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Terezão

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Terezão

No nosso bairro, os colegas apresentavam diversas tendências nos seus lazeres. A maioria gostava de futebol, outros de dançar, outros de cinema, de beber, de estudar. Tinha até gente que gostava de trabalhar, ou melhor, de ir ao emprego como era o caso do colega Terezão. Genival era o seu nome de batismo, mas não sei por qual motivo o chamavam de Terezão. Era uma pessoa de pouco estudo, mas muito sociável. Não relaxava um paletó. Quando estávamos esperando o ônibus para assistirmos um filme no cine Metrópole, eis que surge a figura de Terezão todo empacotado com gravata e tudo nos fazendo inveja, dizendo que ia para o cine Rex ou Plaza. Essas casas cinematográficas eram freqüentadas pelas classes mais abastadas. No Metrópole, uma entrada custava Cr$0,50 enquanto no cine Rex ou Plaza era na ordem de Cr$2,00. Assim vivia o nosso colega. Conseguiu um emprego no DER (Departamento de estrada e Rodagem) de servente. Chegava cedo, sentava no bureau da portaria e começava a olhar as figuras dos jornais. Os funcionários que adentravam ao expediente Lhes dirigiam um bom dia todo especial. Bom dia Dr. Genival – Bom dia companheiro. Um bom trabalho. Nunca pegou numa vassoura e tão pouco fez faxina.

O tempo foi passando e Terezão começou a freqüentar o meio intelectual. Passou um bom tempo fora do nosso Estado. Lá no sul do país conseguiu penetrar no meio das comunicações. Voltou a nossa terra, com experiência em propaganda. Trabalhou para diversos políticos, enveredou pelo setor de marketing e conseguiu dominar o meio empresarial da nossa cidade. Vez por outra ao encontrá-lo, perguntava: Está desaparecido Não, fui para Espanha, Portugal e França. Como vai a turma? Ele perguntava. Qualquer coisa estou com um escritório na Avenida Epitácio Pessoa, pertinho do Cabo Branco. O certo é que Genival se tornou uma pessoa muito importante, porém sempre cordial, e prestativo, mas não perdia aquele jeitinho de boa vida. Abro o jornal e na primeira...

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