48) Lenços e colares combinando com a roupa
49) Lambada: ritmo que ela aprendeu a dançar
50) Fusca: foi seu carro da vida toda, mas andar nele só se fosse segurando no suporte da frente do banco de carona, já que era muito baixinha e não conseguiria enxergar as pessoas com quem tinha que falar, e elas eram tantas...
E hoje elas e eu somos tão saudosas....
Trago em mim mais do que o nome dela, mas também sua profissão, seu gosto por escrever, sua religiosidade e devoção mariana! Ela vive em mim!
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