Rua Iguatemi – Itaim Bibi (Casa Bandeirista) 21/12/2009 - 12:42:01 | HELCIAS PADUA
Importante rua no bairro do Itaim Bibi que sofreu encurtamento quando da formação da Avenida Brig. Faria Lima. Anteriormente chegava ao bairro de Pinheiros.
Atualmente vai do término da Rua Joaquim Floria...Continuar leitura
Rua Iguatemi – Itaim Bibi (Casa Bandeirista)
21/12/2009 - 12:42:01 | HELCIAS PADUA
Importante rua no bairro do Itaim Bibi que sofreu encurtamento quando da formação da Avenida Brig. Faria Lima. Anteriormente chegava ao bairro de Pinheiros.
Atualmente vai do término da Rua Joaquim Floriano até atravessar a Rua Jerônimo da Veiga, formando a Praça Luis Carlos Paraná ao se encontrar com a (nova) Av. Brig. Faria Lima.
A palavra IGUATEMI tem origem tupi, significando "buraco ou local de água muito verde"; do tupi ’guá’timbi, de yguá, "lagoa", "enseada" + temi, "esverdeada", "lago ou lagoa verde); também significa “rio ondulante” e, é nome de município e de um rio no estado de Mato Grosso do Sul/Br.
Sua denominação lembra a existência de uma antiga lagoa (entre outras) com água bem esverdeada formada pelo extravasamento do então córrego Iguatemi, cujo leito original se encontra canalizado, constituindo parte das avenidas Nove de Julho e Cidade Jardim. O córrego vinha da região do Morro do Caagaçu, atual Avenida Paulista e que no Itaim Bibi era o ultimo afluente do córrego do Sapateiro, este que desembocava no Rio Pinheiros.
Na primeira quadra dessa rua entre a Rua Joaquim Floriano e Rua Aspásia, esta sendo restaurada (desde 2008 e 2009) a CASA BANDEIRISTA do Itaim, no terreno que serviu ao aldeamento de índios da tribo do cacique Caiuby, irmão do cacique Tibiriçá, quando da formação do Sitio dos Pinheiros (1560), pelos padres jesuítas.
O local (vasto terreno) bastante estratégico e um pouco mais elevado, por se encontrar na margem direita do então rio Jurubatuba (Gerivativa), - chamado pelos jesuítas de Rio dos Pinheiros -, e passagem das trilhas e caminhos, por exemplo: - o “caminho para o Sitio de Sto. Amaro", atual Avenida Sto Amaro; - de uma outra trilha "trilha dos Aliados", atual Rua Leopoldo Couto de Magalhães Junior, (ex Rua do Porto), paralela ao córrego ou ribeirão das Pedras, o atualmente canalizado córrego do Sapateiro, (Av. Pres. Juscelino Kubitschek); - de um outro caminho ou trilha, continuação do “caminho do Luis Antonio (atual Avenida Brigadeiro Luis Antonio), que terminava na porteira do Sitio ou Chácara do Itai, (Pça Dom Gastão Liberal Pinto)”.
Existiu uma outra trilha vinda desde o Sitio de Sto. Amaro, passando pelo Sitio Itai, o dos Pinheiros e chegando ao Sitio do Emboaçava, (Lapa), usada pelos aventureiros, exploradores e tropeiros, no decorrer dos séculos XVI ate XIX, e pelos boiadeiros que atravessavam os ribeirões ou córregos afluentes do Rio Pinheiros, como o da Traição (Avenida Bandeirantes), o Uberabinha-Fiandeiras (Avenida Helio Pelegrino), o do Sapateiro (Avenida Pres. Juscelino Kubitschek), o Iguatemi (Avenida Nove de Julho/Cidade Jardim) e o córrego Verde, (Jardins - entre o Clube Pinheiros e o Shopping Iguatemi) também com seu leito totalmente canalizado.
Esse caminho dos tropeiros, - posteriormente a estrada das boiadas -, no Itaim Bibi forma a atual Rua Clodomiro Amazonas (ex Rua da Ponte), atravessando a Rua Joaquim Floriano. Passava em frente a uma gleba que iniciava na atual Avenida Horacio Lafer a qual serviu desde aldeia indígena, posto de observação e defesa (séc. XVI), parada de aventureiros, descanso dos bandeirantes, para plantação, estocagem e local de escoamento do chá, produto agrícola de grande valor, (no séc. XIX), tendo certa importante pela sua proximidade do Rio Pinheiros.
Também passava pela entrada da sede da Casa Grande da família Couto de Magalhães, (nos sécs. XIX-XX), posteriormente o portão do abrigo temporário de freiras e dos novos moradores da região, com a edificação transformada em sanatório para doentes mentais - o Sanatório Bela Vista -, local este que se denominou chamar de Casa Bandeirista do Itaim, atualmente no primeiro quarteirão da Rua Iguatemi.
A atual Rua Clodomiro Amazonas prosseguia se juntando em uma curva com o caminho para Pinheiros, (Rua Iguatemi), não existindo a nominação da parte atual de Rua Tabapuã.
No dia 22 de maio de 1929, a Câmara Municipal aprova um projeto que deu origem à Lei 3.488 de 23/05/1930, (*) autorizando o prefeito de São Paulo a oficializar várias ruas e travessas abertas no bairro do Itaim, antiga “Chácara Itaim”, propriedade do Dr. Leopoldo Couto de Magalhães, dentre elas a Rua Iguatemi e o trecho da Rua Tabapuã.
(*) Naquela época a Rua Tabapuã começava no inicio da “Rua da Ponte” (atual Clodomiro Amazonas) e terminava na Rua Iguatemi. Novamente oficializada em 1947 (dec. 1001) a Rua Tabapuã estende a sua denominação`a outros trechos assim discriminados: “1º trecho entre o Rio Pinheiros e a Rua Iguatemi; 2º trecho entre a Rua da Ponte até a divisa com a Vila Primavera (esta divisa é a atual Avenida São Gabriel)”.Recolher