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Por: Museu da Pessoa,

O saber da gente, se a gente morrer, a gente leva, só serve para a gente mesmo

Esta história contém:

O saber da gente, se a gente morrer, a gente leva, só serve para a gente mesmo

P/1 – Boa tarde, Moacir!

R – Boa tarde.

P/1 – Gostaria de começar a entrevista pedindo que você nos diga o seu nome completo, local e data de nascimento. Começa pelo nome.

R – Moacir Nonato da Silva. Eu moro em Carauari.

P/1 – Mas você nasceu em Carauari, ou em que cidade?

R – Em Eirunepé.

P/1 – Em Eirunepé. E qual é a data em que você nasceu?

R – Eu nasci no dia 1o de outubro de 1965.

P/1 – Vai fazer 30 anos... 40 anos esse ano.

R – 40 anos.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Januário Nonato da Silva.

P/1 – Perdão, qual é o primeiro nome?

R – Januário Nonato da Silva.

P/1 – E sua mãe?

R – Osmarina Ferreira da Silva.

P/1 – Você lembra o nome dos seus avós?

R – Não, não conheci.

P/1 – Os seus pais trabalhavam em quê?

R – Ele trabalhava, cortava seringa, nessa época.

P/1- Ele está vivo ainda?

R – Não, já morreu.

P/1 – Trabalhava nos seringais?

R - Era, nos seringais.

P/1 – E sua mãe trabalhava também?

R – Ela trabalhava em casa, ela cuidava da casa.

P/1 – Você tem irmãos?

R – Tenho.

P/1 – Quantos?

R – Seis homens.

P/1 – Seis homens! Todos homens?

R – E quatro mulheres.

P/1 – Ah!

R – Seis homens e quatro mulheres. [risos]

P/1 – Seis homens, mais quatro mulheres. Então dez?

R – Dez.

P/1 – Nessa escala você é qual?

R – Eu sou o terceiro e depois de mim ainda tem mais cinco.

P/1 – Moacir, me conta então, alguém também ajudou a criar você, alguma tia?

R – Ajudou não. Só os meus irmãos mesmo.

P/1 – Só os irmãos mesmo que iam ajudando?

R – É, irmãos próprios que ajudaram desde pequeno.

P/1 – E alguém mais cresceu junto com vocês, com os irmãos, primos?

R – Não. Não tenho nenhum primo.

P/1 – Moacir, como é que era a cidadezinha...

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Dados de acervo

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Projeto: Memória da Petrobras

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Moacir da Silva

Entrevistado por Márcia de Paiva e Sheila Sant’Anna

Rio de Janeiro, 03 de março de 2005

Código: HV/2005_46

Transcrito por: Maria Luiza Pereira

Revisado por Marina Tunes

P/1 – Boa tarde, Moacir!

R – Boa tarde.

P/1 – Gostaria de começar a entrevista pedindo que você nos diga o seu nome completo, local e data de nascimento. Começa pelo nome.

R – Moacir Nonato da Silva. Eu moro em Carauari.

P/1 – Mas você nasceu em Carauari, ou em que cidade?

R – Em Eirunepé.

P/1 – Em Eirunepé. E qual é a data em que você nasceu?

R – Eu nasci no dia 1o de outubro de 1965.

P/1 – Vai fazer 30 anos... 40 anos esse ano.

R – 40 anos.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Januário Nonato da Silva.

P/1 – Perdão, qual é o primeiro nome?

R – Januário Nonato da Silva.

P/1 – E sua mãe?

R – Osmarina Ferreira da Silva.

P/1 – Você lembra o nome dos seus avós?

R – Não, não conheci.

P/1 – Os seus pais trabalhavam em quê?

R – Ele trabalhava, cortava seringa, nessa época.

P/1- Ele está vivo ainda?

R – Não, já morreu.

P/1 – Trabalhava nos seringais?

R - Era, nos seringais.

P/1 – E sua mãe trabalhava também?

R – Ela trabalhava em casa, ela cuidava da casa.

P/1 – Você tem irmãos?

R – Tenho.

P/1 – Quantos?

R – Seis homens.

P/1 – Seis homens! Todos homens?

R – E quatro mulheres.

P/1 – Ah!

R – Seis homens e quatro mulheres. [risos]

P/1 – Seis homens, mais quatro mulheres. Então dez?

R – Dez.

P/1 – Nessa escala você é qual?

R – Eu sou o terceiro e depois de mim ainda tem mais cinco.

P/1 – Moacir, me conta então, alguém também ajudou a criar você, alguma tia?

R – Ajudou não. Só os meus irmãos mesmo.

P/1 – Só os irmãos mesmo que iam ajudando?

R – É, irmãos próprios que ajudaram desde pequeno.

P/1 – E alguém mais cresceu junto com vocês, com os...

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