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Personagem: José Maria dos Anjos
Por: Museu da Pessoa, 16 de outubro de 2020

Um grande contador de histórias

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Um grande contador de histórias

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P/1 - Qual o nome do senhor?

R - José Maria dos Anjos.

P/1 - O senhor nasceu onde?

R - Rosário.

P/1 - Em que dia foi, seu Zé?

R - Quinze de setembro de 1953.

P/1 - Onde fica essa cidade, seu José?

R - Interior de Rosário, São Miguel.

P/1 - É longe daqui?

R - Uns sessenta e poucos quilômetros, mais ou menos isso.

P/1 - Quando o senhor nasceu, quem morava com o senhor nessa época?

R - Quando eu nasci, quem morava comigo eram meus pais e meus irmãos.

P/1 - Qual o nome da sua mãe?

R - Joana dos Anjos.

P/1 - E como era a família da sua mãe, de onde eram?

R - Tudo maranhense, de lá mesmo.

P/1 - E a família do seu pai era de onde?

R - Manoel Martins Carvalho, o nome dele. De lá também.

P/1 - Você sabe como o seu pai conheceu sua mãe? Eles contaram para o senhor?

R - Isso eu não sei, não. Foi em quebra de coco, nesse tempo quebrava muito babaçu. Viviam de quebra de coco, fazendo cofo, pra fazer panedo para panelar sal. Não existia sal moído, era sal grosso.

P/1 - Era isso que ele fazia?

R - Fazia os cofos e tinha o comprador dos cofos, para poder empanelar sal. [Era] panedo que chamava.

P/1 - E o senhor via ele fazendo isso?

R - Eu fazia e faço cofo até hoje. Ainda sei fazer. Era a profissão da gente. E trabalhando, arrancando mandioca na agricultura.

P/1 - E pra quem não sabe, o senhor pode contar como se faz esse sal?

R - O sal é feito da água salgada. Faz as camboas, aí naquelas paredes entra água salgada, nego fecha. Nesse período o sol tá arrebentando, aí a água passa um tempo ali, vai salitrando, fica a pedra de sal. Aí se mete a pá e vai só ajudando, pra ir no carro. Dá-se o nome de salina.

P/1 - Aí quebra?

R - Aí vai pro maquinário pra refinar o sal, embalar. Nessa época, tem muito sal grosso. É na beira da praia que faz a salina. Da água salgada que vem o sal.

P/1 - O seu pai pegava da beira da praia?

R - A gente comprava o sal, fazia os panedos...

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Memórias da Vila Canaã

Depoimento de José Maria dos Anjos

Entrevistado por Lucas Figueirêdo Torigoe

Paço do Lumiar, 16/10/2020

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV947

Transcrito e revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 - Qual o nome do senhor?

R - José Maria dos Anjos.

P/1 - O senhor nasceu onde?

R - Rosário.

P/1 - Em que dia foi, seu Zé?

R - Quinze de setembro de 1953.

P/1 - Onde fica essa cidade, seu José?

R - Interior de Rosário, São Miguel.

P/1 - É longe daqui?

R - Uns sessenta e poucos quilômetros, mais ou menos isso.

P/1 - Quando o senhor nasceu, quem morava com o senhor nessa época?

R - Quando eu nasci, quem morava comigo eram meus pais e meus irmãos.

P/1 - Qual o nome da sua mãe?

R - Joana dos Anjos.

P/1 - E como era a família da sua mãe, de onde eram?

R - Tudo maranhense, de lá mesmo.

P/1 - E a família do seu pai era de onde?

R - Manoel Martins Carvalho, o nome dele. De lá também.

P/1 - Você sabe como o seu pai conheceu sua mãe? Eles contaram para o senhor?

R - Isso eu não sei, não. Foi em quebra de coco, nesse tempo quebrava muito babaçu. Viviam de quebra de coco, fazendo cofo, pra fazer panedo para panelar sal. Não existia sal moído, era sal grosso.

P/1 - Era isso que ele fazia?

R - Fazia os cofos e tinha o comprador dos cofos, para poder empanelar sal. [Era] panedo que chamava.

P/1 - E o senhor via ele fazendo isso?

R - Eu fazia e faço cofo até hoje. Ainda sei fazer. Era a profissão da gente. E trabalhando, arrancando mandioca na agricultura.

P/1 - E pra quem não sabe, o senhor pode contar como se faz esse sal?

R - O sal é feito da água salgada. Faz as camboas, aí naquelas paredes entra água salgada, nego fecha. Nesse período o sol tá arrebentando, aí a água passa um tempo ali, vai salitrando, fica a pedra de sal. Aí se mete a pá e vai só ajudando, pra ir no carro. Dá-se o nome de salina.

P/1 - Aí quebra?

R - Aí vai pro maquinário pra refinar o sal,...

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