P1 – Boa tarde.
R – Boa tarde.
P1 – Para gente começar, eu queria que você dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Emerson Fidelis Campos, 10 de setembro de 1949, em Bom Despacho, Estado de Minas Gerais.
P1 – Emerson, qual a sua atividade atual na Unimed?
R – Presidente da Federação das Unimeds do Estado de Minas Gerais.
P1 – Qual o nome dos seus pais?
R – Martinho Fidelis Campos e Maria de Oliveira Campos.
P1 – E a atividade profissional deles, qual era ou é?
R – Meu pai era dentista, odontólogo, e minha mãe era, é de casa mesmo.
P1 – Você tem irmãos?
R – Tenho 11.
P1 – Pode contar um pouquinho sobre a origem da sua família?
R – Minha família, tenho um avô que veio da Itália, do lado de mãe, e a avó brasileira, os pais de meu pai eram todos brasileiros mesmo.
P1 – E vieram da Itália para Minas Gerais?
R – Vieram da Itália para o Rio de Janeiro, do Rio de Janeiro ele foi para Minas Gerais.
P1 – E a sua infância, você pode contar um pouquinho como era a casa, a cidade onde você cresceu.
R – Eu nasci no Interior de Minas Gerais, a 160 quilômetros de Belo Horizonte, em uma casa muito grande com um quintal de mais ou menos dois quilômetros. A cidade era pequena e com muita mata, muita fruta, muito bicho, animal e tudo. Então, eu vivi nesse local até 15 anos de idade quando eu mudei para Divinópolis fazer o curso científico. Naquela época eu havia terminado o ginásio em Bom Despacho e fui fazer o científico em Divinópolis, que é uma cidade próxima em Minas. Terminando o científico eu fui para Belo Horizonte, onde fui estudar Medicina na UFMG.
P1 – Voltando um pouquinho à sua infância, você pode relatar qual eram as suas brincadeiras favoritas?
R – As brincadeiras favoritas eram jogar futebol, caçar, pescar, brincadeiras de cidade do Interior mesmo.
P1...
Continuar leituraP1 – Boa tarde.
R – Boa tarde.
P1 – Para gente começar, eu queria que você dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Emerson Fidelis Campos, 10 de setembro de 1949, em Bom Despacho, Estado de Minas Gerais.
P1 – Emerson, qual a sua atividade atual na Unimed?
R – Presidente da Federação das Unimeds do Estado de Minas Gerais.
P1 – Qual o nome dos seus pais?
R – Martinho Fidelis Campos e Maria de Oliveira Campos.
P1 – E a atividade profissional deles, qual era ou é?
R – Meu pai era dentista, odontólogo, e minha mãe era, é de casa mesmo.
P1 – Você tem irmãos?
R – Tenho 11.
P1 – Pode contar um pouquinho sobre a origem da sua família?
R – Minha família, tenho um avô que veio da Itália, do lado de mãe, e a avó brasileira, os pais de meu pai eram todos brasileiros mesmo.
P1 – E vieram da Itália para Minas Gerais?
R – Vieram da Itália para o Rio de Janeiro, do Rio de Janeiro ele foi para Minas Gerais.
P1 – E a sua infância, você pode contar um pouquinho como era a casa, a cidade onde você cresceu.
R – Eu nasci no Interior de Minas Gerais, a 160 quilômetros de Belo Horizonte, em uma casa muito grande com um quintal de mais ou menos dois quilômetros. A cidade era pequena e com muita mata, muita fruta, muito bicho, animal e tudo. Então, eu vivi nesse local até 15 anos de idade quando eu mudei para Divinópolis fazer o curso científico. Naquela época eu havia terminado o ginásio em Bom Despacho e fui fazer o científico em Divinópolis, que é uma cidade próxima em Minas. Terminando o científico eu fui para Belo Horizonte, onde fui estudar Medicina na UFMG.
P1 – Voltando um pouquinho à sua infância, você pode relatar qual eram as suas brincadeiras favoritas?
R – As brincadeiras favoritas eram jogar futebol, caçar, pescar, brincadeiras de cidade do Interior mesmo.
P1 – E alguma lembrança mais marcante dessa época?
R – São muitas lembranças muito boas, é um período muito tranqüilo, é um período de muita atividade, de muita felicidade, de muita alegria, os compromissos eram poucos e as atividades de lazer eram muitas. Então, especificamente, não, mas aqueles passeios, aquelas pescarias na beira do rio São Francisco, que a minha cidade está à beira de São Francisco, há 20 quilômetros da fazenda do meu avô, são lembranças muito boas.
P1 – E a sua adolescência, você passou também no Interior de Minas?
R – Sim, a partir com 15 anos eu mudei para Divinópolis, onde iniciei o curso científico e fiquei ali durante três anos, até terminar o científico, isso foi de 15 aos 18 anos de idade.
P1 – E do tempo de escola, tanto de infância quanto da adolescência, algum fato marcante, algum professor mais emblemático?
R – Tempo de escola sim, de grupo tem, mesmo de Ginásio, dona Zinha, por exemplo, dona Letícia, de grupo, foram professoras que muito marcaram. No Ginásio, o professor Elvino, o professor Calais, o professor Magela também foram professores que marcaram muito.
P1 – Mais alguma matéria que o senhor gostava mais?
R – Eu tive muita facilidade com algumas matérias, principalmente matemática, física, química eu sempre fui, tinha facilidade para estudar e ser aprovado nestas matérias, até hoje eu ainda gosto.
P1 – E como é que era o seu desempenho de maneira geral na escola?
R – Sempre foi um desempenho bom, nunca tive dificuldades em estudar e passar de ano e sempre foi bom.
P1 – E o senhor se lembra, se recorda de alguma comemoração que havia na escola?
R – Se havia comemoração na escola? Sempre havia comemorações em grupo, dia das mães, dia dos pais eram sempre comemorados e na escola de medicina mesmo não havia, assim, datas e comemorações específicas que eu me recorde.
P1 – Tá, então só para recapitular, com 15 anos de idade o senhor foi para Divinópolis, iniciou o ginásio.
R – Não, científico.
P1 – Perdão, o científico e mais tarde Faculdade de Medicina...
R – É na Faculdade de Medicina da UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] de Minas Gerais.
P1 – Isso, o senhor se recorda da sua formatura?
R – Recordo bem.
P1 – Foi quando?
R – Tenho aí alguma coisa que eu devo falar, eu também formei em fisioterapia na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais onde me formei primeiro, em dezembro de 1976, Medicina, dezembro de 1980.
P1 – E o senhor ainda tem contato com os seus colegas de faculdade?
R – Tenho contato com freqüência, tem reuniões de turma, reuniões menores que sempre acontecem quase que anualmente e a reunião da turma de cinco em cinco anos.
P1 – Como é que foi sua escolha para medicina, antes para fisioterapia, o que influenciou?
R – Olha, eu nem sabia direito o que era curso de fisioterapia, cheguei para experimentar vestibular, porque eu estava vindo do Interior. Eu tinha feito científico no Interior e achava que o vestibular de medicina era muito difícil e acabei passando. Aí, eu fiz o curso e quando estava terminando, resolvi fazer o vestibular de medicina, já estava terminando um e iniciando o outro.
P1 – E aí iniciou o curso de medicina. E em relação a trabalho, quando o senhor começou a trabalhar?
R – Eu comecei a trabalhar em dezembro de 1976, aí eu iniciei.
P1 – Já em medicina?
R – Não, em fisioterapia. Medicina em janeiro de 1980.
P1 – E o senhor se recorda do primeiro dia de trabalho?
R – Recordo, recordo muito o primeiro dia de trabalho, foi até no dia 31 para primeiro de janeiro, de 1980 para 1981 onde deu uma chuva em Belo Horizonte arrasadora e que foi uma quantidade de trabalho muito grande. A gente não parava, eu ainda não era experiente para aquilo, o plantão era meu e eu passei uma noite muito difícil.
P1 – Onde foi o plantão?
R – Hospital João XXIII, o Pronto Socorro João XXIII de Belo Horizonte.
P2 – E como se deu a sua escolha pela medicina, mas qual especialidade que o senhor [escolheu]?
R – Bom, eu escolhi medicina porque eu gostava, eu estava achando que era uma escola que ia me dar prazer, que eu gostava daquilo, a decisão foi por isso. A especialidade, exatamente, também durante o que eu trabalhei com fisioterapia em área de esporte e com isso então, eu tive gosto e resolvi fazer ortopedia, que eu fiz também no Hospital das Clínicas da UFMG em Belo Horizonte.
P1 – E a partir desse primeiro trabalho, qual outros lugares que o senhor trabalhou?
R – A partir daí eu passei a trabalhar em consultório, passei algum tempo no Hospital João XXIII e depois eu comecei a trabalhar no Hospital Semper. Logo que eu terminei residência, eu comecei no início de 1983 e trabalhei lá 22 anos e nos quais dez anos, além de médico, eu fui Presidente do hospital, durante dez anos eu fui o Diretor Presidente do Hospital.
P2 – Essa opção pela ortopedia teve muito a ver com a sua primeira faculdade de fisioterapia.
R – Sim, teve.
P2 – E dentro da ortopedia, existe uma área em que o senhor se fixou mais?
R – Eu sou cirurgião do quadril, eu opero muito articulação do quadril que é uma área que eu especifiquei, é a articulação que eu mais opero e trato.
P2 – E qual é a faixa de pessoas que mais procuram nesse sentido?
R – O quadril tem duas faixas etárias, as doenças do quadril são mais freqüentes na infância, até por volta de 15 e 16 anos e depois na faixa etária mais velha que é após os 60 anos de idade, que é artrose, fraturas.
P1 – E como é que foi o seu ingresso na Unimed durante essa trajetória profissional?
R – Eu fui convidado pelo presidente então na época para fazer parte do conselho de administração. Eu já era diretor de um hospital que tinha um convênio, que tinha um contrato com a Unimed e como nós tínhamos uma ligação próxima, ele me fez o convite e eu então fui ser o conselho, fui para o conselho de administração, no qual eu fiquei durante oito anos.
P1 – E na sua opinião, quais os momentos históricos mais marcantes que a empresa viveu ao longo da sua trajetória?
R – Olha, a Unimed de Belo Horizonte que é a que eu trabalhei mais tempo que foram oito anos, a própria eleição do nosso grupo foi um momento marcante, porque nunca havia tido uma eleição que tivesse disputa, foi pela primeira vez que houve duas chapas e o presidente, que naquele momento se encontrava lá, estava há 20 anos na direção da empresa. Então, aquela disputa, eu acho que revigorou, estimulou e motivou a Unimed. Eu penso que aquilo foi um momento fundamental, eu acho que foi uma virada, uma grande mudança e a partir daí nós fizemos uma grande transformação na Unimed Belo Horizonte, onde é que ela se profissionalizou e ela mudou totalmente a face e a maneira de ver o atendimento médico.
P1 – E em relação à implantação das cooperativas e projetos da Unimed, quais são as dificuldades que foram encontradas?
R – Uma grande dificuldade, a primeira dificuldade que você tem na cooperativa é o baixo pagamento de honorário médico, essa é uma grande dificuldade, depois disso apareceram várias dificuldades, eu posso te afirmar que é a tecnologia desenfreada, é o alto custo da medicina, são os grandes problemas com o judiciário, é a insatisfação do cliente, são as dificuldades que os hospitais vivem nos últimos anos, isso são os macro problemas e existem os problemas de mão-de-obra adequada para se trabalhar num plano de saúde, são essas as grandes dificuldades que eu vejo.
P1 – E em termos de benefícios e de facilidades, quais o senhor contaria?
R – O grande benefício é que o médico é dono da cooperativa, ele que decide os destinos da cooperativa. A eleição é livre, direta, ele vota como ele pensa que deve votar. Segundo, ele sendo dono, ele tem como zelar, ele precisa zelar pela empresa, ele precisa zelar pela cooperativa. A democracia é feita de uma maneira mais eficaz, o contato com o médico é revigorante, as discussões, os debates, isso que eu vejo como a grande diferença que existe em ser uma cooperativa.
P1 – E quais os principais desafios que o senhor enfrentou dentro da Unimed?
R - Bom, os principais desafios foram: primeiro a profissionalização, o sistema Unimed tem muito de política, é dirigido de uma maneira política e não se quer tomar medidas que precisa como se fosse uma empresa, essa foi uma grande dificuldade. A segunda dificuldade foi o sucateamento que a Unimed se encontrava naquele momento, não era informatizada, passava por dificuldades de pagamento muito grandes no valor do honorário médico, então, esse momento que nós vivíamos era muito difícil e entrou a nova lei do plano de saúde naquele momento, foi um momento muito conturbado, teve durante um ano 48 medidas provisórias, então nós tivemos muitas dificuldades naquele momento de implantação de um plano de saúde e das mudanças que a Unimed vivia naquela época.
P1 – E qual a estratégia, quais os caminhos que vocês optaram para essas [questões]?
R – O primeiro ano era dificuldade, a estratégia que eu pensei é ir embora, de tanta dificuldade que tinha, nossa senhora, o quê que eu tô fazendo em uma coisa tão complexa. Depois eu vi que essa possibilidade não existia, eu tinha sido eleito com mais de três mil votos, naquele momento todos os médicos tinham uma grande esperança, então eu parti para uma coisa que era profissionalizar, mudar e ter muito rigor da gestão da Unimed, falar não, não pode e beneficiar a maioria das pessoas e não a minoria, acabar com privilégio de grupos, acabar com privilégio de empresas e mesmo pessoas que estavam comandando a Unimed aonde que o honorário, o dinheiro, na maior parte, estava indo para esse tipo de pagamento.
P1 – E em relação às alegrias, quais o senhor gostaria de [compartilhar]?
R – Alegria, você vê aquilo se transformar, você vê aquilo crescer, eu falo que nos dois primeiros anos da Unimed se eu tivesse sido candidato eu teria ficado devendo voto, embora tenha ganhado com mais de mil de frente. Quando terminou o mandato, quatro anos depois, eu fui reeleito com 91% de votos. Então, aquela mudança que você sentia no dia-a-dia, aquele crescimento, aquela união dos médicos, as assembleias crescendo, o apoio que você começou a receber, essa foi a grande alegria.
P2 – Só para a gente se situar um pouquinho, então o primeiro cargo foi como conselheiro administrativo da Unimed?
R – Foi.
P2 – Isso foi em que ano?
R – 1990.
P2 – Em 90.
R – É.
P2 – De 90, porque hoje o senhor é presidente da Federação de Minas Gerais.
R – É, isso.
P2 – Nesse espaço de tempo o senhor ocupou outros cargos dentro da Unimed e, se ocupou, quais foram?
R – Eu comecei como conselheiro de administração, fiquei por quatro anos, disputei a eleição para a presidência da Unimed, fiquei por oito anos e novamente disputei o cargo e fiquei, tem um cargo de quatro anos, no qual tem um só, é até 2010. E nesse período entre 2001 e 2005 fui presidente de uma holding, que se chama Unimed Participações, que tem juntas a Unimed Administração e Serviços e uma corretora e eu exerci o cargo de presidente dessas três empresas.
P1 – E ao longo dessa trajetória, desde a ocupação do primeiro cargo como conselheiro até agora, o que o senhor considera como a sua principal realização na Unimed?
R – Olha, a principal realização na Unimed foi a mudança de cultura, a mudança do perfil da Unimed de Belo Horizonte, que chegou e que hoje é um exemplo de Unimed pela maneira como ela foi dirigida, da maneira como ela foi trabalhada, pelo processo que ela passou de pagamento de dívidas e acerto de dívidas que ela tinha e eu saí sem que ela tivesse uma dívida tributária e para fornecedores, com médico e nem com ninguém, ela era uma Unimed saneada, essa foi a grande realização.
P1 – Certo, e em relação aos colegas de trabalho, como eles são?
R – O que você chama de colega de trabalho? Colegas que foram diretores comigo ou médico?
P1 – Exato, ambos, na verdade.
R – Olha, como diretores, eu fui muito feliz com a diretoria que eu tive e eu gostaria de destacar o nome do Dr. Carlos Rubens Maciel que durante esses oito anos foi meu Diretor Médico Social e os outros também eu considero que foram muito bons colegas, mas o Dr. Carlos Rubens Maciel foi pela maneira muito firme que nós tivemos juntos e foi ele que começou e terminou junto comigo, os outros no primeiro mandato mudaram e no segundo também e ele continuou o período inteiro, então eu gostaria de destacar o nome dele.
P1 – Emerson, como é compatibilizar a carreira de médico com as atividades gerenciais na Unimed?
R – Olha, é muito difícil, mas eu nunca deixei de fazer isso, eu nunca deixei de operar, eu nunca deixei de atender meu consultório, eu nunca deixei de atender no hospital. É evidente que eu tive que diminuir, reduzir um pouco, até muito, mas eu nunca parei e agora mesmo que eu terminei a Unimed BH, que era uma coisa que me sobrecarregava, eu voltei a aumentar as minhas atividades como médico. Então, eu penso que é fundamental o médico não largar a carreira dele de médico, ele não se tornar um profissional, ou seja, de Diretor da Unimed passar a ser profissão. Diretor da Unimed é um cargo político, que tem prazo para iniciar e para terminar e eu não considero para mim, falo de mim mesmo, que eu devia me tornar um profissional disso e dependente financeiramente disso, eu não concordo com essa situação, se é que ela existe, mas eu falo em relação à mim mesmo, que eu não concordo.
P1 – E na sua carreira de medicina, quais seriam os fatos mais marcantes?
R – Olha, foram muitos marcos na medicina, esse trabalho do dia-a-dia, você conseguir recuperar muitas pessoas, você ter um trabalho árduo, você se dedicar àquilo, o reconhecimento profissional que eu considero que tive em todos os momentos da minha carreira, em momento nenhum eu não tive, fui cidadão honorário de Belo Horizonte, ganhei a medalha da Inconfidência, fui homenageado pela Assembleia Legislativa, todas essas atividades eu recebi pelo mérito profissional, então são momentos que eu considero gratificantes.
P1 – Algum fato pitoresco, alguma história interessante que o senhor queira relatar desses anos de medicina?
R – Não, tem muitos, mas eu não vou falar, porque às vezes até tem cliente envolvido.
P2 – E na Federação de Minas, qual é o número de singulares que compõem a Federação?
R – 62.
P2 – 62 singulares?
R – É.
P2 – E quais são as mais importantes, de maior tamanho?
R – As de maior tamanho são a Unimed Belo Horizonte, que é a maior, depois vem a Unimed de Juiz de Fora e Uberlândia, depois a Unimed de Uberaba, Governador Valadares, Divinópolis são as maiores.
P2 – E o número de usuários aproximados da Federação?
R – Dois milhões de clientes.
P2 – Dois milhões?
R – É, aí é das 62 Unimeds do Estado inteiro, só a Unimed de Belo Horizonte que eu presidi é 600 mil e poucos clientes.
P1 – Emerson, e quais seriam os principais projetos de responsabilidade social que existem na Federação de Minas Gerais?
R – Olha, os projetos de responsabilidade social são vários e estão nas Unimeds. A Federação faz um acompanhamento. Eu te dou um exemplo que é a responsabilidade social que a Unimed BH tem com o Palácio das Artes em Belo Horizonte, que foi a primeira empresa no país, naquele momento até o Ministro Francisco Weffort foi em Belo Horizonte para lançá-lo, foi quando a Unimed fez o plano da cultura com o Palácio das Artes e antecipou o imposto de renda dos médicos que é feito até hoje para que isso ocorresse, porque o médico, a pessoa física, quando ela vai doar para a área cultural, tem que antecipar com um ano de antecedência e a Unimed de Belo Horizonte fez essa antecipação toda e tem feito isso junto com o Palácio das Artes em Belo Horizonte, que é o principal órgão de cultura do Estado e que tem tido uma parceria muito grande. Agora, nas cidades todas em Minas Gerais tem algum tipo de atividade social e trabalho cultural e social em todos os setores.
P1 – E em relação às outras regiões da Unimed no Brasil, o senhor acredita que na de Minas Gerais existe alguma peculiaridade?
R – As regiões são diferentes, você não pode comparar o Nordeste com Minas, Minas com o Sul, então as características regionais, políticas, geográficas acabam refletindo em todas as atividades. Então na área de cooperativa, por exemplo, o Sul é mais desenvolvido, pensa mais nisso, já tem uma história, já tem uma tradição. Em Minas, eu considero que está num estágio intermediário e penso que no Nordeste não está tão desenvolvido quanto estaria no Sul principalmente, depois Minas, mesmo São Paulo.
P1 – Mas nada ligado à “jeitinho mineiro”?
R – Vou te contar uma coisa, pelo menos na minha administração “jeitinho mineiro” não tem, você entendeu? Eu penso que essa de “jeitinho mineiro” é muito complicado, não se deve administrar nada com “jeitinho mineiro” e ele cai muito em política, e nem em política, ele cai muito em politicagem e que política na essência é uma coisa que não se deve ter esse tipo de proposta.
P1 – A educação é vista como um dos princípios básicos do cooperativismo. Como é que o senhor avalia essa questão especificamente na sua região?
R – Olha, a gente tem uma proposta na Federação e que se chama a imunização universal. O que é a vacina universal, o que cura de todos os males, para nós é a educação. Um país não funciona, não dá seqüência na formação da sua gente de criança até adulto, do nascimento até a morte sem educação, sem uma educação muito bem feita e dada, que infelizmente no Brasil é muito precária. Em Minas também a educação não se destaca, ela tem ilhas de excelência, mas no conjunto, como um todo, se você for olhar, é deficiente, então é preciso que haja um trabalho e aí não estou falando só na área médica, eu estou falando em toda área educacional. É preciso ter uma remodelação, é preciso ter uma reestruturação, é preciso gastar mais com o professor que ganha pouco, com o aluno que não tem alimentação, não tem condição de ir à escola, com a dificuldade do acesso, estão criando muitas escola particulares, que é uma venda de um papel, de um diploma e falta conhecimento nesse diploma, ele não aprende e cria-se uma falsa esperança, uma falsa maneira que a pessoa vai conseguir sair do estado que ela está. Tudo bem que tenha isso temporariamente, ou que seja uma transição, mas que o governo comece a cobrar, um exemplo gritante são essas aberturas de escola de medicina sem nenhuma condição de ensinar e colocando a população em risco, porque os alunos não têm um aprendizado adequado por faltar laboratório, professores... Algumas escolas em Minas sequer são autorizadas pelo MEC, no entanto estão funcionando, estão proliferando demais, aumentando muito, estão criando um exército de desempregados em medicina que aceita qualquer tipo de trabalho.
P2 – E a partir das mudanças da Agência Nacional de Saúde, como foi afetada a Unimed a partir dessas mudanças específicas.
R – Olha, a Agência Nacional de Saúde veio para ficar e é uma coisa boa. Evidente que ela teve uma série de desencontros, uma série de desacertos, porque ela era uma agência que estava sendo fundada e o governo não tinha experiência como tinha na agência de petróleo, de água e tudo que já tinha um serviço público voltado para isso. Na área da saúde ainda não tinha. Então, por não ter as pessoas qualificadas, por estar iniciando uma agência de uma maneira muito precária, eu penso que houve muitos desencontros. Atualmente já houve uma melhora muito grande e eu considero que a Agência Nacional de Saúde deve ser melhorada, trabalhada e mantida. Eu não tenho nenhuma discussão que, embora tenha tido muito transtorno, muito desencontro, muitos erros, muita coisa que não deveria ter sido feita, ela acrescentou, ela organizou, ela está fazendo cobranças que são essenciais para que um plano de saúde funcione.
P2 – Qual é a diferença da Unimed pré e pós a agência?
R – É fundamental, porque quando você vem com uma agência que começa a fazer uma regulação, começa a fazer cobranças que a pessoa tem que ter, que tenham esses fundos de garantia de que a empresa não vai quebrar, esse é um fator fundamental nesse momento e ela vem e faz uma transformação muito grande com a exigência disso e começa a cobrar e exigir que o cliente tenha um mínimo de atendimento, que não se negue coisas que o cliente tenha direito, então são essas mudanças que foram e a mudança dentro disso aí foi muito grande.
P2 – E sobre a aliança Unimed, como que se deu essa passagem?
R – A aliança Unimed, o que é? A entidade Aliança? Porque tem duas Unimeds, houve uma divisão e formou-se um grupo que se chamava Aliança e outro grupo Unimed do Brasil. Foi uma perda, um desastre, um aumento de gasto, um aumento de duas estruturas paralelas de uma mesma coisa e que está tendo essa reunificação. A Aliança está retornando para Unimed do Brasil que eu considero um grande ganho.
P1 – E como é que o senhor vê a atuação da Unimed no Brasil?
R – O quê você chama de atuação, Unimed do Brasil ou as Unimeds como um todo?
P1 – A Unimed no Brasil, a Unimed como um todo.
R – Isso aí é igual ao Banco do Brasil, que tem uma agência em cada local, embora pequena, distante e longe. Ela tem levado a assistência médica ao país inteiro, ela tem feito uma coisa que chama capilaridade, que grande parte dos planos de saúde, principalmente de origem mercantilista, que tem interesse no lucro não faz, porque em determinados locais para eles não há interesse, até do ponto de vista econômico-financeiro. Eu penso que é um grande fator que ela fez é isso, é levar o plano de saúde e assistência médica para o Brasil inteiro.
P1 – E como é que o senhor acredita que a sociedade vê a Unimed no Brasil?
R – Olha, eu vejo que plano de saúde tem um grande problema. Tem uma imprensa que, no Brasil, critica muito plano de saúde, põe nas manchetes os fatos negativos e desconsidera os fatos positivos. Por exemplo, na Unimed de Belo Horizonte, a gente interna dez mil clientes/mês. Isso nunca apareceu na imprensa, nunca foi discutido, nunca foi falado. O primeiro problema, erro, qualquer desencontro é manchete no jornal. Isso tem sido assim também na televisão. Não estou combatendo a imprensa não, ela deve fazer o papel dela e deve mostrar o que está de errado, mas não mostrar o lado única e exclusivamente negativo do plano de saúde. Também a Unimed tem sido arranhada por isso, no entanto, eu considero que dentro do plano de saúde, até porque o médico é mais simpático à Unimed, a Unimed é menos arranhada, é menos agredida do que os outros de um modo geral.
P1 – E qual seria o diferencial da Unimed em relação aos outros planos de saúde?
R – A primeira coisa é exatamente esta, eu sou dono, eu mando, eu voto, eu coloco a diretoria e eu retiro a diretoria, então eu tenho comando, o médico, muitas vezes, não exerce, não se interessa, não participa, não discute, a não ser num momento em que o honorário está baixo, mas como um todo ele deixa as coisas passarem. Essa é uma falha, esse é um erro que não deveria acontecer.
P1 – E na sua opinião, qual a importância da Unimed para a história do cooperativismo brasileiro?
R – Olha, considerando as singulares e a Unimed como um todo, considero que ela deu uma grande contribuição, ela incentivou, ela aumentou, tornou-se muito visível o cooperativismo, principalmente o cooperativismo de trabalho, que no Brasil a tradição é sempre de cooperativa rural e alguma de crédito também, que tem um setor grande, mas essa cooperativa de trabalho, principalmente a Unimed com o tamanho que ela tem tornou essa visibilidade muito grande.
P1 – E pensando no futuro da Unimed, qual seria a sua visão sobre a Unimed Brasil para o futuro?
R – A Unimed do Brasil eu volto a falar que ela deve ser uma entidade irradiadora do conhecimento, ela deve ser uma entidade detentora da marca, fazer a cobrança do uso adequado, bem feito, não deixar que as coisas se percam, esse é para mim um grande papel da Unimed do Brasil.
P2 – E das Unimeds, das singulares, das confederações em particular, como o senhor vê daqui a alguns anos, projetando isso, quais as mudanças significativas que ela sofreria ou que elas precisariam sofrer?
R – Olha, a primeira coisa que as Unimeds devem sofrer é a profissionalização, ou seja, ter um corpo técnico muito profissional para que dê apoio e condição às diretorias das Unimeds para que tomem decisão, para que as coisas não sejam no empirismo, que as coisas não se levem de qualquer maneira, que não haja desastre financeiro-econômico para frente, que o médico não tenha que pagar conta, que ele não receba um honorário aviltado. Então, é preciso que isso seja feito com muita clareza, com muito empenho por todas as Unimeds, é preciso discutir o papel das Unimeds médias, pequenas e grandes e colocar e dar apoio nas Unimeds pequenas que estejam passando por um momento muito difícil, por falta de clientes, por ter um número pequeno de clientes. Então essa parte tem que ser muito vista, tem que ser muito olhada.
P2 – E quais seriam as medidas para ajudar o desempenho dessas menores Unimeds.
R – Olha, a primeira coisa que se tem que pensar é para ver quais que são viáveis e se tem algumas que não são viáveis, quais, como é que ela devia funcionar, se ela deveria se tornar uma prestadora ou deveria se manter uma operadora de plano de saúde. Se ela é prestadora, ela presta serviço para uma outra Unimed próxima, se ela deve ser mantida como operadora, ela vende o plano de saúde, então essa é uma primeira definição. A segunda é ver a parte tributária da cooperativa, do sistema unimed, discutir com a sociedade, discutir com o governo, como é que deve ser essa parte tributária, porque hoje é uma desorganização total. Você não tem noção do que é que você tem ou não tem que pagar, porque o próprio fisco, que não sabe o que está cobrando, porque em determinado local é de uma maneira, de outro é outra e o judiciário, quando você recorre quando tem uma desavença em relação a isso ele também não se manifesta adequadamente, porque tem os ganhos de causa, então está uma desorganização geral. Então, essas coisas precisam ser esclarecidas, mostradas e definidas.
P2 – E os aprendizados que você tirou nesses seus mais de 20 anos de Unimed?
R – Não, se for contar desde que eu iniciei até agora são 16 anos.
P2 – Mesmo como cooperado?
R – Ah, não, como cooperado são, aí, sim.
P2 – Pensando desde que o senhor passou a atuar como cooperado até hoje como sendo Presidente da Federação de Minas Gerais, quais os maiores aprendizados que o senhor tirou?
R – A primeira coisa que eu vejo é o seguinte: houve uma transformação muito grande nesse período da medicina, ela mudou totalmente, o cliente mudou, a maneira de atender mudou, o hospital mudou, então, o que nós vimos acontecer? Aquele paciente particular não existe mais. O SUS [Sistema Único de Saúde], houve uma perda total do ganho que você tenha com ele e o plano de saúde passou a ser a maneira de você ganhar, que foi a maneira mais viável, uma vez que você não tinha onde trabalhar, porque a medicina começou a desenvolver tanto e ela se tornou cheia de técnicas e tecnicismo e tecnologia e que ficou caro demais e que muda quase que ano a ano, novos aparelhos, novas máquinas e isso trouxe uma mudança muito grande. Desorientou tanto a parte médica quanto ao cliente e também até o próprio governo e no Brasil existe uma discrepância muito grande, você tem gente que está lá na agricultura até as mais desenvolvidas empresas e indústrias na área da informática. Então você criou castas, você criou classes sociais inteiramente diferentes, essas mudanças todas a Unimed é ainda a que proporciona que essas classes possam ser atendidas de uma maneira um pouco mais humana.
P2 – E com relação a essa questão de informatização que é uma parte importante também das cooperativas hoje em dia, em que pé ela tá dentro da Unimed, no caso, da Federação que o senhor faz parte?
R – A mesma coisa em relação quase que com todas as Unimeds, isso vai depender do tamanho, da escala que ela tem para estar bem ou mal. Existe todo tipo de informática nas Unimeds, péssimas, boas e ótimas, é ainda um período em transformação. Eu considero fundamental da Unimed do Brasil uma normatização do sistema de informática no Brasil inteiro, porque hoje você não consegue ter uma interface, ter um diálogo com todos os sistemas, são vários sistemas no Brasil. Essa é uma grande mudança, essa é uma grande transformação. Isso é básico, não há hoje como você trabalhar com medicina, fazer uma medicina bem feita e administrar um plano de saúde sem que você não tenha uma informatização, que você tenha dados, que você tenha números e isso se transforme em informação que vire conhecimento, que você tenha conhecimento para saber quais são as doenças, a prevalência, o custo, o resultado do tratamento de cada cliente, o número de clientes que foram tratados que deram resultado, você tem um acompanhamento de toda a fase da doença, da saúde, para você programar, porque hoje a grande discussão é essa, você tem é que prevenir a doença. É difícil, porque não se paga, quem tem saúde não se gasta com medicina e hoje o médico e o hospital, os prestadores de serviço, ele ganha não é com a saúde, ele ganha com a doença, é preciso que haja uma mudança nesse perfil, a mudança dessa maneira de ver, maneira de pagar. É um problema, porque você tem que tirar uma coisa nova, isso é chamado revolução, você tira o velho e coloca o novo totalmente diferente, é um processo complicado.
P2 – Mas o senhor acha possível?
R – Não é só possível, é a única saída, primeiro porque quem vai questionar que se eu estou protegendo a saúde de alguém tentando evitar a doença, evitar chegar no câncer, no infarto, no transplante, você faça que ele viva melhor, mais tempo com mais saúde, isso é, aonde que está a ética, nós não falamos tanto disso? A gente não discute? Porque acabar com doença que não vai ter, isso não vai ser, não estou dizendo isso, estou dizendo que você vai prevenir, adiar, a pessoa tem mais tempo de vida saudável, é isso que eu estou dizendo.P2 – Mas isso também transformaria a forma como as pessoas se relacionariam com os seus próprios planos de saúde?R – Não só com plano de saúde, mas com a sociedade como um todo, a maneira como um todo, com o plano de saúde, com hospital, por que plano de saúde deveria ser o que? Plano de saúde é um investimento, a pessoa devia ter no dia que nasce, porque se ele vai viver uma vida inteira, ele vai gastar o que ele pagou, agora se ele entra com 70 anos de idade, esses primeiros 70 anos como é que fica? Quem vai pagar por esse período, porque ele já chega doente, então ele deve preparar para que quando ele adoecer, ele tenha assistência. Então o plano de saúde não deve chamar plano de saúde, deve chamar processo de saúde que começa no nascimento, no pré-natal e termina no dia em que ele é enterrado, no dia que ele está morto. Aí, nesse período como um todo, você vai ter momentos em que você paga e outros momentos em que você gasta. Isso resolveria os grandes questionamentos, as grandes divergências, porque a grande divergência é a pessoa querer ter uma assistência que ele não pagou por ela e aí vem que o plano de saúde não quer dar aquela assistência, porque considera que não é devido. Não estou dizendo que nisso aí também não tenha muita coisa de que, de enrolação, de gente que não quer pagar mesmo que tenha, a pessoa tenha direito, tem isso também, mas existe muita gente que entra no plano de saúde já doente e quem é que vai pagar isso? São os outros clientes que estão no plano de saúde, porque o dinheiro do plano de saúde vem única e exclusivamente do contribuinte, do cliente que paga, então não há...P2 – A gente pode encarar como se fosse uma previsão, vamos dizer assim que o senhor fez com relação ao futuro da medicina digamos, que essa transformação de a doença deixar de ser a fonte da medicina para ser a saúde. E como isso afetaria a Unimed nesse sentido?R – A Unimed em si não teria problema, porque ela paga pelo que sobra do dinheiro, o que sobra do dinheiro do que ela gastou, pagou e tudo e o que sobra ela divide com os médicos que são donos. Na medida que isso acontecer, isso ocorrer, vai haver o quê? Vai haver mais sobra, então as pessoas vão ter, ao invés dela ganhar com a doença ela ganha com a saúde. Lá em Belo Horizonte há uns tempos atrás, nós fizemos uma conta lá que se durante um mês ninguém adoecesse, ninguém tivesse problema nenhum, todo mundo tivesse nenhum gasto com assistência médica, cada médico receberia dez mil reais, então é...P2 – Então é bem a doença também que dá lucro nesse sentido.R – Não é, porque se você for ver tem médico que ganha dois mil, três mil, cinco mil, aí, tem uns que ganham com a doença mesmo, as doenças graves, coração, neurológica, ortopédica, ganha 30 mil, 40 mil, então você tem uma diferença no ganho, na especialidade também, porque a medicina atual, ela dividiu ao invés dela unificar, só que não tem gente dividida, tem gente junta, esse é o problema, o cliente não é visto como um todo, ele é visto separadamente, então, o especialista ali não olha, olha o coração, olha o olho, olha o rim, não sei o que, mas não vê o todo, isso aumenta muito o gasto, isso dispersa muito.P1 – Emerson, qual o estado civil do senhor?R – Casado.P1 – O nome da sua esposa qual é?R – Glória Helena Resende Braga.P1 – E como é que vocês se conheceram?R – Foi minha colega de escola.P1 – Ela é médica também?R – Sim.P1 – E o senhor tem filhos?R – Tenho.P1 – Quantos?R – Dois.P1 – Pode falar o nome deles?R – Pode, Igor e Sofia.P1 – Igor e Sofia. E o que o senhor mais gosta de fazer na sua hora de lazer?R – Meu lazer preferido é leitura, é o que eu mais gosto de fazer.P1 – O que o senhor gosta de ler?R – Qualquer coisa, leio muito filosofia, arte, literatura, medicina, tenho uma biblioteca muito grande.P1 – Para gente encerrar, mais duas questões, ok? O que o senhor acha da Unimed comemorar seus 40 anos de vida por meio de um projeto de memória?R – Olha, a memória é fundamental em qualquer coisa, os erros e os acertos devem ser conhecidos. Eu vejo que é uma boa coisa.P1 – E o que o senhor achou de ter participado desta entrevistaR – Gostei, contei a história, às vezes a gente vai passando o tempo, a gente não observa e de repente começa a se perguntar, ah, você vê muitas coisas, eu nem sabia do que se tratava, não me preparei para nada, vim inteiramente aberto para o que fosse e penso que foi bom.P1 – Ok, então em nome da Unimed e do Museu da Pessoa a gente agradece a sua entrevista.R – Tá bom, eu também agradeço.
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