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Personagem: Joana Darc Rosalvo
Por: Museu da Pessoa,

Prazer em ajudar o outro

Esta história contém:

Prazer em ajudar o outro

Vídeo

Há uns três anos nós fizemos um cinema na rua. Como minha rua não tem saída, nós fechamos um trecho bem próximo da minha casa. Consegui um pula-pula, uma cama elástica e uma piscina de bolinhas. Coloquei a piscina de bolinhas no meu quintal e a cama elástica na rua. Pegamos a garagem de um dos vizinhos e colocamos o cinema lá depois de seis horas com a molecada, com pipoca, refrigerante, cachorro quente… Então assim, fizemos uma tarde para as crianças, e nessa tarde, fizemos brincadeiras típicas: corrida de saco, corrida do ovo… Mostramos para as crianças que temos brincadeiras que não estão ligadas aos eletrônicos e às redes sociais. Foi uma tarde bem interessante. Alguém me perguntou, "mas o que você ganha com isso?". Depois de alguns dias passado esse evento, eu estava na rua e veio uma criança correndo, grudou nas minhas pernas e disse, "tia, foi tão gostoso o cinema, quando é que você vai fazer outro?", então assim, o que eu ganho? Isso eu ganho. A criança ter visto… Quantas crianças da periferia, da Brasilândia, vão ao cinema? Quantas crianças têm esse privilégio? É um momento de lazer, uma coisa diferente que lá na frente eles vão perceber. Quando eu faço esse tipo de trabalho, é pensando que, "bom, se a Joana conseguiu fazer, se ela conseguiu ter a visão para fazer, eu também posso", que as pessoas saibam que são capazes. Você não tem o dinheiro… Por exemplo, na alimentação que nós fizemos naquele dia, distribuímos 270 cachorros-quentes. Como conseguimos isso? Um vizinho deu um pacote de salsicha, o outro deu um fardo de refrigerante, o outro deu dez pães… E assim nós fizemos. Tivemos uma participação muito grande da associação de moradores do bairro. O presidente Cláudio Café projetou, os brinquedos quem forneceu para gente foi a Solange que faz eventos, então assim, são pessoas parceiras que vamos bater na porta. Eu fazia parte da associação, então o...

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Dados de acervo

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P/1 – Oi, Joana, tudo bem? Você poderia começar me falando seu nome completo, onde você nasceu e a data de nascimento?

R – Bom, eu sou Joana D'arc Rosalvo. Nasci no dia 2 de maio de 1969, então já tenho mais de meio século, estou com 51 anos. Sou de uma cidade pequena no interior de Pernambuco, Ipubi, uma cidadezinha que na verdade, não conheço. Vim de lá muito pequena, com menos de um ano, e nunca voltei, então não conheço o local.

P/1 – E qual é o nome dos seus pais?

R – Meu pai é Francisco de Assis Rosalvo, e minha mãe, que é falecida, Neuza Ovídio da Silva Rosalvo. Minha mãe faleceu já tem 15 anos.

P/1 – E você sabe qual é origem, de onde veio a sua família?

R – Meu pai, do Ceará, e minha mãe, da Paraíba. É uma mistura danada, pense, cearense, paraibano, e eu pernambucana. Pense só! (Risos). E as minhas avós… Eu sei que uma das minhas tataravós, uma coisa bem distante, era índia, e foi pega no laço assim. Pegou no laço, levou para casa e formou família. Eu tenho uma mistura muito grande. A minha avó por parte de mãe, era branca de cabelos lisos, o meu avô já era mais voltado para o moreno. O meu pai, que é da família dos índios… Eu tenho primos que têm os cabelos lisos. São índios assim, idênticos, você olha e tem muita expressão indígena, então é uma miscigenação muito grande na minha família.

P/1 – E você sabe de alguma história da família da parte indígena?

R – Não, porque assim, o contato… Quando meus pais vieram para São Paulo, como eu disse, eu era muito pequena. Com os familiares por parte da minha mãe, eu tive um contato maior durante esses anos todos, mas em relação a do meu pai, não. Por exemplo, meu pai reencontrou a mãe… Quando ele saiu de casa, tinha 14 anos, e quando reencontrou a família, principalmente a mãe, foi agora, uns três anos atrás. Passaram muito tempo sem contato um com o outro. Tinha um irmão que estava aqui em São Paulo, tio...

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