Identificação Meu nome é Patrícia Maria da Silva Lima, tenho 27 anos e nasci no dia 10 de agosto de 1977, em São Paulo. Família O [nome] do meu pai é João Patrocínio da Silva, e da minha mãe, Luzinete Maria da Silva. Nasceram em Pernambuco, se conheceram aqui em São Paulo e se casaram aq...Continuar leitura
Identificação Meu nome é Patrícia Maria da Silva Lima, tenho 27 anos e nasci no dia 10 de agosto de 1977, em São Paulo.
Família O [nome] do meu pai é João Patrocínio da Silva, e da minha mãe, Luzinete Maria da Silva. Nasceram em Pernambuco, se conheceram aqui em São Paulo e se casaram aqui. [Voltaram] para lá depois que eu nasci.
Meu pai, como a maioria dos nordestinos de cidade pequena de interior, idealizava sair para uma cidade maior para constituir uma família, então saiu de Pernambuco e veio para cá, para São Paulo, por volta dos 17, 18 anos de idade, e conheceu a minha mãe por volta dos 25 aqui em São Paulo.
Ele saiu de lá de Batateiras e a minha mãe de Surubim, só que minha mãe já saiu um pouco mais nova, com 8 anos de idade, com os meus avós.
Os meus pais se conheceram aqui [em São Paulo], casaram e eu nasci logo em seguida, e depois tive mais um irmão, o Alex.
Infância e Adolescência Meu pai sempre teve vontade de voltar a morar lá [em Pernambuco] por causa de meus avós paternos, que estavam lá; mesmo quando ele casou com a minha mãe, sempre teve a intenção de voltar para lá. Quando eu estava com 7 anos, eles voltaram para morar numa cidadezinha chamada Batateiras, no interior de Pernambuco, bem próxima de Caruaru. Eu passei minha infância lá, cresci, foi onde eu comecei a estudar, conhecer novos amigos, foi lá que eu cresci, [foi lá] a minha adolescência.
Fui com 7 anos [para Pernambuco], mas lembro daqui [São Paulo], das brincadeiras com as minhas primas aqui em Santo Amaro. E mesmo depois, quando eu fui morar lá, por causa da família da minha mãe – a minha avó materna [morava aqui] –, eu sempre vinha passar férias aqui no final de ano. Um ano eu estava lá, o outro ano eu vinha para cá.
Brincadeiras de infância, lembro da amarelinha, coisa de criança; eu gostava muito de boneca, casinha, essas coisas assim.
Em casa era tranqüilo, graças a Deus, era tranqüilo.
Da minha infância aqui [em São Paulo], eu lembro que sempre no domingo eu ia almoçar na casa da minha avó, na casa do meu padrinho, à tarde ficava assistindo Os Trapalhões. É, eu lembro bem disso, quando ficava todo mundo reunido na sala: o meu pai, os meus tios, conversando ali, a gente subia para o quarto com as minhas primas para ficar brincando de boneca, isso eu me lembro.
Minhas primas eram mais próximas nessa época; hoje em dia, mesmo morando aqui, já não tem mais tanta aproximação.
Lembro que eu sempre admirava minha mãe, sempre achei ela linda. É, isso, pela vaidade, eu sempre queria ser igual a ela.
Formação escolar Assim que eu cheguei em Pernambuco eu entrei na escolinha, já foi o primeiro ano, e prossegui os estudos lá mesmo até eu me formar no colegial.
A escola era pequena, mas muito gostosa. Aquelas lembranças, principalmente da turma: como a cidade era pequena, tive alguns amigos com quem iniciei [a amizade] desde o prezinho e foi até a formatura do colegial. Desde o início, foi toda aquela etapa ali juntos, ano a ano. Foi bem legal, bem marcante.
Da escola o que mais lembro são os amigos, dá muita saudade. [Não os encontro mais] hoje por estarem longe, por eles estarem lá em Pernambuco e eu aqui em São Paulo, mas eu mantenho contato com algumas [amigas] por correspondência. Hoje são casadas, mães também, então a gente mantém o contato sempre.
Eu fiz o técnico em contabilidade; infelizmente ainda não fiz curso superior, mas pretendo.
Vida profissional e Trabalho Eu comecei a trabalhar quando tinha 21, profissionalmente, de secretária aqui em São Paulo, depois que eu cheguei [de Pernambuco]. Antes disso eu era só consultora Natura.
Namoro e Casamento O nome do meu marido é Elivan José de Lima, 33 anos, a profissão dele está agora como autônomo. Temos um filho, o Nicolas Patrick, que tem quatro meses.
Infância e Adolescência Desde os meus 12, 13 anos, eu já queria um pouquinho de independência, eu comecei a vender revistas. Aos 14, 15 anos, já começando a paquerar... Já vou entrar na história do meu marido.
Ingresso na Natura Com 14, 15 anos, já estava em paquera com meu marido, o Elivan. Aí um primo dele chegou, daqui de São Paulo, lá em Pernambuco. Nessa época eu morava lá e ele chegou com um perfume, ele [o Elivan] adorou e eu, para conquistá-lo, comecei a procurar quem vendia aquele perfume, e não tinha consultora Natura lá em Batateiras. As pessoas não conheciam os produtos, eram pouco conhecidos lá, era mais de cidades maiores. Lá ninguém conhecia. Aí eu entrei em contato com a promotora, ela foi até a minha casa e perguntou se eu queria ser consultora, e eu comecei a vender Natura.
Era assim, as irmãs dele [do Elivan] eram minhas melhores amigas, e são até hoje, mas a gente nunca tinha se olhado nem nada. Depois nessa época que a gente começou a se interessar mais, olhar um para o outro, eu, em forma de conquista, fui atrás desse produto para tentar atendê-lo. Nisso, fui atendendo as outras pessoas, fui gostando dos produtos e passando para as pessoas, [e era] uma forma de ganhar dinheiro também. A cidade, por ser pequena, não tinha trabalho nem nada, poucos recursos, eu comecei me empenhando e vendia bem. Foi meu primeiro emprego.
Eu mesma que ia nas reuniões, eu mesma que vendia, saía na minha bicicleta rosinha de cestinha na frente. Era na cidade mesmo, e saía; como a cidade era pequena, eu conhecia quase todo mundo lá. Eu saía de casa em casa e o pessoal: “Ah, traz a revistinha [Vitrine] para eu ver”. Saía com a vitrine, com os demonstradores de perfumaria, tudo lá. O foco melhor de vendas era perfume.
Trajetória Profissional na Natura Lá em Pernambuco eu vendia mais perfume. Fiquei lá vendendo até casar, até vir para cá, aos 19 anos. Depois que eu vim para cá e passei para a minha cunhada, [em Batateiras, Pernambuco] não tinha consultora, eu fui a primeira consultora lá. Mas o que eu fico mais feliz foi em ter apresentado a Natura para aquelas pessoas; hoje todo mundo usa, é super conhecida, mas eu tenho orgulho em dizer que eu que apresentei Natura para o pessoal lá.
Eu fazia [o] pedido, ficava juntando tudo; eu lembro que eu comprei um aparelho de som, comprava roupa para mim. A transportadora que levava [as caixas com os produtos que eu pedia]. [Quando chegou] a primeira caixa foi muita emoção, super legal, aqueles saquinhos, bolhas estourando, muito legal. Saí entregando para as pessoas na sacolinha – sacola grande, cheia de produtos para entregar, muito gostoso. Estava decidida que era isso que eu queria [fazer].
Minha promotora chamava-se Tânia, de Caruaru, ela ficava com aquela região.
Lá [em Batateiras] eu fazia as entregas de bicicleta. Me programava para fazer pedidos; lá, por ser uma cidade pequena, não tinha pedido tão constantemente: eram dois, três pedidos, cada ciclo. Então eu entregava para as pessoas, dividia o pagamento, eu facilitava para as pessoas.
Eu fazia o pedido por telefone, um 0800, você ficava [esperando] quase oito dias para a caixa chegar. Agora é bem diferente.
Quando eu casei, que vim para São Paulo, eu não conhecia muita gente, principalmente porque minha família mora lá na zona Sul (em Santo Amaro) e eu moro aqui na zona Leste, morava em São Miguel. Daí não conhecia [muita gente], fiquei com receio em continuar vendendo Natura, mas assim que [você] começa, que conhece as coisas, sempre quer continuar usando tudo. E tinha receio em vender, em me tornar uma consultora novamente, cadastrada, e não ter a clientela para suprir os pedidos, a pontuação necessária. Eu fiquei vendendo com uma vizinha. Depois, quando eu comecei a trabalhar no local que eu trabalho hoje, que eu fui conhecendo as pessoas, eu vi que dali daria para eu “ingressar” novamente na Natura, vender bem, e principalmente não depender de ninguém. Na hora que eu quisesse fazer um pedido, já [daria para] fazer e chegar logo na minha casa.
Daí eu consegui comprar minha casa em Guarulhos, mudei para lá, e falei: “Agora eu vou fazer meu cadastro, eu estou trabalhando, então lá no local [escritório] acho que vai dar para vender legal”. Aí fiz o cadastro, comecei e fui conquistando cliente, um a um, tanto que o círculo de amizades – eu conheço todo mundo no prédio e todo mundo [fala]: “A Patrícia da Natura”.
E as pessoas vêm atrás mesmo, não precisa nem estar ali; só espalho as Vitrines no prédio e as pessoas já vêm atrás mesmo.
E a Natura ajudou na compra da casa. Cada ano que começa, eu me programo: “Esse ano eu vou comprar isso, aquilo, meu computador, fazer meu dormitório”, e vou tentando alcançar essa meta. E graças a Deus, ano a ano, eu venho conseguindo.
Meus clientes são de todas as faixas etárias. Tem mais mulher; eu também tenho clientes homens que usam Chronos, mas a mulherada é bem mais, acho que uns 70%.
Geralmente minhas entregas são dentro do meu trabalho. E, com certeza, se for necessário, [meu marido ajuda]. Tanto que, muitas vezes, ele que leva a caixa. Quando ele ia me buscar, ele já levava a caixa, subia e deixava na minha sala. Às vezes eu me atrasava para sair porque as meninas [me] viam chegando com a caixa e já ia todo mundo atrás.
Lá em Pernambuco eu tinha deixado a minha cunhada vendendo, mas ela não continuou. Quem ficou foi a esposa do meu cunhado, ela que vende bem lá. Deixei uma sementinha, hoje tem um monte de consultoras lá.
O que eu amo mesmo é vender Natura, mas eu vendo outras coisas também, às vezes as clientes gostam, mas não que eu leve a sério; o que eu gosto mesmo é da Natura, é o que predomina.
Relacionamentos Natura Fui na festa destaque do ano passado, de 2004, foi bem legal. Tanto que eu estava de viagem marcada para Pernambuco e quando eu soube que tinha ficado em terceiro lugar, que ia ganhar o troféu, adiei a viagem para mais uma semana para participar da festa. E valeu a pena. Foi uma noite muito agradável, a gente dançou, se divertiu bastante com a mulherada.
Meu marido me acompanha a vários concursos [e] eventos que tem na Natura, tipo conhecer a Fábrica. Teve outro evento bem legal, “Para o Dia Nascer Feliz”, para alcançar um número de vendas – as que se destacassem iam passar o dia no clube da Natura. Eu consegui e fui com ele, fui passar um domingo lá. Foi muito legal, muito divertido, tanto que ele, como me acompanha... A maioria que estava lá era tudo mulherada – a gente dançando, tinha um grupo cantando, e o cantor falou assim: “Ah, vou chamar um homem aqui, só tem mulherada, um homem para dançar aqui no palco”. E chamou ele, que ficou morrendo de vergonha, mas ele: “Não, está bom, eu vou” Ele queria se esconder, mas ele acabou indo. É bacana, ele participa, me acompanha e me incentiva também.
A Natura, quando você vai conhecendo, você vai se apaixonando por ela, principalmente quando conhece a Fábrica: a maneira que eles tratam os colaboradores lá dentro, a dedicação, além de preparar o produto, de preparar sua caixa até chegar na sua casa. É muito legal isso. Eu acho que é o carisma que eles têm, porque lá na Fábrica eles não falam nem “funcionários”, é “colaboradores”, e o ambiente é muito agradável em si, dá vontade de ficar lá mesmo. [Fiquei] mais apaixonada realmente, com grande admiração em vender e demonstrar o produto, é bem melhor.
O significado [de ser consultora] é, principalmente, a amizade com as pessoas, o relacionamento, porque você está mais em contato com as pessoas.
Linhas e Produtos Natura Na época o [produto que mais me marcou] foi o Sr. N, que foi o perfume que ele [o Elivan] gostava, e também o shampoo vegetal – eu lembro que ele falava que eu lavava o cabelo, passava, e o perfume ficava (risos). Marcou para todo mundo.
Eu sou suspeita para falar [qual o produto que mais gosto]. Eu adoro todos e na minha casa eu tenho desde perfume, sabonetes, hidratantes, maquiagens, tudo é da Natura. Mas eu gosto muito dos hidratantes e shampoos, shampoo eu acho que é a [melhor] marca.
[O produto que tem a cara da Natura] eu acho que é o Chronos. O que mais eu vendo é a linha Chronos, maquiagem Natura Unica e perfumaria, a linha masculina, principalmente o Kaiak, que é o famoso, eu acho que esse é o destaque mesmo, ninguém tira o mérito dele. O óleo Sève vendeu bastante, mas eu acho que o Kaiak é mais.
Dicas e Estratégias de Vendas Precisa passar [a informação] para a cliente. Eu acho que não é só o produto em si que vai fazer o efeito [desejado], eu acho que tem que ter o passo a passo. Por exemplo, o Chronos: a limpeza, tonificação, o tratamento básico é necessário para fazer o efeito do hidratante, do creme, para as pessoas ficarem satisfeitas com o efeito, porque só usando o creme talvez não chegue naquele resultado, [não atenda] à expectativa que querem, então eu acho que sim, tem que [explicar] passo a passo.
Mesmo em relação à maquiagem, Natura Unica, às vezes falam assim: “Ah, o preço é um pouco mais elevado”. Mas não, é um produto que se diferencia dos outros no mercado porque é uma linha de tratamento, a composição dele é diferente, se diferencia das outras linhas. Precisa [explicar] o que diferencia um mais barato do outro com um precinho elevado, e as pessoas entendem e acabam pegando o melhor mesmo.
Faz parte [da estratégia de vendas], eu acho que sim. As pessoas mais informadas sobre o produto adquirem com mais facilidade do que pegar sem saber, sem ter conhecimento. “Para que serve isso?” “Para isso, para isso e ele vai fazer isso na sua pele”. Então, tendo conhecimento, é melhor para vender.
Mesmo os que já estão acostumados [com determinado produto]... Por exemplo, o que era acostumado com o Sève, depois que chegou a linha Ekos de óleos trifásicos eu já fui demonstrando: “Olha, usa também que é muito bom”.
Nós temos cursos e eu gosto de participar das reuniões, porque em cada lançamento eles explicam [tudo] sobre os produtos, e eu gosto de passar isso para os clientes: a composição do produto, de que é feito, de onde vem o óleo, essas origens. Eu acho legal passar isso para as pessoas terem conhecimento, acho que ajuda bastante nas vendas. E funciona principalmente se a pessoa souber o que está usando, para que serve.
Eu não vou falar de um momento [especial]. Tanto lá [em Batateiras] como aqui em São Paulo, eu acho que a Natura fez meu ciclo de amizades crescer, porque você conhece as pessoas profundamente. Quando você vende o produto, você passa a conhecer a intimidade das pessoas: você vai saber o sabonete que aquela pessoa usa, o hidratante que aquela pessoa gosta, o perfume, o aniversário do parente, do irmão da mãe, qual o produto que aquelas pessoas gostam... Então é um elo de amizade, você entra na intimidade das pessoas e, para você fazer esse trabalho com determinação mesmo, eu acho que você tem que conhecer cada um, um a um. Você tem que saber o produto que aquela pessoa mais gosta, quando entra em promoção você já avisa, se vai acabar alguma coisa, você tem uma noção. Eu acho que isso é o principal.
Eu tenho [estoque], na maioria das vezes eu tenho. Isso facilita. Principalmente presentes, você procura o que as pessoas mais gostam e o que é de mais fácil acesso, tanto para homem quanto para a mulher.
O segredo [para vender] eu acho que é sair na frente. O ciclo começa hoje e [você já compra] as promoções – que muitas vezes não chegam até o final do ciclo, acabam – e é muito atrativo isso. “Qual a vantagem que eu vou levar nisso?” Então [os clientes] acabam comprando. Quando inicia [o ciclo], gosto de comprar [as promoções], já pego, já conheço o que eles gostam e já vou pensando assim: “Ah, a Débora gosta disso”, então eu já vou, já encomendo a mais, e ali já é praticamente pronta-entrega mesmo, eu vou vendendo.
Já [sei o que os clientes gostam]. Eu vejo os meus produtos lá, na caixa, e eu já sei – o fulano gosta disso, o beltrano disso – e já vou reservando: “Ah, olha, chegou isso que é a sua cara, [é o] que você gosta”. Aí a pessoa fica [com o produto].
Normalmente, eu gosto de fazer um pedido por semana, às vezes até dois. Mas normalmente eu me organizo para fazer pedido toda sexta-feira. Eu faço assim: de segunda a sexta-feira eu vou recolhendo os pedidos, vendo aquelas coisas que já chegaram; daí faço o pedido na sexta e, quando eu vou trabalhar na segunda-feira, eu já levo os produtos para as pessoas que pediram. Eu me programo sempre assim, na sexta-feira eu faço o pedido e na segunda eu estou entregando. Já está organizado e já está ali para começar uma nova semana de pedidos.
Fixos, [tenho] um bom número [de clientes]. Eu nunca parei para fazer [as contas], mas de 30 a 50 pessoas mais ou menos. Eu procuro ampliar [esse número de clientes], porque eu deixo a Vitrine com uma pessoa que eu conheço: “Ah, leva para sua filha ver, para a sua cunhada, para sua irmã”, que eu não conheço, e assim eu vou expandindo as minhas vendas. E eles trazem [o] pedido pronto, é mais fácil.
A principal exigência do cliente Natura é a pontualidade, a entrega, não demorar muito, e a satisfação no uso do produto mesmo. E a qualidade, atendendo às necessidades deles.
O que é engraçado é que muitas vezes eu mal eu chego no prédio com a caixa da Natura e, se a caixa já vai aberta, a pessoa vai assim no elevador: “Ah, o que é que tem aí? Deixa eu ver”. Já vai atrás do cheirinho: “Que é que tem aí? O que tem de promoção? O que você tem de pronta-entrega?” Então eu mal chego na minha sala com a caixa e já está todo mundo ali indo atrás, querendo já sair levando as coisas, é bem assim. E muitas vezes já tem dono, mas sempre eu encomendo algumas coisas a mais para atender isso. Aí eu falo: “Não, calma, esse aqui já tem dono, mas eu vou fazer um pedido essa semana e já te entrego também”. É bem assim: “Ah, você mostrou primeiro para ela, por que não mostrou para mim?”
Dicas para as novas e os novos consultores Eu diria para seguir em frente com determinação, porque mesmo que no início ela tenha poucos clientes, sempre aquele ali vai enraizando, vai trazendo um próximo, vai divulgando e ela vai conseguir chegar lá.
Gente bonita de verdade O que eu acho bonito na pessoa é a simplicidade, a pessoa ser simpática – não exteriormente, mas interiormente – eu acho [bonito] principalmente a beleza interior.
A beleza da mulher brasileira, como já se diz, a beleza é diversa. Tanto [a] morena quanto a branca, o Brasil por ser grande do jeito que é, tem [mulheres] de várias origens, essa beleza diversifica, da mulher do Sul, da mulher do Nordeste, da mulher baiana, então é bonito isso.
As mudanças e aprendizados mais significativos O que mais aprendi [com a Natura] foi principalmente alcançar metas. As vendas, graças a Deus, melhoraram lá dentro do meu trabalho, e [isso] ajudou a dobrar meu salário, então a minha meta é de alcançar objetivos.
Eu acho que [em] tudo a gente tem que ter determinação para alcançar determinadas coisas. Se a gente vai deixando acontecer, não acontece nada, porque a vida passa tão rápido com a correria do dia-a-dia. Então se você não traçar metas, eu acho que fica meio complicado para chegar às realizações.
A auto-estima mudou para melhor [depois da Natura]. Porque quando você começa com cosméticos, com produtos de beleza, até para demonstrar para as pessoas: “Olha, eu uso, isso, é legal”, você termina sendo uma vitrine para os clientes. Tem que manter também esse perfil.
[O relacionamento pessoal] melhorou, lógico. No financeiro, como eu falei, eu alcancei metas, [pude] comprar algumas coisas determinadas que eu queria, e sempre vou querendo mais e mais – como o computador, ajudar a pagar o carro –, então já é bastante coisa.
Eu comecei na Natura muito nova, então [ela ajudou] meu amadurecimento, meu crescimento. O [grande aprendizado] eu acho que foi, principalmente, o objetivo de nunca desanimar; por mais que seja difícil naquele momento, você não abaixar a cabeça e seguir em frente para alcançar suas metas. Eu falo isso em relação [às vendas], por exemplo, porque as vendas têm seus altos e baixos, mas eu acho que nunca [se pode] desanimar. Não é porque esse mês você vendeu menos que no próximo mês você vai cair: no próximo mês eu vendo o dobro. Tem que se animar, tem que ser otimista, porque muitas vezes as pessoas vêm tão desanimadas, você vai oferecer o produto e tem que tentar reanimar essas pessoas, e elas acabam comprando. Então eu acho que, principalmente, essa valorização do ânimo, da força de vontade, da força do querer, do vencer, eu acho que é isso. Determinação.
Conceitos e Visão Natura As pessoas usam o refil, tanto pelo lado da preservação do meio ambiente como pelo lado da economia financeira, porque sempre tem um desconto – em alguns produtos chegam até 10% de desconto do valor do produto completo para o refil –, então é legal, as pessoas gostam, guardam a embalagem. Às vezes, produtos que nem têm refil, as pessoas falam: “Ah, eu guardei a embalagem” “Mas esse ainda não tem refil.” As pessoas já pedem, têm consciência disso.
Conheço principalmente o projeto Crer Para Ver, e eu incentivo muito as [compras de] embalagens de presente, eu sempre tenho o produto para pronta-entrega em si, e eu já coloco naquela embalagenzinha. Ali a gente já está ajudando, contribuindo com o projeto social deles e passando para as pessoas também. Eu já procuro ter as embalagens ali, pronta-entrega, no meu estoque, para quando a pessoa compra um produto para dar de presente eu já colocar naquela embalagenzinha do projeto. Eu falo: “Além de você estar comprando essa embalagem, embelezando o seu presente, você está ajudando também as instituições, [através desse] projeto da Natura”.
Trabalho com isso principalmente pensando em ajudar o próximo, uma forma da gente ajudar e passar para as pessoas, conscientizando que elas também podem colaborar dessa forma, então é uma sementinha que você vai plantando aqui e ali. Eu gosto bastante, eu procuro incentivar.
Projetos futuros e Metas O grande desafio é continuar sempre bem nas vendas, não desanimar. Por mais que seja difícil a situação em nosso país – a crise financeira, todo mundo apertado, todo mundo com muita dívida –, [o desafio é] fazer com que as pessoas se conscientizem de que têm que se valorizar também, usando bons produtos, [porque] trabalham tanto que têm que usufruir um pouco para si mesmas. Não é uma coisa supérflua (perfumaria, cosmético), é uma coisa para o próprio ego da pessoa, [para] se sentir bem. É o bem-estar mesmo.
Ah, eu pretendo receber [o broche de 15 anos]. Tenho de chegar lá
Um grande sonho? Depois que eu tive meu filho, graças a Deus... Não que [tenha sido] difícil de alcançar. [Sonho] com minha casa que, graças a Deus, eu consegui e falta terminar de construir – construção é uma eternidade, mas com a Natura eu estou conseguindo chegar lá. O objetivo é esse, terminar minha casa. E também voltar para Pernambuco, para perto dos meus pais. Um dia eu pretendo morar lá e continuar [sendo consultora].
Auto-retrato É difícil falar de si mesmo, é fácil falar dos outros. A Patrícia é uma pessoa determinada, uma pessoa simpática, otimista, sorridente, isso todo mundo fala. Determinada, eu acho que esse é um ponto chave em mim.
A entrevista Super legal. É bacana o reconhecimento, [quererem] saber um pouco da intimidade da gente. São milhares de consultores, eu sei que é difícil fazer esse trabalho com todos, mas ser selecionada e ser escolhida é muito bacana, esse reconhecimento dá mais vontade ainda de vender, o entusiasmo é bem maior. Falar é muito legal.Recolher