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Por: Museu da Pessoa, 6 de janeiro de 2005

Tesouros da comunidade

Esta história contém:

P/1 – Então, vamos começar a entrevista? Eu vou pedir para você falar de novo o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Primeiro o nome é? Meu nome é Elisabete Freitas dos Santos, eu nasci no dia sete de julho de 1962.

P/1 – E em que lugar você nasceu, Elisabete?

R – Eu nasci no Iratapuru, em um lugar chamado Abacate.

P/1 – Abacate?

R – Minha mãe falou, né? Que abacate é o nome da colocação lá de Castanhal. Eu nasci lá com uma parteira.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Armando Leite dos Santos, o nome do meu pai. A minha mãe é Davinia Arcolana de Freitas.

P/1 – E o que é que eles faziam? O que é que você lembra assim, qual era a atividade profissional do seu pai?

R – Olha, quando eu me entendi o papai trabalhava com seringa, cortando seringa. Às vezes balata, mas o trabalho dele mesmo era seringa e castanha. De inverno era castanha e de verão era seringa. E aí quando acabava a produção da castanha, aí entrava produção da seringa.

P/1 – O que é que você falou? Balata?

R – É. A balata é um madeira igual à maçaranduba. Ela tira o leite também só que é cozinhado em uma banda de tambor. Esses tambores de colocar gasolina.

P/1 – Vira que nem aquelas bolas?

R – É. Fazia aquelas bolas. E a seringa defumava na fornada que chama, né? Fazia bola também, só que era diferente. Na fornada no chão e é só com a fumaça. Fazia aquelas bolas grandes de sessenta, oitenta quilos, cem quilos os bolão que a gente chamava de borracha. E era assim.

P/1 – E ele mandava esses bolão para onde?

R – Quem comprava era aqui na cachoeira. _______________ ____________, né? Mas o patrão dele, na época, era o Orlando Barreto. E aí comprava aqui na cachoeira. Na Vila Santo Antônio. É Cachoeira do Santo Antônio o nome da comunidade lá. Aí ele vendia lá tanto a castanha quanto a...

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Dados de acervo

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Projeto Memória das Comunidades Natura

Depoimento de Elisabete Freitas dos Santos

Comunidade de Vila de São Francisco Iratapuru (Amapá), 6 de janeiro de 2005

Realização: Museu da Pessoa

Código: NAT_HV029

Transcrito por Thais Ramos Cechini

Revisado por Joice Yumi Matsunaga

P/1 – Então, vamos começar a entrevista? Eu vou pedir para você falar de novo o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – Primeiro o nome é? Meu nome é Elisabete Freitas dos Santos, eu nasci no dia sete de julho de 1962.

P/1 – E em que lugar você nasceu, Elisabete?

R – Eu nasci no Iratapuru, em um lugar chamado Abacate.

P/1 – Abacate?

R – Minha mãe falou, né? Que abacate é o nome da colocação lá de Castanhal. Eu nasci lá com uma parteira.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Armando Leite dos Santos, o nome do meu pai. A minha mãe é Davinia Arcolana de Freitas.

P/1 – E o que é que eles faziam? O que é que você lembra assim, qual era a atividade profissional do seu pai?

R – Olha, quando eu me entendi o papai trabalhava com seringa, cortando seringa. Às vezes balata, mas o trabalho dele mesmo era seringa e castanha. De inverno era castanha e de verão era seringa. E aí quando acabava a produção da castanha, aí entrava produção da seringa.

P/1 – O que é que você falou? Balata?

R – É. A balata é um madeira igual à maçaranduba. Ela tira o leite também só que é cozinhado em uma banda de tambor. Esses tambores de colocar gasolina.

P/1 – Vira que nem aquelas bolas?

R – É. Fazia aquelas bolas. E a seringa defumava na fornada que chama, né? Fazia bola também, só que era diferente. Na fornada no chão e é só com a fumaça. Fazia aquelas bolas grandes de sessenta, oitenta quilos, cem quilos os bolão que a gente chamava de borracha. E era assim.

P/1 – E ele mandava esses bolão para onde?

R – Quem comprava era aqui na cachoeira. _______________ ____________, né? Mas o patrão dele, na época, era o...

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