Numa linda e ampla casa de madeira, com portas e janelas grandes (modelo daquela época), localizada à Rua Padre Celso, nasceu Sr. João Prestes, para alegria de família, no dia vinte e seis de dezembro de mil novecentos e trinta e três. Naquela casa, vivia uma família unida e muito feliz. ...Continuar leitura
Numa linda e ampla casa de madeira, com portas e janelas grandes (modelo daquela época), localizada à Rua Padre Celso, nasceu Sr. João Prestes, para alegria de família, no dia vinte e seis de dezembro de mil novecentos e trinta e três. Naquela casa, vivia uma família unida e muito feliz.
Quando o Sr. João completou quatro anos de idade, sua mãe ficou muito doente e faleceu. Sua família ficou muito triste com a falta da mãe, que cuidava dos filhos, enquanto o pai trabalhava o dia todo na oficina de ferreiro. Agora, além de trabalhar na oficina, seria o responsável por criar e educar os sete filhos.
Os avós paternos do Sr. João moravam num sítio, eram agricultores, e não mediam esforços para ajudá-los, dando-lhes muito amor e carinho.
A rua onde moravam era muito tranquila, Sr. João podia brincar com seus irmãos e colegas da vizinhança. Não tinha brinquedos, ele e seus irmãos criavam carrinhos de carretel de linha, estilingue, pipas, cavalinho-de-pau; brincavam de esconde-esconde e subiam nas árvores. Sua infância era muito divertida.
Sr. João estudou no Grupo Escolar “Gonçalves Dias”, atualmente “Diretoria de Ensino de Apiaí", concluindo a quarta série aos quatorze ano de idade.
Depois de adulto, teve oportunidade de estudar novamente, terminando o segundo grau completo.
Recorda com saudades de algumas poesias daquele tempo como: “Meus oito anos” e “Canção do exílio”, recitadas pelas crianças em datas comemorativas.
Naquela época, conta o Sr. João, não havia lanche e nem refeições, como existem hoje nas escolas para os alunos. Cada criança levava o seu próprio lanche como podia, os que podiam mais, levavam pão com manteiga e os que não podiam levavam viradinho de feijão ou ovo e uma garrafinha de vidro de café (naquela época não existia garrafa de plástico) e compartilhavam com os que não levavam lanche.
O ambiente escolar era agradável, todos eram unidos e havia muito respeito para com os colegas, funcionários e professores.
Sr. João se lembra da sua primeira professora, Dona Silvia Moraes, que ainda reside na mesma cidade e guarda com carinho o seu primeiro livro e um caderno de geografia daquela época.
Na adolescência, Sr. João sempre procurava ficar com os amigos que eram sinceros e educados, lembra que tem um provérbio que diz: “Diga-me com quem andas e direi quem és”. Os divertimentos de que mais gostava eram a corrida de cavalos, nadar nos rios, jogar malhas, brincar com bodoque (atirar pelotes) e jogar palitos. Naquela época, os adolescentes não podiam ficar até tarde na rua, tinha horário marcado para retornar para casa, até as dez horas.
À noite, as famílias costumavam se reunir em volta de uma fogueira para cantar, contar histórias, fizer orações, comer pinhão e milho assado, canjica e tomar café adoçado com rapadura.
Apiaí naquela época oferecia mão-de-obra na agricultura, era difícil arrumar um emprego. O primeiro emprego do Sr. João foi como ajudante de pedreiro na firma Manuel Augusto, em mil novecentos e quarenta e oito, com quinze anos de idade, na construção do primeiro posto de gasolina de Apiaí, o “Posto Shell” que hoje está em funcionamento , no mesmo local com o nome “Auto Posto Caverna".
Demitiu-se da firma e foi trabalhar com seu pai no ofício de ferreiro, no qual ficou por muito tempo. Aprendeu a profissão de seu pai e se sente feliz. Em sua residência tem uma exposição de equipamentos e peças da antiga oficina, da qual cuida com muito carinho.
Mais tarde, ingressou no quadro de funcionários da Prefeitura de Apiaí como Fiscal de Obras.
Casou-se com dona Geni Corrêa Prestes no cartório civil e na igreja Presbiteriana de Apiaí. A festa de casamento foi muito animada com a presença de todos os amigos e familiares. No mês de maio de 2010 completaram 50 anos de casamento, ou seja, “Bodas de Ouro”.
Para maior felicidade do casal nasceram dois filhos, Joani e Janice.
Hoje, com setenta e sete anos de idade, é aposentado, uma pessoa saudável, dedica-se à leitura de vários gêneros literários como: Bíblia, jornais, revistas relacionadas a educação e saúde. Faz caminhadas todos os dias, bate-papo com os amigos, exercita a mente com caça-palavras, visitas os amigos e os recebe em casa.Recolher