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Por: Museu da Pessoa, 25 de julho de 2013

Um palhaço tímido

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Um palhaço tímido

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Eu me chamo Carlos Humberto Mendes Biaggiolli, com dois “g” e isso é importante deixar claro, porque existe toda uma história da minha família em cima desses dois “g”. Nós somos os únicos na família toda, na árvore genealógica inteira, inclusive também, todo mundo é com um g só, é Biagiolli, que vem de Biagliolli, que era bagos de alho, no norte da Itália, que é outra coisa que a nossa família faz questão de deixar bem frisado. Por conta do sul estar muito ligado à questão da máfia siciliana, que vem do sul da Itália e tudo mais. Então a gente faz questão de dizer que a gente é do bem, a gente não é ligado a essa questão.

Meu pai é falecido. Faleceu com 65 anos, vítima de câncer. Mas ele era um grande artista, um músico fantástico, uma visão humorística da vida fenomenal, tanto é que me influenciou muito na minha carreira. Mas por conta do falecimento prematuro do meu avô, que era maestro, meu pai foi para outro caminho, foi parar no Instituto de Pesquisas Tecnológicas aqui de São Paulo, na USP, e virou contador, e se aposentou contador e morreu de câncer aos 65 anos. Tudo bem, isso pode não ter nada a ver uma coisa com a outra, mas eu acredito piamente que tenha, porque é muito difícil quando a gente faz aquilo que não tá no rascunho de Deus, como costuma dizer. Minha mãe é secretária dele, caso típico. Caso típico, secretária dele no IPT, mas logo, por questões de doenças familiares, muitas doenças familiares em casa, ela virou dona de casa e tá até hoje.

Tá viva, tá com 76 anos, bem velhinha; tá com Parkinson agora, mas tá indo muito bem, graças a Deus. Quando eu fui fazer teste vocacional, foi quando, eu tinha uns 13 anos, 14 anos, sei lá, deu que eu ia ser padre. Meu pai, espírita convicto, formação evangélica, portanto anticatólico falou assim: “padre? Tá bom, brigado” Chegou em casa e falou assim: “filho, vamos conversar sobre isso: olha, tudo...

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P1- Então eu queria que você começasse falando o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento

R- É, eu me chamo Carlos Humberto Mendes Biaggiolli, com dois “g” e isso é importante deixar claro, porque existe toda uma história da minha família em cima desses dois “g”. Eu nasci no dia 25 de junho de 1964, na cidade de São Paulo; Eu nasci no coração de São Paulo, na Frei Caneca, na extinta, finada, maternidade de São Paulo, que tinha ali, bem no coração da cidade. Sou super paulistano.

P1- E qual que é essa história dos dois “g”s que você falou?

R- Nós somos os únicos na família toda, na árvore genealógica inteira, inclusive, também, todo mundo é com um g só, é Biagiolli, que vem de Biagliolli, que era bagos de alho, no norte da Itália, que é outra coisa que a nossa família faz questão de deixar bem frisado. Por conta do sul estar muito ligado à questão da máfia siciliana, que vem do sul da Itália e tudo mais, não é? Então a gente faz questão de dizer que a gente é do bem, a gente não é ligado a essa questão... E é por conta disso que a gente faz muita questão, sempre repete para todo mundo, em todas as ocasiões: “olha, gente, a gente é da facção com dois “gês”, que é... só existimos nós. Nós e os nossos filhos e netos que agora virão etc e tal, mas é isso....

P1 - E qual o nome dos seus pais?

R- Eu sou filho do Milton Biaggiolli, ele que foi o que o cartório errou, segundo o que nos contam né, os dois gês, a história dos dois gês e família de italianos e Cecília Luis Mendes Biaggiolli; que essa então, vem da facção portuguesa, pois meu avô chegou ao Brasil com 14 anos de idade num fundo de porão, junto com a geração dele com o intuito de ficar rico e voltar pra Portugal rico. Né, então eu tenho muita influência do ponto de vista lusitano, e muito inclusive do ponto de vista colonialista também. Eu nunca tive e a oportunidade de voltar à Portugal, minha mãe...

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