IDENTIFICAÇÃO
Nome, data e local de nascimento
Rosimeri dos Santos Giagio, e 25/02/1969, Rio de Janeiro.
TRABALHO
Ingresso na empresa/Trajetória profissional
Eu estava de férias em uma outra empresa que eu trabalhava e recebi um telegrama em casa pedindo para comparecer. Assim, eu já havia man...Continuar leitura
IDENTIFICAÇÃO
Nome, data e local de nascimento
Rosimeri dos Santos Giagio, e 25/02/1969, Rio de Janeiro.
TRABALHO
Ingresso na empresa/Trajetória profissional
Eu estava de férias em uma outra empresa que eu trabalhava e recebi um telegrama em casa pedindo para comparecer. Assim, eu já havia mandado curriculum há muito tempo. Eu nem esperava receber mais nada. E fui para o processo de entrevista. Na época eram umas dez meninas, nós participamos de uma reunião matinal e era bem diferente do que é hoje. Porque nós éramos CRBS, éramos só de refrigerantes. Era separado. E passei o dia inteiro, praticamente, em entrevista. Porque nós participamos da reunião. Algumas meninas foram desistindo no meio do caminho. E eu fui ficando. E no final ficamos eu e mais uma outra menina. E depois a pessoa de Gente e Gestão veio me dar a notícia que seria eu a pessoa, né, que tinha sido escolhida. Então eu trabalhei durante as minhas férias. E depois só retornei lá para pedir demissão e entrar na CRBS, na época. CRBS é Companhia de Refrigerantes, agora, me falhou a memória. Não estou conseguindo porque são tantas mudanças que agora não estou conseguindo lembrar certinho. Isso foi há 11 anos atrás.
Era Brahma, mas aí existia a Cervejaria Brahma, e a CRBS que era exclusiva de refrigerantes. Então nós tínhamos uma equipe comercial que só vendia refrigerantes. Não vendia Brahma, a cerveja. Depois é que, mais ou menos depois de um ano, que nós passamos a ser Brahma, saímos de refri. Mas mesmo assim isso continuou separado. Existia um gerente comercial de refrigerantes e um gerente comercial de cerveja Brahma.
Na época, eu era analista de apoio comercial. Mas era praticamente a mesma coisa que eu faço hoje. Eu atendia a gerência comercial, e dava apoio a todos os GV, GVMs na época. Porque a nomenclatura também era diferente. E alguns processos internos de, alguns controles, que eu sempre fui. Como fundo fixo, tem alguns controles internos que eu fazia também. E aí depois é, isso eu fiquei durante esse cargo, com esse cargo durante algum tempo. E em um determinado momento a Companhia viu que o meu cargo não estava de acordo com a minha função. E aí me colocou, acertou o meu cargo como secretária. Eu passei a ser a secretária do comercial, da gerência. Depois secretária do, do GDD. Que hoje é o GDD. Mas ele era, ele se reportava ao diretor que era regional. Não era só Rio de Janeiro como é hoje também. Porque na época foi o Tim, que quando a gente começou com o projeto de distribuição direta, que era o Projeto Forró. E eu comecei, ele me convidou para trabalhar com ele. E depois do Tim veio mais o Luis, e veio o Bernardo. Eu trabalhei com o Bernardo até que Bernardo foi promovido para São Paulo. E hoje eu trabalho com o Michel, que é o diretor do Rio.
Eu ficava em Inhaúma, na fábrica, próximo à fábrica de refrigerantes. Depois nós mudamos para a fábrica, que não era mais também, já estava desativada, na Sapucaí. Então eu fiquei na Sapucaí. Ficava junto com a secretária da Diretoria. Que na época era o Francisco Cláudio o diretor do Rio de Janeiro. Quando montou o projeto de distribuição direta, o Jorge Tim me convidou para ir trabalhar com ele. Então eu fui para o CDD. Nós montamos lá em São Cristóvão mesmo um, um CDD como era, como é aqui, mas minúsculo. Duas salas de vendas mais as pessoas que na verdade não eram divididas como é hoje. Que nós temos a parte administrativa financeira tudo separado. Era assim, muito pequenininho. E, depois, foi tomando uma proporção maior. Deu certo e chegamos aonde nós estamos hoje.
PROCESSOS INTERNOS DA EMPRESA
Fusão
A fusão foi uma surpresa, porque a Antarctica era a nossa concorrente em cerveja, principal. Então, na época, eu tinha até um amigo que trabalhava na Antarctica, e quando realizávamos festas, eventos, quando era um evento meu era Brahma, porque eu era brahmeira. E ele era Antarctica. Então ele ficava dizendo que a melhor cerveja era a Antarctica. E eu dizia para ele: "Claro que não. Que a melhor cerveja era a Brahma." (riso) E que assim, para mim, hoje mesmo com a fusão a Brahma continua sendo a melhor cerveja. É paladar. Então assim, para mim não existe cerveja melhor do que Brahma, principalmente Brahma Extra. A Stella Artois agora, para mim, como novidade foi assim fantástica também. Mas, voltando, foi assim uma surpresa. E, uma surpresa depois boa. Porque veio só agregar o mercado para a gente.
Porque na minha visão o ano passado, né, quando mudou a própria, a meta da Companhia, a visão, a missão. Então assim, essa, essa busca pela Companhia de ser sempre, de crescer. E hoje não para melhor, não para maior, mas para melhor. Então assim, essa visão é muito importante. Porque você ser uma grande empresa é muito importante. Mas eu acho que você tem que ser grande e ser a melhor. A melhor em que sentido? Melhor a nível de atendimento aos seus funcionários. Porque um funcionário satisfeito ele vai ter prazer de trabalhar na empresa, de continuar se doando e ajudando a empresa a crescer. E quanto aos nossos clientes, aos nossos parceiros e os fornecedores. Porque se isso chega lá fora, né, se a gente atende bem o nosso cliente, atende bem o nosso fornecedor, então, assim, é tudo. Porque você une, você consegue unir as duas coisas. Porque tem grandes empresas que são realmente grandes mas que não têm a preocupação e a valorização que hoje a AmBev está dando ao mercado e aos funcionários.
CULTURA DA EMPRESA
Valores/Metas
Durante esses 11 anos aconteceram muitas mudanças “a nível da” cultura. Principalmente agora com InBev. E a gente vem se adaptando aos novos processos. A AmBev ela é uma empresa assim, de uma mudança muito, muito rápida. Ao mesmo tempo que algumas pessoas acham ruim eu acho isso muito bom. Porque você não cai em uma mesmice, sabe? Você sempre tem uma novidade, e que você tem que aprender, e que você tem que buscar para poder acompanhar esse processo de crescimento da Companhia. Isso eu acho interessante. Principalmente, assim, também na minha função. Porque você sabe como é função de secretária. Acaba que parece que você sempre faz a mesma coisa. Mas como a Companhia muda tanto, né, para você ver. Eu entrei eu trabalhava só com refrigerantes. Depois eu passei a trabalhar com refrigerante e cerveja Brahma. E aí viramos o Forró Rio. Que era o projeto de distribuição. E nisso eu fui passando por novas pessoas, como gerência. As pessoas foram mudando. E para mim é também, é uma adaptação. Porque cada pessoa que chega tem um jeito diferente de ser, de se posicionar. E que você tem que se adequar. E assim, esse processo de mudança da Companhia para mim, no meu ponto de vista, é muito bom em termos de crescimento. E agora com, cada vez mais, com a valorização do funcionário, com essa preocupação com a nossa gente, eu tenho visto assim a Companhia se empenhar muito nesse sentido. A mudança para mim é muito clara devido, devido aos 11 anos. O que eu não via antes, hoje eu consigo enxergar. Então assim, hoje quem entra já entra com a mudança então não consegue perceber. Mas quando a gente vem de um tempo você, dá para você sentir o que realmente está mudando. E você consegue enxergar isso.
Os meus desafios maiores são minhas metas OBZ. (risos) Que são desafiadoras mesmo. Hoje eu sou dona do Pacote de Utilidades. E é o que eu estou te falando. Eu sou: não. Claro que a gente precisa estar sempre vendo a necessidade, o que é que você pode, até aonde você pode chegar. Mas assim, o OBZ é uma meta muito desafiadora. Mas que eu também acredito que isso também te empolga. Porque se você não tem uma meta que te desafie você fica meio que parado. Então você está fazendo o teu trabalho, as coisas andam normal. Você não precisa se mexer muito ou se movimentar para que a coisa aconteça porque já está tudo certinho. E com o OBZ não é assim. Você precisa estar sempre arrumando alguma forma para você poder bater a sua meta. Para você poder dar o retorno que a Companhia está pedindo em cima daquilo.
MUNDO DO TRABALHO
Relações de trabalho
É, assim, hoje para mim é muito tranqüilo. Mas no começo realmente era complicado. Porque éramos duas meninas, né, trabalhando com dez homens. Dez gerentes e tal. Mas assim, eu acredito que independente do local que você trabalha, vai muito da sua postura. Eu nunca tive problema nenhum com relação a isso. Hoje eu tenho, como eu te falei, os meus processos não são totalmente ligados só ao trabalho de secretária. Eu tenho contato com os vendedores, porque eu tenho o controle de Vale Rota. Então quando eles tem algum problema eles me procuram. Então assim, às vezes, até por causa do OBZ, e às vezes pela posição onde eu me encontro, eles ficam até meio, com receio de chegar até mim para falar. Porque eu falei isso uma vez para o Bernardo. Que eu sou vista assim meio a pittbull, a sabe? Porque eu controlo a OBZ assim com unhas e dentes. E as pessoas me chamam de chata, porque nunca tem dinheiro para nada. Porque não tem papel, porque não tem caneta, porque não posso dar aquilo, ou dar... Não tem táxi, não tem voucher, saber? Então a Rose é sempre um não. A Rose é vista assim: a bruxa do não. E até assim, ele me deu uma resposta, que isso até me deixou aliviada. Porque ele falou assim para mim: "Eu quero que você continue sendo assim. Porque se você mudar você não vai ser mais a Rose." Então assim, os meus nãos às vezes eles não são compreendidos pelas pessoas. Porque elas vêem como o não partindo da Rose. Elas não conseguem enxergar esse não como partindo da Rose que é dona de um negócio AmBev, entendeu? Eles misturam. Então, assim, é tranqüilo, eu entro na sala de vendas. E um relacionamento normal. Não vejo nenhum tipo de problema.
TRABALHO
Momentos marcantes
Uma fase que foi muito marcante foi a fase do Projeto Forró. Que eu vi a coisa acontecer. Eu estava junto, como eu te falei, o grupo era muito pequeno em comparação do que é hoje. Então nós estávamos sempre muito juntos. A equipe era muito unida. E o Tim, na época, ele conseguiu fazer isso, sabe? Que nós estivéssemos sempre juntos e para alcançar os objetivos que nós precisávamos alcançar naquela época, que era mostrar que o projeto ia dar certo. Mostrar que nós éramos os melhores e que nós íamos conseguir vender. E isso não dependia só dos nossos vendedores. Dependia dos vendedores, dos supervisores, do gerente, da equipe pequenininha lá do Comercial com a equipe de Gente. Todo mundo fazendo um trabalho único para que a gente pudesse chegar em um objetivo. Então assim, tanto eu quanto algumas pessoas que ainda estão na Companhia, e que vieram dessa época, a gente sente muita falta dessa união, né, e desse companheirismo que existia. Porque a gente saía para tomar chope junto. Não que isso não exista hoje. Existe ainda. Mas em uma proporção menor. Até porque hoje é muito grande. Então para eu conhecer as pessoas dos CDD São Cristóvão eu preciso estar aqui todos os dias. E eu não estou. Eu estou em Jacarepaguá. Quando eu venho a São Cristóvão eu conheço uma minoria. Então, por exemplo, a área de vendas eu já não conheço mais como eu conhecia antes. Eu conhecia cada vendedor, cada supervisor. Então assim, essa foi a época mais marcante para mim na Companhia. De ver o projeto acontecer, de estar junto e depois a concretização de que realmente deu certo.
PROJETO MEMÓRIA VIVA AmBev
Importância da história/Importância dos depoimentos
Olha, eu achei super bacana da Companhia. É o que eu estou falando para você. Os, essas mudanças que vêm acontecendo de valorização do funcionário. Eu acredito muito nisso. Eu acho muito importante para a própria história da Companhia. Porque hoje a AmBev é InBev, mas existe toda uma história. Um passado que não deve ser apagado. Porque é de lá que as coisas foram surgindo e que chegaram até onde estão hoje. Foi com o esforço das pessoas, seja na OBZ, seja na área de Vendas, seja no Administrativo. Foi com a garra dessas pessoas que nós chegamos onde nós estamos. E acreditar nessas pessoas é importante. Você colocar a responsabilidade, não somente colocar a responsabilidade, mas acreditar, passar essa garra. Como assim, eu tenho, posso dizer que dois gurus dentro da AmBev. Que é o Jorge Tim, que é diretor no Sul. E o Bernardo Paiva. Eles me ensinaram muito. Me fizeram crescer e tem essa garra, sabe? O Bernardo inclusive quando nós nos encontramos quando ele vem ao Rio fazer visita, é assim, a vibração dele é contagiante. E isso é importante. Você contagiar as pessoas que estão ao seu redor para que elas continuem com esse estímulo, com essa força, com essa garra de ir para a rua e vender, e conseguir, e atingir as metas. E depois a gente poder comemorar juntos. E, poxa, mais um ano e mais uma vez nós saímos como vencedores.
ENTREVISTA
Recado
Ah, eu queria agradecer a oportunidade que a Companhia está me dando nesse momento. Para mim está sendo importante. Muito importante. Porque daqui a alguns anos eu não sei onde estarei. Mas eu tenho certeza que onde eu estive eu consegui deixar uma sementinha e que vai ficar guardada lá para, para a minha história pessoal também. Não só para a história da Companhia mas para a minha história pessoal e da minha família. Que eu vou poder contar para os meus filhos que um dia eu trabalhei em uma grande empresa e como ela agia com as pessoas. Como ela dava importância para essas pessoas.Recolher