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Personagem: Jacó Bittar
Por: Museu da Pessoa, 14 de março de 2003

Política e militância

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Política e militância

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GREVE de 1983

Nós estávamos integrados ao processo do movimento sindical da greve geral. Então eu tinha por compromisso e por obrigação a mobilização dos trabalhadores da refinaria para a greve geral, que aparentemente estava marcada para o dia 25, ou coisa parecida, de julho. E nós começamos a mobilizar. Só que ela chegou num ponto que eu chamei o pessoal no Rio de Janeiro, todos os sindicatos, e disse o seguinte: “Não há mais como segurar a greve, o pessoal está no ponto de fazer a greve”. E você vai ver pelos recortes todos que depois várias categorias se integraram no processo da greve em Paulínia. Na reunião com os sindicatos eu falei: “Nós vamos fazer greve, lá nós estamos na iminência de fazer greve”. O entendimento que o pessoal tinha é que era um blefe, mas não era, a categoria estava ansiosa. A nossa reivindicação era estabilidade no emprego, e existiam uns decretos-lei, que eu não me lembro o número mais, que a gente combatia e que depois da nossa greve foi o primeiro decreto que nós conseguimos derrubar no Congresso Nacional. E nós não fazíamos uma reivindicação... Nós sabemos, olha, empresa não pode perder, ou melhor, não quer perder o poder de mando, então o que nós propusemos: “Vocês vão manter a mesma rotatividade dos últimos dez anos.” Quer dizer, então ela ficava com a faca e o queijo na mão para poder admitir. Quer dizer, a estabilidade absoluta é o que eles não querem, o poder de mando. E o pessoal não acreditava que a greve fosse sair. Os metalúrgicos estavam num congresso em Piracicaba e na passagem eles passaram por Campinas e passaram no sindicato. Estava quase toda a categoria no sindicato. Quando ia acontecer a greve aqui. Aí discursaram, tal. Então, no dia 5 eu fui a Brasília para conversar com o ministro Murilo Macedo, e ficamos de voltar a conversar.

Conversamos, mostrando para ele que não era nada absurdo o que nós estávamos pedindo, está certo?...

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Dados de acervo

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Meu nome é Jacó Bittar, nascido em 12 de outubro de 1940, em Manduri, Estado de São Paulo.

FAMÍLIA

Meu pai é sírio, falecido, é Athanásio Bittar. Minha mãe, brasileira, falecida, Jacy Rodrigues Guilherme Bittar.

Meus avós eu conheci por parte de mãe. Por parte de pai não, porque ficaram na Síria. Por parte de mãe, Isabel Castrezzi e Clodomiro Castrezzi.

Conheço muito pouco a história de meu pai, muito pouco. Mas acredito que deve ter vindo ao Brasil em 1926, por aí, que deve ter vindo para o Brasil. Cálculos que eu fiz. Ultimamente eu estou até resgatando isso com meus primos que ainda moram em Manduri, mas ainda não resgatei totalmente. Porque quando meu pai morreu, em 1950, eu tinha 10 anos de idade, para completar 10 anos de idade. Então não resgatei essas origens, essas coisas todas. E a minha mãe era filha de brasileiros, mas descendente de português, o avô. E a avó, a mãe da minha mãe, de italianos.

Meu pai era comerciante. Fazia comércio. Armarinhos, fazenda, arroz, feijão, açúcar. Vendia para os colonos do interior, e os colonos efetuavam o pagamento na colheita. Tinha uma loja. Não, o nome não me lembro, não me lembro. Mas tem até hoje lá. Foi nessa loja que eu nasci, e eu costumo passar lá.

MIGRAÇÃO

O que ocorreu foi o seguinte: quando o meu pai morreu, em 1950, nós mudamos para Santos, onde moravam meus avós, e nós todos ficamos sob a guarda dos meus avós por parte de mãe. Isso em 1950. Eu vim para o enterro do meu pai e nem voltei, e nem sequer voltei a Manduri. Vim direto para Santos, onde eu terminei o curso primário e fiz o curso industrial básico interno, me formando em mecânico de máquinas operatrizes, na Escola Industrial Escolástica Rosa de Santos.

INFÂNCIA

O tempo de Manduri para mim é muito vago. Não guardo muitas memórias. Guardo memória do quintal, que tinha um pé de manga; guardo dos vizinhos, que a gente pulava para pegar manga no vizinho. Mas muito pouco, muito pouco eu guardo de...

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Título: Política e militância

Data: 14 de março de 2003

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro

Personagem: Jacó Bittar
Autor: Museu da Pessoa

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