Quando você nasce, seus pais planejam uma vida perfeita para você, sem problemas e medos. Mas a verdade é que a vida sempre vai dar um jeito de torná-lo forte através dos obstáculos que terá de enfrentar. Meu nome é Caroline Silva da Costa, nasci em um dia tempestuoso de novembro de 2001, e ...Continuar leitura
Quando você nasce, seus pais planejam uma vida perfeita para você, sem problemas e medos. Mas a verdade é que a vida sempre vai dar um jeito de torná-lo forte através dos obstáculos que terá de enfrentar. Meu nome é Caroline Silva da Costa, nasci em um dia tempestuoso de novembro de 2001, e poucos meses após nascer já enfrentava sérios problemas de asma. Eu vivia constantemente indo a hospitais. Saindo de Cachoeirinha, cidade onde nasci, e vivo atualmente, até Porto Alegre para conseguir tratamento de qualidade.
Entre idas e vindas na minha infância, frequentei a creche. Quando você é criança, vive sem muitos obstáculos e decepções, até que chega um momento em que você tem que tomar uma decisão, e percebe que seus pais não estão lá para fazer isso por você. Uma de minhas primeiras lembranças de infância é de minha turma da creche, eu me dava bem com a maioria das crianças, mas havia uma menina em especial que era a "Valentona" da sala, ninguém gostava dela porque vivia batendo em todos. Por muito tempo enfrentei-a, e defendi meus colegas. Os problemas acabaram quando os professores decidiram troca-la de sala.
Fui ficando mais velha, entrei na escola estadual de Cachoeirinha, Mascarenhas de Moraes, no turno da tarde, e uns anos depois fui para manhã. Os anos que passei de manhã foram os melhores, pois eu podia contar com um ambiente mais maduro, com professores preparados, matérias completas, eventos no intervalo para os alunos e, até mesmo, boa merenda. Lembro-me das funcionárias da limpeza, algumas muito gentis por sinal.
No segundo ano do ensino médio, em 2018, surgiu uma oportunidade de emprego pela manhã, então comecei a estudar à noite. Hoje, no último ano, percebo o quanto esta mudança se fez necessária na minha vida, porém algumas me prejudicaram. Nesses dois anos que estudo à noite, percebi a diferença da escola em relação aos turnos. Há muito mais inclusão e preparação no turno da manhã. No turno da noite as matérias são menos completas e mais práticas, para ajudar a nós jovens que somos ocupados e muitas vezes não temos tempo para estudo de dia. No Ensino Médio, particularmente agora que estou no último ano, vejo que as pressões e cobranças vindas de mim mesma, me sufocam. A maioria dos jovens passa por isso, pois os pais esperam que com 18 anos nós já saibamos qual faculdade fazer
e qual carreira seguir. Nos preocupamos tanto com o futuro, e para não decepcionar a quem amamos, muitas vezes damos tudo de nós, e não achamos o suficiente.
Em novembro fiz 18 anos, estou no último ano da escola, e já estamos quase no final do ano de 2019. Logo ali na frente, as coisas vão mudar, pois vou estar saindo da escola e começando uma nova fase. Nós sempre esperamos que o futuro traga coisas boas para nós, e vemos as mudanças como uma chance de recomeço. Eu apenas espero ser uma pessoa que sempre busca ser melhor para fazer o melhor todos os dias.Recolher