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Por: Museu da Pessoa, 25 de setembro de 2020

Tailândia-Belém

Esta história contém:

Tailândia-Belém

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Depois que meu pai morreu, uns amigos da nossa família me disseram que eu iria me dar bem nas Forças Armadas, que eu tinha todo um jeitão.

E foi, eu fiz a prova e passei, mas eu morava em Tailândia e precisava mudar pra Belém.

A travessia foi a melhor possível.

Essa minha viagem pra Belém, eu vou te contar aqui.

Coincidentemente, é uma coisa que até hoje me prende até hoje.

Me lembro que, na época, a Rodovia PA-150 tinha sido construída pra ter o acesso a Tucuruí, na época que estava fazendo a barragem.

Então, era uma estrada que não tinha asfalto.

Era tudo de barro.

Nós saímos de Tailândia onze horas da noite, pra chegar em Belém seis da manhã.

Então, era uma grande aventura.

E me lembro que, no dia que eu arrumei as coisas, que eu tinha que me apresentar no outro dia lá no quartel, minha mãe produziu tudo, botou as minhas coisas na mochila, pediu proteção a Deus e falou: “Vai, filho”.

E eu saí, peguei o ônibus da empresa Rodomar.

Comprei a passagem, onze horas, entrei.

Me lembro que o ônibus estava lotado.

E eu olhei lá no final, tinha uma cadeira vazia e eu fui me deslocando lá, pro final do ônibus.

Quando eu cheguei, tinha uma moça sentada nessa cadeira, na janela.

Eu falei: “Tem alguém?”.

Ela disse: “Não, não”.

Porque eu comprei a passagem pra vir em pé.

Pra você ver, né, que vinha desde Tucuruí o ônibus.

Tucuruí, Goianésia, Breu Branco e vinha trazendo gente.

Aí sentei do lado dela e passamos a ir.

.

.

a viagem era muito longa, a vir conversando.

E me lembro que, quando a gente estava próximo da cidade de Moju, que lá tinha uma balsa e o ônibus parava, tinha que aguardar a balsa vir do lado de lá, trazer os carros, pra retornar.

E a gente começou a falar de família, dessas coisas.

Foi... Continuar leitura

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Entrevista de Wagner Rolins da Silva AlvesEntrevistado por Lucas TorigoeBarcarena, 25 de setembro de 2020Projeto Memória de BarcarenaEntrevista número HYD_HV013Transcrita por Selma Paiva P1: Wagner, qual que é o seu nome completo, onde o senhor nasceu, que dia que foi?R1: Eu me chamo Wagner Rolins da Silva Alves. Eu nasci na cidade de Caxias, estado do Maranhão, no dia 22 de fevereiro de 1970. P1: Legal. E qual que é o nome da tua mãe?R1: Maria do Socorro da Silva Alves.P1: Ela nasceu onde?R1: Também na cidade de Caxias, estado do Maranhão. P1: E os seus avós de parte de mãe? Qual que é o nome deles?R1: O meu avô por parte de mãe chama-se Daniel Alves de Lima e Maria Raimunda Alves de Lima.P1: O Daniel e a Maria Raimunda, seus avós, o senhor os conheceu?R1: Conheci, ambos.P1: Eles fazem o quê? O que eles faziam, na época?R2: Agricultores, né? Em Caxias, estado do Maranhão. Meu avô já é falecido há mais de trinta anos, mas a minha avó ainda é viva, hoje reside em Teresina, capital do Piauí.P1: Eles plantavam o quê? Como é que era?R1: Agricultores lá na região. Plantavam abóbora, arroz, mandioca. Era esse o tipo de cultivo lá, que eles plantavam.P1: E eles, como é que eram? A sua vó, como é que o jeito deles?R1: Você fala o tipo? O biotipo?P1: É, não, o humor mesmo, assim. Como é que eles eram pra você?R1: Ah, ok. Sempre foram pessoas bastante alegres. Ah, o povo nordestino, de um modo geral, é um povo muito alegre e acolhedor, né? Então, eu... apesar de ter convivido muito pouco tempo com eles, eu ainda era criança, mas eu me lembro de algumas passagens, principalmente do meu avô. Muito brincalhão, sempre sorridente. Dificilmente você o observava de cara feia. Já a vó, não. Ela... ((risos)) de vez em quando, ela era mais turrona do que ele. Mas, enfim, os dois se completavam, né? E, enquanto conviveram juntos, serviram de exemplo pra família.P1: Ela brigava mais com você?R1: Não, comigo, não. Como eu disse, a... Continuar leitura

Título: Tailândia-Belém

Data: 25 de setembro de 2020

Local de produção: Brasil / Barcarena

Autor: Museu da Pessoa

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