Um pouco da minha vida no Engenho Cachoeira
Seu Antônio chegou, ainda criança, com sua família e algumas outras, ao Engenho Cachoeira no final dos anos 1960, estavam vindo da Zona Rural do município de Escada e foram auxiliados pelo Pe. Melo nessa empreitada.
Ao chegarem aqui enfrentaram muitas...Continuar leitura
Um pouco da minha vida no Engenho Cachoeira
Seu Antônio chegou, ainda criança, com sua família e algumas outras, ao Engenho Cachoeira no final dos anos 1960, estavam vindo da Zona Rural do município de Escada e foram auxiliados pelo Pe. Melo nessa empreitada.
Ao chegarem aqui enfrentaram muitas dificuldades, seu pai construiu uma casa com madeira e barro, com poucos dias que estavam instalados enfrentaram um período de fortes chuvas e a água tirou o barro da parede e ficaram com a casa “pelada”, só a estrutura de madeira ficou em pé.
As outras crianças e seu Antônio estudavam na antiga Casa Grande do Engenho, o curioso é que ela ficava onde hoje é a escola, na época o nome da escola já era Santos Cosme e Damião. Infelizmente a Casa Grande se foi, segundo seu Antônio não cuidaram dela. Seria muito bom se ela tivesse sido conservada, já pensou se a escola ainda fosse na Casa Grande?
Ele nos contou que estudar não era muito fácil naquela época, a escola só tinha até a quarta série, se quisesse estudar mais tinha que ir pra “rua”, só em Ipojuca que tinha escola pra fazer até a oitava série e o segundo grau, que poucos conseguiam cursar.
Hoje as coisas melhoraram bastante, seu Antônio nos contou que sempre fala com as crianças, diz para elas estudarem, pois só o estudo pode melhorar suas vidas, hoje temos transporte para as crianças irem pra rua estudar, na minha época andávamos muito, mas hoje está bem melhor, diz ele. Seu desejo para nossa comunidade é que ela se desenvolva muito mais, que as pessoas sejam sempre unidas, se ajudando, cooperando umas com as outras.
Texto coletivo elaborado a partir do relato do senhor José Antônio dos Santos.Recolher